Japão na vanguarda novamente: empresa cria drone capaz de guiar descargas elétricas das nuvens sem sofrer danos. Entenda como funciona e os principais benefícios do equipamento!
O Japão, reconhecido mundialmente por sua liderança em inovações tecnológicas, voltou a surpreender o mundo ao revelar, no dia 18 de abril, um drone com uma capacidade inédita que se assemelha aos poderes de deuses mitológicos. Desenvolvido pela NTT (Nippon Telegraph and Telephone Corporation), o equipamento foi apresentado como um drone experimental capaz de induzir e guiar descargas elétricas — uma tecnologia que remete às lendas de divindades como Zeus, da mitologia grega, e Thor, da mitologia nórdica, ambos conhecidos por manipularem relâmpagos.
Embora sua aparência não chame a atenção à primeira vista — parecendo um drone convencional com algumas antenas extras —, sua funcionalidade é revolucionária. Segundo os engenheiros responsáveis, o sistema utiliza feixes de laser para criar um canal ionizado no ar, direcionando raios de forma controlada. A tecnologia, ainda em fase experimental, representa um avanço significativo nas pesquisas sobre controle climático, segurança em áreas com alto risco de tempestades e até mesmo defesa tecnológica.
Entenda como funciona o novo drone do Japão
O robô foi anunciado no dia 18 de abril pelo grupo japonês Nippon Telegraph and Telephone (NTT), e o uso de suas habilidades especiais não tem fins de destruição. Na verdade, é o contrário, visto que o drone foi desenvolvido para manter a segurança de pessoas, equipamentos e recursos que muitas vezes são destruídos pela queda de raios.
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A empresa afirma ter realizado dois testes com sucesso até agora com o drone capaz de guiar descargas elétricas. O robô atuou voando a uma altitude de aproximadamente 300 metros e carregando um fio condutor. Um dos testes foi realizado à medida que uma tormenta se aproximava de uma área montanhosa da prefeitura de Shimane, no Japão, em 13 de dezembro de 2024.
O diferencial é que o fio o liga a um interruptor que é adicionado antes dos raios, e isso realiza um aterramento elétrico no drone com o solo, aumentando ainda mais a intensidade de seus campos elétricos e a oportunidade de ele induzir a rota de um raio vindo de nuvens carregadas.
Quando finalmente um raio caiu, o equipamento foi capaz de fazer a energia elétrica ir para a terra de forma segura. O equipamento não sofreu grandes danos ao ser condutor dessa eletricidade. Segundo a NTT em comunicado, apenas parte da proteção do equipamento teve um derretimento parcial, contudo, ele continuou voando de forma estável.
Entenda o objetivo do Japão com este tipo de drone
A proteção do equipamento foi realizada com o uso de materiais condutores que fazem a descarga elétrica passar por fora e não por dentro do robô, fenômeno chamado de gaiola de Faraday. Além dos testes realizados em chuvas reais, o drone do Japão passou por avaliações em laboratórios e suportou descargas elétricas até cinco vezes mais potentes que a maioria dos raios naturais.
Contudo, vale mencionar que todo esse investimento não é apenas um para-raios mais sofisticado. Esse método indutor de raios, segundo especulações da fabricante, pode gerar tempestades previsíveis que permitem que se armazene energia elétrica.
Parece uma ótima ideia, contudo, neste momento, é inteiramente teórica. As baterias para capturar quantidades tão grandes de energia e liberá-las lentamente em seus sistemas de energia atuais ainda não existem.
Ideia utilizada no drone não é tão nova
Segundo um recente comunicado de imprensa da empresa sobre a tecnologia de drones, a NTT visa proteger pessoas e cidades contra os danos causados por essa ação da natureza, utilizando o drone capaz de guiar raios elétricos para prever com precisão os locais propensos a raios, desencadear ativamente as descargas e guiá-las com segurança para longe.
Vale mencionar que essa não é a primeira vez que os cientistas utilizaram algo além de um para-raios para desencadear e atrair uma descarga elétrica das nuvens carregadas.
Recentemente, outros pesquisadores descobriram que seria possível desviar raios de infraestruturas críticas se disparasse lasers contra o céu. Essa isca a laser foi proposta pela primeira vez na década de 70, e foram necessários muitos anos de trabalho de laboratório e muitas tentativas fracassadas com raios reais para fazê-la funcionar.