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O maior ônibus da história mede 32 metros e leva 350 pessoas — o menor tem só 5 metros e acomoda apenas 10 passageiros sentados

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 18/09/2025 às 12:25
Conheça o maior ônibus do mundo, com 32 metros e 350 passageiros, e o menor, com apenas 5 metros e espaço para 10 pessoas sentadas.
Conheça o maior ônibus do mundo, com 32 metros e 350 passageiros, e o menor, com apenas 5 metros e espaço para 10 pessoas sentadas.
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Em um mundo onde as cidades enfrentam desafios opostos — da superlotação à preservação de centros históricos — surgiram dois extremos que redefiniram o conceito de transporte urbano. De um lado, o colosso DAF Super CityTrain, com seus 32 metros de comprimento e 350 passageiros. Do outro, o minúsculo Tecnobus Gulliver U500, com apenas 5 metros e espaço para 10 pessoas, provando que a mobilidade pode ser grandiosa ou incrivelmente compacta.

No universo dos ônibus transportes urbanos, poucos contrastes são tão impressionantes quanto os extremos representados pelo DAF Super CityTrain e pelo Tecnobus Gulliver U500.

De um lado, um verdadeiro colosso sobre rodas com 32,2 metros de comprimento e capacidade para 350 passageiros. Do outro, um minúsculo e silencioso ônibus elétrico com pouco mais de 5 metros, projetado para circular em vielas estreitas onde carros mal passam.

Embora pertençam a mundos completamente distintos, ambos simbolizam respostas ousadas a desafios específicos de mobilidade urbana — e entraram para a história por suas dimensões incomuns.

O gigante DAF Super CityTrain

O DAF Super CityTrain nasceu no fim da década de 1980, em Kinshasa, capital da então Zaire (atual República Democrática do Congo).

A cidade enfrentava um colapso no transporte público, e a solução encontrada foi criar um ônibus com capacidade de transporte equivalente à de um trem curto.

A ideia era simples e ousada: unir um cavalo-mecânico da DAF à frente e um enorme reboque de passageiros atrás, formando um conjunto articulado capaz de levar centenas de pessoas por viagem.

Com cerca de 32,2 metros de comprimento, 28 toneladas de peso e capacidade para até 350 passageiros, o Super CityTrain tornou-se o maior ônibus do mundo em operação regular.

A velocidade máxima era limitada a aproximadamente 41,8 km/h para garantir a segurança, já que controlar um veículo desse porte exigia habilidade especial. Por seu tamanho impressionante, o modelo entrou para o Guinness Book como o ônibus mais longo já construído e colocado em uso urbano regular.

Uma tentativa ousada de resolver a superlotação

A operação dos Super CityTrain acontecia principalmente em avenidas largas de Kinshasa, onde o espaço permitia manobras mais seguras. Foram construídas cerca de 45 unidades ao todo, montadas localmente pela empresa Chanimetal com chassis e componentes vindos da DAF.

No entanto, apesar do impacto inicial positivo, os gigantes logo enfrentaram problemas: peças difíceis de obter, custos altos de manutenção e desgaste acelerado devido ao peso extremo e às más condições do asfalto local.

Com o passar dos anos, Kinshasa voltou a apostar em veículos menores e mais ágeis, e os Super CityTrain foram sendo gradualmente aposentados.

Mesmo assim, eles permanecem na memória como uma das criações mais ousadas da história do transporte urbano — um exemplo de engenharia que impressionou o mundo e mostrou que soluções gigantescas podem surgir da necessidade.

O minúsculo Tecnobus Gulliver U500

Na outra ponta do espectro está o Tecnobus Gulliver U500, um dos menores ônibus do planeta. Desenvolvido na Itália na década de 1990, ele foi projetado para circular em centros urbanos históricos, onde ruas estreitas e curvas fechadas impedem a passagem de veículos maiores.

Com apenas 5,3 metros de comprimento e 2,2 metros de largura, o Gulliver U500 consegue entrar em vielas onde nem carros comuns passam com facilidade.

Totalmente elétrico, o pequeno micro-ônibus transporta entre 7 e 10 passageiros sentados, oferecendo uma alternativa silenciosa, leve e não poluente para deslocamentos curtos em áreas de grande fluxo turístico.

Ele opera com baterias substituíveis, podendo rodar por várias horas antes de recarregar, e exige pouco espaço para estacionar ou fazer manobras apertadas.

Uma solução para centros históricos europeus

O sucesso do Gulliver U500 se espalhou rapidamente por cidades italianas como Pisa, Siena, Veneza e Roma, que buscavam formas de preservar seus patrimônios históricos sem abrir mão da mobilidade pública.

Graças ao tamanho reduzido e ao funcionamento elétrico, o veículo tornou-se uma referência em microtransporte urbano sustentável e até hoje segue sendo utilizado em percursos curtos, muitas vezes substituindo táxis e vans em zonas onde o acesso de veículos convencionais é restrito.

O contraste com o Super CityTrain não poderia ser maior: enquanto um precisava de avenidas largas e pavimento reforçado para circular, o outro foi pensado para ruas onde até pedestres andam espremidos.

Cada um nasceu para resolver problemas opostos — um enfrentava superlotação extrema; o outro, o desafio da preservação histórica em áreas de difícil acesso.

Dois extremos que contam muito sobre as cidades

O DAF Super CityTrain e o Tecnobus Gulliver U500 representam dois extremos fascinantes da engenharia de transporte.

Um mostra até onde a tecnologia pode ir para mover massas de pessoas em contextos de crise.

O outro prova que às vezes o melhor caminho é reduzir o tamanho e o impacto para proteger espaços delicados. Ambos, à sua maneira, marcaram época e continuam lembrados como símbolos de inovação — um por sua escala colossal, o outro por sua delicadeza compacta.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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