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Marca de celular desacreditada por anos dá a volta por cima, domina os smartphones intermediários no Brasil e vira a queridinha do público

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 11/06/2025 às 19:44
Marca de celular desacreditada por anos dá a volta por cima, domina os smartphones intermediários no Brasil e vira a queridinha do público
Foto: A marca de celular que deu a volta por cima
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Xiaomi e Realme, antes desacreditadas, agora dominam o mercado de smartphones intermediários no Brasil e ameaçam Samsung e Motorola em vendas e custo-benefício. Entenda essa virada surpreendente.

Por muitos anos, marcas como Samsung e Motorola dominaram o mercado brasileiro de celulares, especialmente na categoria de smartphones intermediários — aqueles que equilibram performance, design e preço acessível. No entanto, uma reviravolta silenciosa, mas poderosa, está mudando esse cenário. Marcas de celular desacreditadas no passado, como a Xiaomi e a Realme, estão colhendo os frutos de uma estratégia ousada: oferecer mais por menos. E os consumidores brasileiros, cada vez mais exigentes e bem informados, estão respondendo com entusiasmo.

Xiaomi: da desconfiança à liderança em custo-benefício

O estigma inicial da marca de celular chinesa

Quando a Xiaomi chegou oficialmente ao Brasil, em 2015, muitos a viam com desconfiança. Era comum ouvir que se tratava de “mais uma marca chinesa” que logo sumiria. A empresa até pausou operações no país por alguns anos, retornando com força total apenas em 2019, por meio da parceria com a DL Eletrônicos.

A consolidação com a linha Redmi

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O sucesso da Xiaomi foi impulsionado principalmente por sua linha Redmi Note, que combina especificações sólidas, câmeras competentes e preços que desafiam as líderes de mercado.

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Modelos como o Redmi Note 12 e Note 13 Pro vêm superando Samsung Galaxy A e Moto G em várias comparações de desempenho, bateria e custo-benefício, tanto em análises especializadas quanto na percepção do público.

Realme: a estreante que virou protagonista – Marcas de celular desacreditadas no passado

Uma nova marca de celular, uma nova filosofia

Realme, spin-off da gigante chinesa BBK Electronics (que também controla a Oppo e a OnePlus), estreou no Brasil em 2021. Inicialmente desacreditada por sua pouca presença global, rapidamente conquistou os brasileiros com modelos como o Realme C55 e Realme 11x 5G.

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Com forte apelo entre jovens e usuários que valorizam design premium e tecnologia de ponta a preços acessíveis, a Realme se consolidou como uma das marcas de celular mais competitivas entre os smartphones intermediários.

Realme vs. Motorola: uma disputa acirrada

No comparativo direto com aparelhos da Motorola, como os Moto G e Moto Edge, a Realme tem se destacado em áreas como rapidez no carregamentoqualidade de tela e interface mais limpa (graças à Realme UI, baseada em Android quase puro).

Smartphones intermediários: o novo campo de batalha das marcas

O que define um celular intermediário?

Smartphones intermediários ocupam uma faixa de preço entre R$ 1.200 e R$ 2.500, oferecendo características como:

  • Processadores eficientes (Snapdragon série 6 ou 7, ou MediaTek Dimensity)
  • Câmeras de 50 MP ou mais
  • Telas AMOLED ou LCD de 90 a 120 Hz
  • Baterias entre 4.500 mAh e 5.000 mAh
  • Compatibilidade com 5G em alguns modelos

É justamente nesse segmento que Xiaomi e Realme estão superando marcas tradicionais com maior flexibilidade, foco no usuário e inovação constante.

Dados de mercado comprovam: a preferência está mudando

A queda da Samsung e Motorola em determinadas faixas de preço

De acordo com dados recentes da consultoria Counterpoint Research, a Samsung ainda lidera o mercado brasileiro de forma geral, mas sua dominância tem sido desafiada nas faixas intermediárias, especialmente entre R$ 1.500 e R$ 2.000.

A Realme, por exemplo, cresceu mais de 45% em volume de vendas no Brasil em 2024. Já a Xiaomi ocupa o posto de terceira marca mais vendida no país, com performance expressiva em canais online como Amazon, Mercado Livre e varejistas como Magalu e Americanas.

Por que os brasileiros estão migrando para Xiaomi e Realme?

Custo-benefício imbatível

A principal razão é o excelente custo-benefício. Enquanto marcas como Samsung e Motorola apostam em nomes consolidados e maior presença física, Xiaomi e Realme investem em componentes superiores a preços mais agressivos.

Aparência de premium, preço de intermediário

Ambas as marcas entregam designs que lembram smartphones top de linha. Bordas finas, telas AMOLED, módulos de câmeras sofisticados — tudo isso em celulares de menos de R$ 2 mil.

Comunidades ativas e marketing digital eficiente

A Xiaomi tem um dos fandoms mais engajados no Brasil, o que ajuda a promover boca a boca e reviews positivos. Já a Realme aposta em influenciadores digitais, TikTok e unboxings no YouTube, atingindo o público jovem com facilidade.

Comparativo técnico: Xiaomi, Realme, Samsung e Motorola

MarcaModeloTelaProcessadorCâmera PrincipalBateriaPreço Médio
XiaomiRedmi Note 13 ProAMOLED 120HzSnapdragon 7s Gen 2200 MP5.000 mAhR$ 2.199
RealmeRealme 11x 5GIPS 120HzDimensity 6100+64 MP5.000 mAhR$ 1.499
SamsungGalaxy A24AMOLED 90HzHelio G9950 MP5.000 mAhR$ 1.599
MotorolaMoto G73 5GIPS 120HzDimensity 93050 MP5.000 mAhR$ 1.899

Os números falam por si. Xiaomi e Realme entregam mais RAM, câmeras potentes e melhor eficiência energética pelo mesmo ou menor preço.

As críticas que ainda persistem

Apesar do sucesso, as marcas de celular Xiaomi e Realme ainda enfrentam desafios no Brasil, como:

  • Garantia e assistência técnica limitada em algumas regiões
  • Desconfiança de parte do público mais conservador
  • Interface com bloatwares em certos modelos (especialmente MIUI da Xiaomi)

No entanto, a velocidade com que essas marcas têm resolvido esses problemas indica maturidade e compromisso com o consumidor local.

A guerra dos smartphones intermediários está só começando

As marcas de celular desacreditadas no passado agora são referência entre jovens, gamers, estudantes e até profissionais. O avanço de Xiaomi e Realme não é apenas uma tendência — é uma mudança de paradigma.

Com novas linhas sendo lançadas com suporte para inteligência artificial, 5G e carregamento ultra-rápido, o segmento de smartphones intermediários promete continuar em ebulição nos próximos anos.

A ascensão de Xiaomi e Realme mostra que não se deve subestimar uma marca de celular apenas por sua origem ou por ter sido desacreditada no passado. Com inovação, preço justo e marketing inteligente, essas fabricantes conquistaram um espaço que antes parecia intransponível no Brasil.

O consumidor brasileiro, cada vez mais atento, deu seu recado: não quer pagar caro por menos. E as marcas que entenderam isso — especialmente no segmento de smartphones intermediários — estão colhendo os frutos de uma nova era.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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