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Você sabe quem lidera o setor de material de construção no Brasil? Veja os bilhões faturados em 2024

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 15/09/2025 às 11:15
Gráfico de crescimento econômico em moedas com materiais de construção e logos de grandes redes brasileiras
Gráfico ilustrativo com moedas e materiais de construção representa o faturamento bilionário de redes como Leroy Merlin, Ferreira Costa, Quero-Quero e Telhanorte em 2024.
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Mais de R$ 25 bilhões em vendas registradas em 2024 revelam o peso das redes de material de construção no varejo brasileiro, com destaque para home centers e atacarejo.

Um levantamento do Instituto IRTT, divulgado em 2024, mostrou que o setor de material de construção faturou R$ 25,3 bilhões, com crescimento tímido de 6,2% em relação a 2023.
Embora o segmento represente apenas 2% do varejo nacional, ele se destaca pelo modelo de operação em grandes lojas de superfície e pela concentração regional.

De acordo com os dados, 13 empresas do setor figuraram entre as 300 maiores do varejo em 2024, confirmando sua relevância.
Mesmo assim, a expansão segue moderada, impactada pelas condições macroeconômicas e pelos juros elevados.

Impactos econômicos e cenário pós-pandemia

Durante a pandemia de 2020 e 2021, o setor cresceu rápido, impulsionado pela adaptação das residências ao home office e ao lazer doméstico. Porém, a partir de 2022 essa tendência perdeu força, e o ritmo caiu. Em 2024, o crescimento consolidado foi freado pelos juros elevados, que encareceram o crédito e reduziram o interesse da população em investir em obras e reformas.

Esse cenário confirma que, embora o setor mantenha relevância, a demanda depende das condições de financiamento e do comportamento de consumo das famílias.

Estratégias de negócio e formatos em evidência

Além disso, os home centers se consolidaram como modelo dominante, oferecendo ampla variedade de produtos em grandes megalojas. Contudo, o atacarejo também cresceu, principalmente voltado ao público profissional.

É o caso da Obramax, rede do Grupo Adeo (controlador da Leroy Merlin). Em 2024, a empresa operava nove lojas entre São Paulo e Rio de Janeiro, voltadas para compras em volume. Esse formato mostrou-se estratégico para atender construtores e empreiteiros que buscam preços mais competitivos.

Ao mesmo tempo, a regionalização permanece como característica central do setor.
Nove das principais redes atuam com forte presença em mercados locais, limitando a expansão nacional, mas garantindo proximidade com o consumidor.

Ranking das maiores empresas em 2024

Segundo o levantamento do IRTT, o ranking das líderes em 2024 foi o seguinte:

  • Leroy Merlin: manteve a liderança, com R$ 8,97 bilhões em vendas e 54 lojas no Brasil. Sua força está no modelo de megalojas e na elevada média de faturamento por unidade.
  • Ferreira Costa: garantiu a segunda posição, com R$ 2,4 bilhões em vendas e apenas nove lojas, mas com eficiência por unidade acima da média do setor.
  • Quero-Quero: ficou em terceiro lugar, com R$ 2,17 bilhões em vendas e 573 lojas, localizadas sobretudo em cidades de pequeno e médio porte.
  • Telhanorte (Grupo Saint-Gobain): em quarto, obteve R$ 1,88 bilhão em vendas em 2024, com 68 lojas, investindo em digitalização, logística e soluções customizadas.
  • Sodimac Brasil (Grupo Falabella): fechou o top 5 com R$ 1,75 bilhão em vendas e 52 lojas, consolidando sua atuação no mercado brasileiro.

Desafios financeiros e comportamento do consumidor

De acordo com especialistas, os juros altos foram um dos principais entraves em 2024. O crédito caro limitou financiamentos e reduziu o apetite por consumo. Esse impacto foi sentido sobretudo no mercado de reformas, que perdeu força após os anos de pandemia.

Ainda assim, as principais redes investiram em logística, tecnologia e expansão. A busca por eficiência e competitividade se tornou prioridade, e, segundo o IRTT, esse movimento deverá marcar o setor nos próximos anos.

O que o futuro reserva para o setor?

Com base no desempenho de 2024, analistas avaliam que o setor de material de construção seguirá relevante. Porém, enfrentará desafios para manter crescimento contínuo. A sustentabilidade das operações dependerá de estratégias inovadoras, da digitalização e da adaptação ao consumo regionalizado.

Além disso, a disputa entre home centers e atacarejos tende a se intensificar.
Enquanto isso, as redes regionais devem ampliar sua presença em mercados estratégicos.

O que você acha: o setor de material de construção no Brasil deve apostar em expansão nacional com grandes redes ou em modelos regionais e atacarejos?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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