1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / Maior estrada do Brasil tem quase 5 mil km, passa por 10 estados, corta capitais e vilarejos, ostenta apelidos como ‘Rodovia da Morte’ e revela um país surpreendente que quase ninguém conhece
Tempo de leitura 5 min de leitura Comentários 0 comentários

Maior estrada do Brasil tem quase 5 mil km, passa por 10 estados, corta capitais e vilarejos, ostenta apelidos como ‘Rodovia da Morte’ e revela um país surpreendente que quase ninguém conhece

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 12/09/2025 às 16:29
BR-116 é a maior estrada do Brasil, com quase 5 mil km, cortando 10 estados e capitais, vital para cargas, passageiros e economia.
BR-116 é a maior estrada do Brasil, com quase 5 mil km, cortando 10 estados e capitais, vital para cargas, passageiros e economia.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

A BR-116 atravessa o Brasil de Fortaleza ao Uruguai, corta capitais e comunidades, sustenta o transporte de cargas e passageiros e acumula apelidos que revelam histórias regionais e contrastes da infraestrutura nacional.

A BR-116 é a espinha dorsal do modal rodoviário brasileiro.

Com aproximadamente 4.660 km, corta 10 estados e conecta cerca de 280 cidades, de Fortaleza a Jaguarão, na fronteira com o Uruguai.

Por sua capilaridade e fluxo, a via sustenta o transporte de mercadorias e passageiros em larga escala e, em trechos mais críticos, carrega o apelido de “Rodovia da Morte”.

Trajeto de ponta a ponta

Do litoral cearense ao extremo sul, a BR-116 fende o país em um eixo longitudinal contínuo.

O traçado começa em Fortaleza, cruza sertões, vales e planaltos, contorna áreas metropolitanas e alcança o limite internacional em Jaguarão.

Ao longo desse percurso, a rodovia costura capitais, médias cidades e vilarejos, com papel direto na oferta de serviços e no acesso a saúde, educação e trabalho.

Linha do tempo da construção

Os primeiros segmentos foram abertos nos anos 1930, ligando cidades do Ceará ao norte da Bahia.

Nas décadas seguintes, a estrada avançou rumo ao Sudeste.

Na década de 1940, chegou ao Rio de Janeiro.

No período posterior, alcançou São Paulo e consolidou o eixo que hoje organiza o tráfego entre as principais regiões econômicas do país.

O desenho atual resulta dessa expansão gradual, que acompanhou políticas de integração territorial e o crescimento urbano e industrial do pós-guerra.

Apelidos que contam histórias regionais

A diversidade do percurso se reflete na nomenclatura adotada localmente.

Entre São Paulo e Rio de Janeiro, o trecho é conhecido como Presidente Dutra.

Entre Curitiba e São Paulo, recebe o nome de Régis Bittencourt.

Do Nordeste em direção ao Rio, aparece como Santos Dumont.

Essas denominações, incorporadas ao cotidiano, registram memórias regionais e ajudam a identificar características operacionais e de tráfego de cada segmento.

Corredor estratégico de cargas e passageiros

A BR-116 cumpre função que excede a mera ligação geográfica.

Em sua faixa de domínio circulam produtos agrícolas, manufaturados e insumos industriais que abastecem mercados internos e exportações.

O transporte de passageiros, por sua vez, mantém linhas regulares que conectam polos regionais e centros metropolitanos.

O movimento intenso em áreas-chave evidencia a dependência do país desse corredor para garantir rotatividade de estoques, deslocamento de trabalhadores e prestação de serviços.

Integração de capitais, polos e comunidades

Ao unir capitais como Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, a rodovia aproxima cadeias produtivas distantes e encurta distâncias entre consumidores e fornecedores.

O impacto, no entanto, não se limita a metrópoles.

Pequenas cidades, distritos rurais e polos agroindustriais dependem da BR-116 para escoar safras, receber mercadorias e manter a circulação de pessoas.

Em muitos trechos, a via é a principal porta de entrada para ambulâncias, ônibus escolares e serviços essenciais.

Concessões, duplicações e gargalos

Partes da BR-116 passaram à gestão da iniciativa privada ao longo dos últimos anos, o que trouxe investimentos em pavimentação, sinalização e atendimento ao usuário.

Ainda assim, persistem segmentos em pista simples e pontos com necessidade de obras de duplicação e melhorias de segurança.

O desafio envolve manter a continuidade do tráfego em corredores já saturados, com intervenções que reduzam acidentes e ampliem a fluidez, sem interromper a operação diária.

Por que a BR-116 é um ativo logístico

Como a maior rodovia pavimentada do país, a BR-116 sustenta uma rede interligada de transportes que atende tanto cadeias urbanas quanto áreas rurais.

A integração com outras vias federais e estaduais potencializa seu alcance e dá previsibilidade ao deslocamento de cargas sensíveis a prazos.

O resultado se traduz em competitividade: reduzir tempos de viagem e custos operacionais impacta diretamente preços, prazos de entrega e decisões de investimento ao longo do corredor.

Efeitos concretos no cotidiano

A relevância logística produz efeitos imediatos na vida de milhões de pessoas.

Para trabalhadores, a estrada é rota para empregos e cursos técnicos.

Para estudantes, significa acesso a escolas e universidades em cidades maiores.

Para famílias, viabiliza deslocamentos para consultas médicas, lazer e compromissos pessoais.

Mesmo quando invisível para quem não vive à margem do asfalto, a BR-116 influencia a disponibilidade de bens e serviços nas prateleiras e nos aplicativos.

Um retrato simultâneo do país

Rodar por seus quilômetros equivale a percorrer páginas de um atlas social.

Em poucos dias, a paisagem alterna entre áreas de preservação, cinturões urbanos adensados, serras sinuosas, vales agrícolas e zonas industriais.

Em determinados trechos, a infraestrutura evidencia investimentos recentes.

Em outros, surgem carências históricas e demandas por manutenção.

Essa justaposição de realidades mostra um país heterogêneo, em que modernização e urgências convivem lado a lado.

YouTube Video

Segurança viária e planejamento de rota

O uso frequente da BR-116 exige planejamento.

Condições climáticas, características do relevo e fluxo de veículos pesados pedem atenção.

Paradas programadas, revisão de trajetos e conhecimento prévio de pontos críticos contribuem para viagens mais seguras.

Em segmentos com maior volume de caminhões, ajustar horários e monitorar boletins de trânsito ajuda a reduzir atrasos e riscos.

Em qualquer cenário, prudência e observância à sinalização são medidas indispensáveis.

A estrada como elo de desenvolvimento

A presença da BR-116 favorece a instalação de empresas, centros de distribuição e serviços de apoio ao longo do traçado.

Restaurantes, postos, oficinas e hospedagens se consolidam onde há demanda de transporte.

Do lado do campo, a via facilita a chegada de insumos e a saída da produção.

Nas cidades, encurta o acesso a mercados e amplia a oferta de empregos.

Ao conectar diferentes escalas econômicas, a rodovia opera como ponte para oportunidades e circulação de renda.

Memória, identidade e futuro

Além da função operacional, a BR-116 compõe a memória de quem vive às suas margens.

Nomes populares, marcos de quilometragem e histórias familiares se acumulam nas comunidades atravessadas.

Enquanto isso, a necessidade de obras, de duplicação seletiva e de manutenção contínua mantém a via no centro do planejamento de transportes.

O equilíbrio entre fluidez, segurança e preservação do entorno será decisivo para sustentar sua importância nas próximas décadas.

Percorrer seus quase 5 mil quilômetros transforma a forma como o país é percebido: não é apenas uma estrada, mas um retrato em movimento do Brasil.

Qual foi a experiência mais marcante que você viveu ou observou em algum trecho da BR-116?

Aplicativo CPG Click Petroleo e Gas
Menos Anúncios, interação com usuários, Noticias/Vagas Personalizadas, Sorteios e muitos mais!
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

Compartilhar em aplicativos
Baixar aplicativo para Android
Baixar aplicativo
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x