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Magda Chambriard anuncia que Petrobras quer unir petróleo e agro brasileiro com US$ 16,5 bilhões em investimentos em transição energética até 2029

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 02/09/2025 às 14:35
Magda Chambriard, presidente da Petrobras, em evento com painel da empresa ao fundo e o texto 'Petrobras busca unir petróleo e agro' sobreposto.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, fala durante coletiva sobre os resultados financeiros da Petrobras de 2024. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defende a integração entre petróleo e agro no Fórum do Biogás e reforça o compromisso da estatal com a transição energética até 2029

Durante o 12º Fórum do Biogás, realizado em São Paulo (SP), a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a estatal pretende aproximar o setor de petróleo do agronegócio brasileiro. Segundo ela, o plano de negócios 2025-2029 prevê US$ 16,5 bilhões em investimentos em transição energética, reforçando a busca por diversificação, sustentabilidade e inovação.

Chambriard criticou a decisão anterior da Petrobras de se retirar do segmento de etanol e defendeu que o país não pode abrir mão do potencial do agro para ampliar a geração de energia limpa. Essa integração entre petróleo e agro surge como uma estratégia para acelerar a produção de biocombustíveis, ampliar o uso de biogás e fortalecer a matriz energética nacional.

Petrobras aposta em petróleo e agro para diversificar energia

Na abertura do Fórum, Magda Chambriard defendeu a união entre petróleo e agro, destacando que o agronegócio brasileiro é fundamental para que a Petrobras avance na produção de combustíveis renováveis. O setor já se mostra protagonista no fornecimento de resíduos agrícolas e industriais, essenciais para ampliar a produção de biogás e biometano.

De acordo com a executiva, a integração não se limita a substituir fontes fósseis, mas a adicionar novas matrizes ao mix energético. A estratégia inclui o etanol, que havia sido deixado de lado, mas que agora volta à pauta como parte da agenda de baixo carbono da companhia.

Biogás em destaque no 12º Fórum do Biogás

O evento, considerado o maior da América Latina no setor, reuniu investidores, autoridades e especialistas em energias renováveis. Ali, Magda Chambriard destacou que o biogás tem papel estratégico para reduzir emissões no transporte pesado e na agroindústria, além de aproveitar de maneira mais eficiente os resíduos do campo.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 1.600 plantas de biogás em operação, segundo dados do CIBiogás. A produção tem potencial para substituir parte significativa do diesel importado, gerar economia ao país e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Para a Petrobras, esse mercado representa um novo eixo de crescimento e competitividade.

Plano de Negócios da Petrobras 2025-2029 focando na transição energética

O plano de negócios 2025-2029 da Petrobras prevê investimentos totais de US$ 111 bilhões, dos quais US$ 16,5 bilhões estão destinados à transição energética e a projetos de baixo carbono. Esses recursos representam cerca de 15% do CAPEX total da companhia no período.

Entre as metas já estabelecidas, estão:

  • Reduzir em 30% as emissões operacionais até 2030.
  • Encerrar o flaring rotineiro de gás em até cinco anos.
  • Reinyectar 80 milhões de toneladas de CO₂ em projetos de captura e armazenamento (CCUS) até 2025.
  • Alcançar a neutralidade de emissões operacionais até 2050.

Além das metas ambientais, o plano busca fortalecer a atuação da Petrobras em biocombustíveis, bioenergia e em novas fontes renováveis, consolidando a estatal como protagonista da transição energética no Brasil.

Magda Chambriard e a visão de futuro para o setor

A executiva tem enfatizado que a Petrobras deve liderar a transição energética de forma sustentável, mas sem abandonar a relevância do petróleo para a economia nacional. “Não se trata de substituir, mas de adicionar”, disse Chambriard em sua fala no Fórum.

Essa visão reflete uma estratégia de equilíbrio: ao mesmo tempo em que mantém o petróleo como fonte central, a empresa investe em novas soluções que fortalecem o papel do Brasil como potência energética. Para Chambriard, ignorar o potencial do agro e do etanol seria um erro estratégico que deixaria o país em desvantagem no cenário global.

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O papel do agro na transição energética

O agronegócio brasileiro é um dos setores mais competitivos do mundo e gera grande volume de resíduos com potencial energético. Resíduos da cana-de-açúcar, dejetos de animais e restos de colheitas podem ser transformados em biogás, biometano e biofertilizantes.

Essa integração com o agro representa não apenas ganhos ambientais, mas também novas oportunidades econômicas:

  • Aumento da renda no campo por meio da geração de energia.
  • Redução de custos logísticos com produção local de biometano.
  • Fortalecimento da cadeia de biocombustíveis no mercado interno.

A entrada da Petrobras nesse processo pode acelerar investimentos e dar escala a projetos que hoje ainda estão restritos a produtores e cooperativas.

Benefícios e desafios da união entre petróleo e agro

Benefícios esperados:

  • Diversificação econômica: reduzir a dependência exclusiva do petróleo e gás.
  • Sustentabilidade: diminuir as emissões e avançar na agenda climática.
  • Sinergia produtiva: fortalecer a integração entre energia e agroindústria.

Desafios a superar:

  • Viabilizar a retomada de presença da Petrobras no etanol, setor em que perdeu espaço.
  • Estruturar parcerias sólidas com o agro para ampliar a produção de biogás.
  • Evitar que a estratégia de “adição energética” seja apenas uma justificativa para manter forte presença dos combustíveis fósseis.

Petrobras, biogás e as novas oportunidades de crescimento

A Petrobras caminha para um reposicionamento estratégico. Com a liderança de Magda Chambriard, a estatal busca unir petróleo e agro, investir em biogás e acelerar a transição energética com US$ 16,5 bilhões até 2029.

Esse movimento tem potencial de redefinir a matriz energética brasileira, tornando o país referência na produção de biocombustíveis e no aproveitamento de resíduos agrícolas para geração de energia.

O sucesso, porém, dependerá da capacidade da companhia de transformar o discurso em prática, criando políticas de incentivo, atraindo investidores e estabelecendo parcerias sólidas com o setor agrícola.

Se os planos forem bem executados, o Brasil pode dar um passo decisivo para conciliar crescimento econômico com sustentabilidade, reforçando sua posição de liderança na agenda global de energia limpa.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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