Brasil pode ter 21 milhões de toneladas de terras raras, mas ainda depende de outros países para processar e gerar valor estratégico
O Brasil pode estar sentado sobre uma das maiores riquezas minerais do mundo. Um levantamento feito pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) aponta que 12 estados do país têm potencial para a presença de terras raras no subsolo. Esses elementos químicos são estratégicos para tecnologias modernas e setores industriais de alto valor.
As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos. São encontrados misturados a outros minérios e são difíceis de extrair com alta pureza.
Por isso, apesar do nome, não são necessariamente raros, mas sim complexos e caros de isolar. Eles são essenciais para a produção de turbinas eólicas, carros elétricos, chips, equipamentos médicos, satélites, mísseis e celulares.
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O estudo do SGB identifica que os estados com potencial para conter esses elementos são: Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Pará, Rondônia, Roraima, Amazonas e Piauí. Em alguns locais, como Goiás e Minas Gerais, já há confirmação de depósitos.
Segundo o SGB, a maior parte das reservas conhecidas está associada a rochas alcalino-carbonáticas. Os principais pontos mapeados até agora são Araxá (MG), Tapira (MG), Catalão (GO) e Poços de Caldas (MG).
Também há um importante depósito em Seis Lagos, no Amazonas. Além disso, há estudos em andamento no sul da Bahia, em áreas com rochas monazíticas e argila iônica, e no Grupo Mata da Corda, em Minas Gerais.
Se as pesquisas forem confirmadas por estudos mais detalhados, o Brasil pode ocupar um papel de maior destaque no mercado global de terras raras.
Atualmente, esse mercado é dominado por poucos países, com destaque absoluto para a China.
Esses minerais têm valor estratégico. Estão diretamente ligados à produção de energia limpa, tecnologia de ponta e equipamentos de defesa.
Isso significa que, além de oportunidades econômicas, há também relevância geopolítica. A confirmação de grandes reservas pode atrair investimentos e diminuir a dependência externa do Brasil nesse setor.
Hoje, o maior obstáculo está fora do subsolo. O Brasil possui matéria-prima, mas ainda não tem capacidade industrial para refinar os minérios em escala.
A avaliação é de Fernando Landgraf, professor da Escola Politécnica da USP. Em entrevista ao g1, ele explicou que o Brasil exporta principalmente matéria-prima bruta. Com isso, perde valor na cadeia produtiva.
A comparação com a China é inevitável. O país asiático fez, há décadas, um movimento estratégico para dominar toda a cadeia de produção de terras raras. Além de extrair, também detém as tecnologias de beneficiamento e refino.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o Brasil tem cerca de 21 milhões de toneladas de terras raras. É o segundo maior detentor global, atrás apenas da própria China.
A última informação relevante é que, se o país quiser aproveitar essa riqueza de minerais raros, precisará investir não só na exploração do subsolo, mas principalmente na construção de uma cadeia industrial completa.
Com informações de Panorâmica News.
Os políticos não deixam,o pais crescer,eles atrasam o pais,por isso roubam tanto só pensam neles.ta na hora de virar fazer igual a china,chega de depender de outros o pais tem muita riqueza chega de ser explorados por gente de fora.
Prá variar temos a matéria, mas, Não devemos o domínio da industrialização.
Não sei porquê o Pará estar fora, em Parauapebas tem muito minério de terras raras. Comprovadas em análises