Nesta segunda-feira (23/01), Lula (PT), afirmou que seu governo vai “criar as condições” para o financiamento, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o gasoduto Néstor Kirchner, na Argentina. O país promete gás barato.
Os argentinos buscam o financiamento feito pelo BNDES para o seu segundo trecho do projeto – que vai ampliar o escoamento de reservas não-convencionais da Vaca Muerta, localizado em Neuquén, próximo à Santa Fé.
Esse gasoduto permitirá, ao país vizinho, que substitua as importações de gás da Bolívia e, com tudo isso, abrir um espaço para a exportações dos recursos da Vaca Muerta ao Sul do Brasil.
Lula, em seu discurso, reafirmou a intenção de retomar o papel do BNDES como o financiador de projetos de engenharia em países vizinhos.
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“É isso que países maiores têm que fazer com países de menores condições em determinados momentos históricos. De vez em quando, no Brasil, somos criticados por sua pura ignorância, por pessoas que acham que não pode haver financiamento para outros países. Eu acho que não só pode, mas que é necessário que o Brasil ajude todos os seus parceiros. É isso que vamos fazer, dentro das possibilidades econômicas do nosso país”, completou Lula.
Sergio Massa, o ministro da Economia da Argentina, disse que nesta primeira semana de fevereiro uma equipe do Banco de la Nación e da pasta viajará ao Brasil. Em pauta, a integração energética entre os países, em especial o segundo trecho do gasoduto de Néstor Kirchner.
O ministro defendeu que os dois países estão diante de uma “enorme oportunidade”. “O Brasil de ter acesso a gás mais barato do eu compra do Bolívia; e a Argentina de abrir um mercado com volumes que até agora só pode despachar para a Central Energética Uruguaiana ou para o Chile – nos períodos que não são de pico”, disse Sergio Massa, em coletiva de imprensa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Sergio disse ainda que nesse primeiro trecho do gasoduto Néstor Kirchner está previsto para ter sua inauguração no dia 20 de junho e que, entre os meses de março e abril, será licitado o segundo trecho do gasoduto.
“Em paralelo há duas obras no projeto: o TGN (Transportadora de Gás del Norte) e uma obra de conexão do gasoduto Salliqueló-San Jerónimo até o gasoduto ao norte. Qual é o objetivo dessa obras? Basicamente começar a preparar o terreno para abastecer o Brasil de gás”, afirmou o ministro.
Integração Brasil-Argentina
O empreendimento da Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB) foi dividida em três trechos, mas apenas os extremos foram executados, no início do ano 2000: o trecho que conecta Polo Petroquímico de Triunfo (RS) à Porto Alegre , onde termina o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol); e o trecho entre Uruguaiana e a malha de Transportadora de Gás del Mercosur (TGM), na Argentina.
O trecho final desse projeto, iria permitir que conectasse de fato o gás argentino à malha que foi integrada de gasoduto do Brasil nunca se viabilizou na parte econômica.