O leilão dos aeroportos, inclusive o de Congonhas, aconteceu às 14h e a previsão de investimentos é de aproximadamente R$ 7,3 bilhões
O Aeroporto de Congonhas e também outros 14 aeroportos foram levados à leilão nesta quinta-feira, 18, no decorrer da 7ª rodada do programa de concessões aeroportuárias, realizada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
O leilão ocorreu às 14h, na B3, e foi dividido em três blocos. Os 15 aeroportos, incluindo o de Congonhas, juntos somam cerca de 15,8% da soma do tráfego de passageiros do Brasil e serão concedidos à iniciativa privada por um período de 30 anos. A previsão de investimentos ao longo do período é de aproximadamente R$ 7,3 bilhões.
O interesse do leilão nos três blocos foi validado pelo ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, pelas redes sociais. “Continuamos trabalhando sem otimismo ou pessimismo, mas fazendo acontecer e garantindo o avanço da infraestrutura do país. No dia 18 de agosto estaremos batendo o martelo na B3, fazendo o leilão de 15 aeroportos, dos 3 blocos da 7ª rodada”, afirmou o ministro.
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Além do aeroporto de Congonhas, também fizeram parte do leilão os aeroportos do Campo de Marte, em São Paulo (SP), Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ), entre outros.
De acordo com a Anac, entre os anos de 2011 e 2021 o programa de leilão de aeroportos no Brasil concedeu o equivalente a 75,82% do tráfego no país à iniciativa privada. Após esta 7ª rodada de concessão, o percentual passará a 91,6% dos passageiros atendidos em aeroportos privados.
Leilão de aeroportos foi divido em três blocos
Dividido em três blocos, o leilão concedeu terminais firmados em seis estados brasileiros. São eles: Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Amapá. Abaixo, a divisão:
- Bloco SP-MS-PA-MG – Tendo como principal o Aeroporto de Congonhas (SP), o bloco é constituído ainda pelos aeroportos Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul (MS); Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará (PA); Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais (MG). A contribuição inicial mínima é de R$ 740,1 milhões.
- Bloco Aviação Geral – É composto pelos aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo (SP) e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ), e tem lance mínimo inicial estabelecido em R$ 141,4 milhões.
- Bloco Norte II – É formado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP), tem como contribuição inicial mínima R$ 56,9 milhões.
A empresa que adquiriu o aeroporto de Congonhas no leilão também vai ser responsável pela administração de outros 10 terminais. São eles: Corumbá, Campo Grande e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul; Carajás, Santarém, Marabá e Altamira, no Pará, e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais.
O segundo bloco de aeroportos inclui terminais destinados a aviões de pequenos portes, como o Campo de Marte e Jacarepaguá. No terceiro bloco foram ofertados dois aeroportos em capitais da região Norte do país, em Belém (PA) e Macapá (AP).
Expectativas com o leilão dos aeroportos
Em junho deste ano, o governo federal declarou que esperava chegar ao fim de 2022 com 50 terminais leiloados para a administração da iniciativa privada. Se a previsão for concretizada, vão ser contratados R$ 18 bilhões em investimentos privados.
Também neste segundo semestre eatava previsto para acontecer o leilão do aeroporto de Santos Dumont e a relicitação do Galeão. Porém, depois de ocorrer divergências com o governo do Rio de Janeiro, os projetos ficaram para 2023.
O planejamento inicial era que a licitação do Santos Dumont fosse feita juntamente com a do aeroporto de Congonhas, porém ele foi leiloado em conjunto com o aeroporto do Galeão. Assim, a empresa vencedora será a administradora dos dois ativos no Rio.
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