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Leilão para privatização do aeroporto de Congonhas e de mais 14 terminais é autorizado pelo TCU, com previsão de até R$ 7,3 bilhões em investimentos

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 03/06/2022 às 20:16
Atualizado em 06/06/2022 às 01:13
leilão - aeroporto - privatização
Foto de Marina Hinic / Fonte: Pexels

Governo deve realizar o leilão da 7ª rodada de aeroportos em agosto deste ano, e grandes players já demonstram interesse na privatização

O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou, nesta quarta-feira (1), a realização do leilão da 7ª rodada de aeroportos pelo governo, que pretende efetuar a privatização de 15 terminais, entre os quais está incluído o terminal de Congonhas (SP) – segundo mais movimentado do país. O Ministério da Infraestrutura prevê, com a aprovação, que o leilão seja feito na primeira ou na segunda semana do mês de agosto.

Os ministros deram aval à proposta do relator do processo no TCU, ministro Walton Alencar. 

Conforme o relator, não foram identificadas quaisquer irregularidades ou impropriedades que desaconselhem o prosseguimento da sétima rodada de concessões aeroportuárias. 

Alencar informou, ainda, que mais de 35 milhões de indivíduos devem transitar no conjunto de terminais pelos próximos anos.

O leilão será organizado em três blocos, e a expectativa é de que ele atraia até R$ 7,3 bilhões em investimentos.

O aeroporto de Congonhas lidera o Bloco SP/MS/PA/MG, que é também composto por outros dez aeroportos sujeitos à privatização: Campo Grande (MS); Corumbá (MS); Ponta Porã (MS); Santarém (PA); Marabá (PA); Carajás (PA); Altamira (PA); Uberlândia (MG); Uberaba (MG) e Montes Claros (MG).

Os outros blocos, por sua vez, são constituídos pelos aeroportos de Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ), dedicados à aviação geral, e pelos terminais de Belém (PA) e Macapá (AP).

Marcelo Sampaio – ministro da Infraestrutura – declarou, recentemente, que grandes players demonstram interesse no leilão, a exemplo de grupos como o Zurich, a Vinci e a CCR.

Aeroporto de Santos Dumont é retirado do leilão a pedido do governo do Rio de Janeiro, que espera realizar sua concessão conjunta ao aeroporto do Galeão

O leilão, inicialmente, também contaria com a participação do aeroporto Santos Dumont (RJ), porém o governo foi obrigado a modificar os planos frente à resistência da classe política fluminense em relação à sua privatização.

Durante o mês de fevereiro, o governo anunciou que o leilão do terminal de Santos Dumont será executado em associação à nova licitação do aeroporto do Galeão (RJ), que está passando por processo de devolução pela concessionária Changi Airport, de Singapura. O ministro Walton Alencar Rodrigues, relator do processo da 7ª rodada no TCU, avaliou a decisão do governo como acertada, uma vez que, caso os dois aeroportos estivessem sob a gestão de concessionárias distintas, poderiam operar sob uma “concorrência predatória”.

De acordo com Rodrigues, todas as interações feitas entre a sociedade e o poder redundaram na melhor alternativa. O relator afirmou, ainda, que a modelagem da 7ª rodada seguiu a técnica dos subsídios cruzados, pela formatação dos blocos.

Ministro que foi contrário à privatização da Eletrobras elogia o andamento do processo da  7ª rodada no TCU, além de sugerir auditoria de monitoramento

O ministro do TCU, Vital do Rêgo, que votou contra a privatização da Eletrobras, teceu elogios ao andamento do processo da 7ª rodada no TCU.

Vital alegou que é necessário reconhecer quando o processo é bem feito. Segundo ele, a secretaria de aviação civil e o Ministério da Infraestrutura vêm aprimorando o padrão de subsídio cruzado a cada rodada de concessões, de modo que, hoje, não haverá muito trabalho para ele nessa sessão.

O ministro sugeriu também a realização de auditoria pelo TCU para fiscalização dos serviços dos aeroportos que passarão pelo processo de privatização, o que foi incluído no voto do relator.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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