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Janja, esposa de Lula, defende que Petrobras explore nova jazida de petróleo que pode render 5 BILHÕES de barris e gerar 350 MIL novos empregos dizendo que a estatal ‘é uma potência na questão

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 14/11/2024 às 00:10
Janja defende exploração petrolífera bilionária na Margem Equatorial, que divide governo e ambientalistas. Potencial de 350 mil empregos.
Janja defende exploração petrolífera bilionária na Margem Equatorial, que divide governo e ambientalistas. Potencial de 350 mil empregos.

Um embate sobre o futuro energético do Brasil reacende a cada dia, e agora, a exploração de uma jazida de petróleo na Margem Equatorial ganha ainda mais força com a defesa acalorada da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja.

Em uma entrevista polêmica e repleta de declarações enfáticas, Janja apontou a Petrobras como peça-chave para explorar, de forma sustentável, uma das maiores reservas petrolíferas do país, com potencial para impulsionar a economia brasileira e criar centenas de milhares de empregos.

A questão, porém, está longe de ser consensual, dividindo ambientalistas, setores do governo e a própria sociedade, enquanto aguarda uma decisão crucial.

Exploração de petróleo: a nova fronteira brasileira?

A Margem Equatorial, região que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, abrange áreas como a Foz do Amazonas e as bacias marítimas de Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

De acordo com Janja, esta área representa uma oportunidade única para a Petrobras explorar uma quantidade estimada em bilhões de barris de petróleo, abrindo caminho para a criação de aproximadamente 350 mil empregos diretos e indiretos.

Ela destacou que a estatal, reconhecida pela tecnologia de ponta e inovação, estaria preparada para operar sem danos ao meio ambiente.

“A Petrobras é uma potência”, afirma Janja

Durante a entrevista concedida à CNN Brasil, Janja ressaltou a competência da Petrobras para conduzir uma operação sustentável e enfatizou o papel fundamental da estatal na economia nacional.

“A Petrobras é uma potência na questão, uma empresa de ponta de desenvolvimento de tecnologias”, afirmou a primeira-dama, indicando que a exploração poderia contribuir para o desenvolvimento do país de maneira responsável.

Com a promessa de impulsionar a economia e criar oportunidades de emprego, a proposta da primeira-dama encontra apoio entre alguns setores, mas enfrenta forte resistência.

Impacto ambiental e resistência de ambientalistas

A exploração petrolífera na Margem Equatorial é uma questão que gera fortes reações. Ambientalistas alertam sobre o potencial impacto ambiental nas águas do litoral Norte e na rica biodiversidade da região.

Em maio de 2023, a Petrobras já havia enfrentado entraves quando o Ibama emitiu uma posição desfavorável à perfuração de um poço no bloco FZA-M-59, localizado na Bacia da Foz do Amazonas.

A estatal, porém, solicitou a reavaliação dessa decisão, uma vez que o local abriga uma das maiores reservas potenciais, com capacidade estimada em 5,6 bilhões de barris de petróleo.

Segundo o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, a extração de petróleo nessa área específica poderia aumentar as reservas nacionais em cerca de 37%.

R$ 280 bilhões e a busca pela licença do Ibama

De acordo com estimativas, o investimento na Margem Equatorial pode alcançar R$ 280 bilhões, com reservas potenciais de aproximadamente 10 bilhões de barris.

Esse montante atrai a atenção de investidores e gera expectativas para a recuperação econômica e o fortalecimento da infraestrutura energética do país.

Apesar da projeção otimista, a Petrobras e outras empresas que possuem blocos de exploração na região ainda aguardam a aprovação de licenças do Ibama.

Apenas a Bacia Potiguar, até o momento, obteve autorização para prosseguir com perfurações, enquanto outros processos de licenciamento seguem em análise.

Divisão de opiniões no governo e sociedade

Dentro do próprio governo, o tema gera divergências.

A exploração na Margem Equatorial é defendida por figuras como Alexandre Silveira, ministro das Minas e Energia, e por Magda Chambriard, presidente da Petrobras.

Ambos consideram a extração de petróleo vital para a autonomia energética e o crescimento econômico do Brasil.

Em contrapartida, organizações ambientalistas e outros setores expressam preocupações quanto ao impacto sobre o meio ambiente.

A operação envolve uma área de extrema riqueza ambiental e que abriga ecossistemas marinhos de grande relevância.

O dilema entre progresso econômico e sustentabilidade ambiental

A possível exploração da jazida bilionária representa um dilema entre o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

Se por um lado o governo defende que a exploração trará benefícios econômicos expressivos, com a geração de empregos e o aumento da produção energética nacional, por outro, o temor sobre o impacto ambiental e a falta de consenso em torno das licenças refletem um desafio complexo.

A expectativa de milhares de empregos e o potencial aumento das reservas petrolíferas aquecem o debate, ao passo que a exigência de preservação ambiental permanece como um ponto de conflito.

Questão pendente: o papel do Ibama

Atualmente, a decisão final ainda repousa sobre a posição do Ibama, órgão responsável por avaliar os impactos ambientais das operações.

Até o momento, somente a Bacia Potiguar recebeu o aval necessário para perfuração.

Assim, tanto a Petrobras quanto outras empresas de energia que atuam na Margem Equatorial aguardam com expectativa a liberação das licenças, que poderá abrir caminho para a exploração em larga escala.

No entanto, o impasse entre a expansão econômica e a preservação ambiental deve continuar a ser uma questão controversa e amplamente discutida.


O impasse sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial ilustra o confronto entre progresso e preservação. Será que o Brasil conseguirá equilibrar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental nesta nova era de expansão petrolífera?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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