Lançada em maio, a JBL Charge 6 chega ao Brasil com som de 45 W, bateria de até 28 horas e certificação IP68. O modelo promete potência, resistência e função de power bank em um corpo compacto e portátil.
A JBL renovou a sua caixa de som portátil de médio porte em maio, e a Charge 6 chega ao Brasil com 45 W de potência, promessa de até 28 horas de autonomia com o modo Playtime Boost, certificação IP68 contra água e poeira e função de power bank via USB-C.
Com preço em torno de R$ 1.200, o modelo coloca a marca no centro da disputa por quem busca uma caixa robusta, portátil e com recursos extras.
Design atualizado e proposta mais robusta
Visualmente, a Charge 6 se distancia da Charge 5 ao adotar a linguagem recente da JBL. Os botões de power, Bluetooth e PartyTogether aparecem em baixo-relevo, enquanto os controles de mídia — play/pause, volume + e volume − — ficam em alto-relevo na face frontal.
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O desenho remete à linha Flip mais nova, mas com corpo maior e aparência mais sólida, adequada à série Charge. Além disso, a JBL incluiu uma alça de transporte na caixa.
O acessório pode ser usado de dois jeitos e permite até pendurar a caixa, o que ajuda na propagação do som em ambientes abertos.
Embora não traga o mecanismo PushLock visto na Flip 7, a solução amplia a versatilidade sem perder portabilidade.
Construção, materiais e resistência IP68
A estrutura combina plástico rígido, extremidades emborrachadas e tecido característico da marca. A JBL afirma o uso de materiais reciclados pós-consumo na grade, além de papel certificado e tinta à base de soja na embalagem.
Conforme a empresa, a base agora adota dois “pezinhos” emborrachados no lugar das listras diagonais da geração anterior, oferecendo apoio mais estável.
A certificação evoluiu de IP67 para IP68, o que significa proteção total contra poeira e imersão em água, com a fabricante ainda indicando resistência a quedas de até 1 metro no concreto. Na embalagem, acompanham cabo USB-C, manuais e a alça.
Tamanho e peso: ainda portátil, porém mais encorpada
As mudanças internas e externas deixaram a Charge 6 mais pesada. O ganho é de cerca de 400 gramas, chegando próximo de 1,4 kg. A altura se aproxima dos 10 cm, e a largura fica em torno de 23 cm.
Apesar do aumento, segue um produto compacto o bastante para deslocamentos no dia a dia ou para viagens curtas.
Portas e conectividade física: tudo pelo USB-C
A traseira foi simplificada. Sai o conjunto com USB-C para entrada e USB-A para saída; entra uma única USB-C que serve tanto para recarregar a caixa quanto para carregar o smartphone e para reprodução de áudio sem perdas a partir do notebook.
A decisão acompanha a adoção generalizada de cabos USB-C em ambas as pontas, reduzindo cabos e abrindo espaço interno.
Áudio: drivers, potência e radiadores passivos
Por dentro, a Charge 6 combina um woofer de 53 x 93 mm (30 W) e um tweeter de 20 mm (15 W), somando os 45 W anunciados, com radiadores passivos nas laterais.
O conjunto entrega graves presentes — característicos da JBL —, boa separação de médios e agudos e volume suficiente para preencher ambientes pequenos com folga. Em áreas abertas, o ganho de potência aparece com nitidez sem comprometer o controle.
A resposta de frequência passou a 56 Hz–20 kHz, dando mais margem para trabalhar subgraves perceptíveis e agudos limpos.
A tecnologia AI Sound Boost analisa a faixa em tempo real para otimizar frequências e níveis, atuando de forma dinâmica conforme o gênero musical e o volume selecionado.
Equalização e modos de escuta
Para personalização, a JBL oferece quatro perfis: JBL Signature, Chill, Energetic e Vocal. Quem preferir ajustes finos encontra um equalizador de sete bandas no aplicativo.
Há ainda o Playtime Boost, que desativa equalizações — inclusive o processamento em tempo real — para reproduzir o som “cru” da fonte, com o bônus de estender a autonomia em até 4 horas conforme o uso.
App e recursos de software
A Charge 6 é compatível com o JBL Portable para Android e iOS.
O app exibe o nível de bateria, permite escolher perfis de som, ativar o Playtime Boost, atualizar o firmware e gerenciar o pareamento em grupo para festas maiores via PartyTogether.
A interface é direta, com menus claros e respostas rápidas aos comandos.
Conectividade sem fio e Auracast
Embora não traga Wi-Fi, a Charge 6 aposta no Bluetooth 5.4 com Auracast, recurso que facilita a conexão com múltiplos dispositivos e a transmissão para vários receptores compatíveis.
Em cenários de festa, essa capacidade ajuda a distribuir o áudio sem fios com estabilidade e latência reduzida, desde que os demais equipamentos suportem o padrão.
Bateria e recarga reversa
A bateria de 4.722 mAh rende até 24 horas de reprodução em condições padrão e pode atingir 28 horas com o Playtime Boost, dependendo do volume. O tempo de recarga total gira em torno de 3 horas, a variar conforme o carregador.
Como diferencial da linha, a Charge 6 atua também como power bank: basta plugar o celular na USB-C para garantir energia extra enquanto a música continua tocando.
A saída não é de alta potência, mas cobre emergências e prolonga o uso do smartphone.
Experiência sonora no dia a dia
Na prática, os 45 W garantem fôlego para gêneros com ênfase em graves, como pop e eletrônico, mantendo médios definidos para vozes e agudos sem aspereza em volumes típicos de sala.
Faixas com subgraves evidentes, caso de “Boom Boom Pow” (Black Eyed Peas) e “Believer” (Imagine Dragons), evidenciam a atuação dos radiadores laterais.
Em volumes muito altos, o processamento evita distorções perceptíveis, preservando o corpo do som.
O que fica de fora
Algumas escolhas priorizam simplicidade.
A ausência de Wi-Fi e de microfone integrado limita comandos por voz e integrações domésticas, e a alça não usa o PushLock visto em outro modelo da marca.
Para quem prioriza streaming via rede e controle por assistentes, esses pontos podem pesar na decisão, ainda que a proposta da Charge 6 foque em portabilidade, resistência e autonomia.
Preço e concorrência direta
No patamar de R$ 1.200, a Charge 6 encontra rivais como a LG XBOOM XG8T, que aposta em sistema de som mais robusto e iluminação para festas.
Por outro lado, a concorrente costuma entregar bateria menor, Bluetooth de geração anterior e não funciona como power bank, além de ser maior e mais pesada.
O comparativo ajuda a entender a estratégia da JBL: priorizar um pacote equilibrado de potência, mobilidade e recursos práticos, sem abrir mão da resistência.
Diante do conjunto de 45 W, IP68, Bluetooth 5.4 com Auracast, até 28 horas de bateria com o modo adequado e recarga reversa, esse nível de entrega atende ao que você espera de uma caixa para festas em casa e uso ao ar livre, considerando o investimento de R$ 1.200?