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Maior centro de distribuição da Amazon no mundo tem 350 mil m², 18 km de esteiras automatizadas e processa mais de 1 milhão de pacotes por dia no Tennessee

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 01/10/2025 às 13:07
Maior centro de distribuição da Amazon no mundo tem 350 mil m², 18 km de esteiras automatizadas e processa mais de 1 milhão de pacotes por dia no Tennessee
Créditos: Warehouse Automation
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Maior centro de distribuição da Amazon fica no Tennessee: 350 mil m², 18 km de esteiras e mais de 1 milhão de pacotes processados por dia em um colosso logístico. Conheça o Fulfillment Center da Amazon

No coração dos Estados Unidos, no estado do Tennessee, ergue-se um dos maiores colossos da logística mundial: o Fulfillment Center da Amazon em Mount Juliet, considerado o maior centro de distribuição da empresa em área construída. Com impressionantes 350 mil m² — o equivalente a 50 campos de futebol oficiais —, essa instalação funciona como um coração pulsante do comércio eletrônico, processando diariamente mais de 1 milhão de pacotes. Por dentro, um emaranhado de tecnologia, robôs autônomos e sistemas de esteiras totalizando 18 km de extensão garantem que pedidos feitos em segundos na tela de um celular cheguem à porta do cliente em tempo recorde.

Esse centro é mais do que um armazém: é uma demonstração do poder da automação logística e um símbolo de como a Amazon construiu um império bilionário baseado na eficiência de entrega.

Dimensões que impressionam

O Fulfillment Center de Mount Juliet foi inaugurado em 2021, em plena pandemia, como parte da estratégia da Amazon de expandir rapidamente sua malha logística diante da explosão de pedidos online. Desde o início, o tamanho chamou atenção.

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  • Área total: 350 mil m², distribuídos em cinco andares.
  • Comparação: o espaço equivale a 50 campos de futebol ou 70 vezes o tamanho do Maracanã.
  • Altura: cada andar tem pé-direito elevado para comportar robôs móveis, prateleiras gigantescas e sistemas de esteiras.
  • Armazenamento: milhões de itens de diferentes categorias ficam dispostos em prateleiras que chegam a dezenas de metros de altura.
  • Esteiras automatizadas: 18 km, interligando todas as áreas, do recebimento ao despacho.

Com essa infraestrutura, o centro se coloca como uma verdadeira cidade automatizada, funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana.

Robôs que nunca dormem

Um dos grandes diferenciais do mega galpão é o uso de robôs Kiva Systems — tecnologia adquirida pela Amazon em 2012 por US$ 775 milhões.

Esses pequenos veículos autônomos percorrem os corredores levando estantes inteiras até os funcionários, que ficam em estações fixas.

O processo elimina a necessidade de o operador andar quilômetros por dia em busca de produtos. Em vez disso, basta esperar que os robôs tragam os itens certos, no momento certo.

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Estimativas apontam que mais de 3 mil robôs operam simultaneamente nesse centro, reduzindo o tempo de separação de pedidos em até 60% e garantindo precisão quase total na escolha dos produtos.

Além dos Kiva, há braços robóticos capazes de levantar caixas pesadas, sistemas de visão artificial que identificam etiquetas em alta velocidade e softwares de inteligência artificial que organizam o fluxo de mercadorias conforme a demanda do dia.

A engrenagem que move milhões de pacotes

O fluxo dentro do Fulfillment Center é um espetáculo de engenharia logística:

  • Recebimento: caminhões chegam a todo momento trazendo produtos de fornecedores.
  • Armazenamento: robôs levam os itens para estantes móveis, catalogadas digitalmente.
  • Separação de pedidos: quando um cliente compra, os robôs trazem os itens até os funcionários.
  • Embalagem: máquinas automáticas calculam o tamanho exato da caixa e cortam papelão sob medida, reduzindo desperdícios.
  • Expedição: esteiras levam os pacotes até caminhões, que seguem para centros regionais de última milha.

A capacidade é tão alta que, em períodos de pico como a Black Friday ou o Prime Day, esse único centro pode processar mais de 1,2 milhão de pedidos em 24 horas.

Impacto econômico e social

A construção do centro movimentou a economia do Tennessee, gerando milhares de empregos diretos e indiretos. Só na operação, estima-se que mais de 3.500 pessoas trabalhem em turnos escalonados, além dos contratos temporários em épocas de maior demanda.

Mas o impacto vai além dos postos de trabalho. O Fulfillment Center consolidou Mount Juliet como um hub logístico estratégico, atraindo transportadoras, startups de tecnologia e fornecedores de serviços ao redor. O aumento de arrecadação municipal e estadual também reforçou a importância do projeto.

Energia e sustentabilidade

Apesar de seu tamanho colosal, a Amazon busca alinhar sua operação ao compromisso de ser carbono neutro até 2040.

  • Energia: parte da eletricidade é fornecida por fazendas solares que a Amazon mantém no Tennessee.
  • Embalagens inteligentes: máquinas cortam caixas sob medida, reduzindo em até 25% o uso de papelão.
  • Logística verde: a empresa vem ampliando o uso de caminhões elétricos para entregas de última milha, embora ainda em escala piloto.

O objetivo é que centros como o de Mount Juliet se tornem referência não só em eficiência, mas também em sustentabilidade.

Comparações globais

Mesmo sendo o maior em área da Amazon, o centro de Mount Juliet faz parte de uma rede impressionante:

  • Estados Unidos: mais de 110 fulfillment centers distribuídos pelo país.
  • Europa: grandes unidades em Tilbury (Reino Unido) e Dortmund (Alemanha).
  • Brasil: a Amazon já possui galpões em São Paulo, Cajamar e outros pontos estratégicos, mas nenhum chega perto da escala americana.

Enquanto um centro brasileiro tem, em média, 100 mil m², o do Tennessee triplica esse número.

O segredo do sucesso da Amazon

Para especialistas, o segredo por trás do crescimento meteórico da Amazon não é apenas o marketplace, mas sim a engenharia logística.

Centros como o de Mount Juliet são projetados para reduzir prazos de entrega ao mínimo, garantindo que o cliente tenha em mãos o produto em 24 horas ou até no mesmo dia.

Esse nível de eficiência é sustentado por:

  • Automação robótica em larga escala.
  • Sistemas preditivos que antecipam compras com base em inteligência artificial.
  • Malha de transporte integrada, com caminhões, aviões (Amazon Air) e frotas de parceiros locais.

A Amazon já anunciou planos de expandir ainda mais sua rede de mega fulfillment centers, com novas unidades previstas para estados como Illinois e Califórnia.

O objetivo é dobrar a capacidade logística até 2030, permitindo atender a um volume ainda maior de pedidos em menos tempo.

Especialistas acreditam que o próximo passo será integrar ainda mais inteligência artificial e robótica avançada, com braços autônomos capazes de embalar pedidos sem intervenção humana e drones encarregados de parte da entrega.

Um ‘coração’ de aço e dados

O Fulfillment Center de Mount Juliet não é apenas o maior armazém da Amazon: é um retrato da era digital, em que a tecnologia permite que milhões de pedidos sejam processados quase em tempo real.

Ele mostra como o comércio eletrônico deixou de ser apenas conveniência para se tornar uma força econômica global, sustentada por robôs, algoritmos e galpões que mais parecem cidades futuristas.

Se no passado o comércio dependia de portos e feiras, hoje depende de colossos como esse, onde cada caixa embalada carrega não só um produto, mas a engrenagem de uma das maiores empresas do planeta.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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