Estrada de Ferro 118 promete ser o projeto que vai revolucionar o Rio de Janeiro, criando 68 mil empregos e injetando mais de R$ 2 bilhões na economia fluminense.
Poucas iniciativas de infraestrutura prometem tanto impacto como a Estrada de Ferro 118 (EF-118), que está prestes a começar no Rio de Janeiro.
Mas o que realmente faz este projeto se destacar? Não é apenas uma obra de transporte, mas uma promessa de revolução econômica para toda a região norte do estado.
A expectativa de geração de empregos e o impulso econômico são imensos, mas o que está realmente em jogo por trás desse projeto bilionário? Vamos descobrir.
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A EF-118, considerada uma das maiores obras de infraestrutura para o estado e o país, será responsável por conectar o Porto do Açu, localizado em São João da Barra, à malha ferroviária nacional.
Segundo levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), essa fase inicial da construção tem potencial de injetar R$ 2,5 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) da região.
Além disso, serão criados 68 mil empregos diretos e indiretos, com uma arrecadação de R$ 457 milhões em impostos federais e estaduais. Os salários da força de trabalho também podem ser elevados em até R$ 1 bilhão.
A defesa do projeto e sua importância
A Firjan Norte deu um passo importante no dia 17 de setembro, durante uma reunião com representantes da sociedade civil e autoridades públicas, ao assinar um documento que será enviado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O objetivo desse documento é garantir que os recursos resultantes da devolução de trechos ferroviários, anteriormente concedidos à Ferrovia Central Atlântica (FCA) durante a privatização em 1996, sejam utilizados na construção da EF-118.
Esses recursos provenientes da FCA são cruciais para o avanço do projeto. Em 2013, a empresa já havia devolvido 153 quilômetros de linhas ferroviárias no estado do Rio de Janeiro.
Atualmente, apenas 41 quilômetros do trecho ferroviário concedido continuam ativos, representando menos de 5% da malha original cedida pelo governo federal à FCA.
Os desafios enfrentados pelo projeto
Durante a reunião, Diogo Martins, especialista em infraestrutura da Firjan, destacou a importância de destinar os recursos da FCA para a ferrovia.
Ele explicou que, além de conectar o Rio de Janeiro ao Espírito Santo, o projeto contempla a recuperação de trechos devolvidos pela FCA, que somam mais de 1.700 quilômetros em todo o país, sendo 640 quilômetros no estado fluminense.
Mobilização de autoridades e sociedade civil
Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte, enfatizou a necessidade de uma ampla mobilização de autoridades e da sociedade civil para que o projeto avance.
Ele afirmou que o desafio é grande, mas que é fundamental contar com o apoio de parlamentares estaduais e federais, além de prefeitos e representantes locais, especialmente das regiões diretamente afetadas.
Felipe Knust, secretário de Desenvolvimento Econômico de Campos, que representava o prefeito Wladimir Garotinho na ocasião, também participou da assinatura do documento.
Outros representantes de municípios vizinhos estiveram presentes para reforçar a importância desse projeto não só para Campos, mas para toda a região norte do estado.
O impacto do Porto do Açu
O subsecretário de Mobilidade de Campos, Sérgio Mansur, destacou, durante uma audiência pública online realizada em Brasília, o crescente papel do Porto do Açu no contexto ferroviário.
Ele lembrou que, em setembro, Campos e os municípios da região têm visto um aumento significativo nas demandas de carga, o que torna a ferrovia um modal logístico cada vez mais relevante para a expansão econômica da área.
Benefícios para a região e o futuro da EF-118
Com a ferrovia em operação, a expectativa é que o Porto do Açu passe a receber um volume ainda maior de cargas, o que beneficiará diversos setores econômicos.
O desenvolvimento da infraestrutura ferroviária permitirá que o norte fluminense tenha uma integração mais eficiente com o restante do Brasil, facilitando o escoamento de mercadorias e impulsionando o crescimento regional.
Esse projeto não se limita apenas ao desenvolvimento econômico da região, mas também promete melhorar a mobilidade e a logística do estado do Rio de Janeiro como um todo.
A revitalização da malha ferroviária traz uma oportunidade única de colocar o estado de volta no mapa das grandes rotas ferroviárias do país.
O futuro da EF-118 e o impacto no Rio de Janeiro
Com o apoio da Firjan, da sociedade civil e de autoridades políticas, a Estrada de Ferro 118 pode ser um divisor de águas para o estado do Rio de Janeiro.
O potencial de geração de empregos, o impacto no PIB e a arrecadação de impostos são apenas algumas das vantagens que o projeto pode trazer.
Será que o estado do Rio de Janeiro finalmente verá essa obra sair do papel e transformar a realidade econômica do norte fluminense?
Só não entendi a imagem maluca que puseram: além da geografia louca com praia da Zona Sul de um lado e via férrea em frente a esta, um trem de passageiros! O que tudo isso tem a ver com a obra em si?! Licença poética no jornalismo?!
Já passou da hora do Río de janeiro do Brasil deixar de andar para trás e voltar a ser uma nação com a maior malha ferroviária da América latina, como foi antes; e este projeto tem um grande peso e um potencial para nos redimir dos erros passados; assim elevado o Río a uma posição de destaque. Eu apoio e gostaria de ver este projeto concluído.
Acho que essa ferrovia 118 pode beneficiar o RJ e ES mas apenas com interesse de grandes empresas para escoar suas cargas mas não vai beneficiar as pessoas que ainda vão correr risco de vida viajando de ônibus e não de trem de passageiro como o da Vale que faz Vitória x Minas…excelente trem…confortável…boa alimentação…viagem maravilhosa…e isso que devem pensar sobre esse trecho 118 e não apenas carga.