A Kawasaki revelou a motocicleta Ninja H2 HySE, movida a hidrogênio, durante o evento 24 Horas de Le Mans Motos 2025, na França. O protótipo foi exibido em uma volta solo no circuito Bugatti, conduzido pelo piloto Matthias Höppner, e apresentou uma proposta de combinar motor de combustão interna com emissão zero de poluentes.
O modelo utiliza o sistema HySE (Hydrogen Small mobility & Engine technology), que queima hidrogênio diretamente no motor, em vez de usá-lo em células de combustível. A motocicleta roda com gás hidrogênio comprimido a 400 bar, armazenado em tanques traseiros, e libera apenas vapor d’água como subproduto.
Baseada na Ninja ZX-10RR, a versão experimental mantém o ronco característico e a potência do motor, mostrando que o uso de combustão limpa pode coexistir com performance de alto nível. O objetivo da fabricante é provar a viabilidade de tecnologias híbridas que prolonguem a vida dos motores a combustão em um cenário de transição energética.
Parceria entre gigantes e objetivo do protótipo
A Kawasaki integra um consórcio com Honda, Yamaha, Suzuki e Toyota, empresas que buscam desenvolver soluções para preservar motores a combustão com emissões reduzidas. O projeto ainda está em fase de testes e visa demonstrar a possibilidade de fabricar motocicletas que aliem desempenho, segurança e sustentabilidade.
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O H2 HySE já havia sido apresentado em 2024, no evento Suzuka 8 Hours, mas a aparição em Le Mans reforçou a intenção de destacar o conceito como um marco no desenvolvimento de motocicletas limpas de alto desempenho. O protótipo percorreu a pista sob chuva leve, validando o funcionamento do motor em condições adversas.
Apesar da demonstração bem-sucedida, a Kawasaki afirmou que o modelo não está pronto para comercialização. O maior desafio ainda é a logística de armazenamento e distribuição do hidrogênio, que precisa ser comprimido em grandes tanques para abastecimento seguro.
Perspectivas para o futuro do H2 HySE
Segundo informações publicadas pelo portal Ecoticias e comunicados oficiais da Kawasaki, o objetivo principal é continuar os testes e expandir a viabilidade do motor a hidrogênio antes de levá-lo ao mercado. A marca pretende contribuir para um setor de duas rodas mais sustentável, sem abrir mão da experiência tradicional de pilotagem.
Embora seja apenas um protótipo, o Ninja H2 HySE demonstra como o setor pode adotar soluções intermediárias para reduzir emissões e manter características valorizadas pelos motociclistas. A tecnologia, ainda em desenvolvimento, pode impulsionar uma nova fase para as motocicletas esportivas e estabelecer bases para um mercado de combustão limpa.
Aqui está mais uma prova que os veículos eléctricos serão só uma passagem. O futuro dos veículos está no hidrogênio, pois as grandes marcas já apostam nesta tecnologia, exemplo disso é a aviação, os produtores de veículos terrestre e também já há em desenvolvimento motores deste tipo para embarcações.