Reforma do IR aumenta isenção para R$ 5 mil e promete mais dinheiro no 13º salário. Veja quem ganha e quanto a mais receberá.
Reforma do IR vai elevar ganhos no 13º salário e impulsionar a economia
A nova reforma do Imposto de Renda (IR), aprovada pelo Senado na noite de quarta-feira (6), promete um impacto direto no bolso de milhões de brasileiros a partir de 2026. A medida amplia a isenção para quem ganha até R$ 5 mil, o que significa mais dinheiro no 13º salário e um aumento real da renda anual dos trabalhadores.
A mudança entra em vigor em janeiro de 2026 e deve aumentar os ganhos mensais em até R$ 312,89, representando um acréscimo anual de R$ 4.067,57 para quem se enquadrar na nova faixa. A decisão faz parte de um pacote de ajustes que o Governo Federal considera essencial para estimular o consumo e reaquecer a economia do Brasil.
Quem ganha até R$ 5 mil será isento do IR em 2026
Atualmente, estão isentos do Imposto de Renda apenas os trabalhadores que recebem até R$ 3.036, o equivalente a dois salários mínimos. Com a nova regra, 26,6 milhões de contribuintes ficarão livres do desconto, o que corresponde a 65% de todos os declarantes no país.
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De acordo com o Governo, a medida busca corrigir distorções acumuladas ao longo dos anos, já que a tabela do IR estava defasada pela inflação. Assim, o objetivo é aumentar o poder de compra e garantir que quem ganha menos seja beneficiado diretamente.
13º salário será o principal beneficiado pela nova faixa de isenção
O 13º salário, tradicional gratificação paga no fim do ano, é um dos grandes destaques da reforma. Isso porque ele sofre apenas os descontos do INSS e do IR, diferentemente do salário mensal, que ainda inclui abatimentos como vale-alimentação, transporte e plano de saúde.
Com a isenção, o trabalhador terá mais dinheiro líquido no pagamento de fim de ano, o que pode reforçar o consumo e impulsionar o comércio. Segundo cálculos apresentados, quem ganha R$ 5 mil, por exemplo, poderá receber mais de R$ 4 mil a mais por ano com a nova tabela.
Impacto bilionário e compensações previstas pelo Governo
A ampliação da faixa de isenção terá um impacto fiscal estimado em R$ 25,6 bilhões nas contas públicas. Para equilibrar essa redução na arrecadação, o Governo propôs uma alíquota progressiva de 10% sobre os rendimentos acima de R$ 50 mil mensais.
Essa cobrança deverá atingir cerca de 141 mil contribuintes de maior renda, em uma tentativa de garantir justiça fiscal e redistribuição equilibrada. A estratégia é preservar o equilíbrio econômico sem prejudicar os investimentos e o orçamento público.
Primeiros efeitos só serão sentidos após janeiro de 2026
Apesar da aprovação no Senado, os efeitos práticos da reforma só começarão a valer em 2026. Isso significa que o 13º salário deste ano ainda será tributado normalmente, mantendo os descontos atuais do Imposto de Renda para quem ultrapassar o limite de R$ 3.036.
A expectativa do Governo e do Ministério da Economia é que a mudança fortaleça a confiança dos trabalhadores, aumente a renda disponível das famílias e estimule o crescimento econômico sustentável do Brasil nos próximos anos.
Ganhos estimados com a nova tabela do IR
Abaixo, veja uma simulação dos ganhos mensais e anuais que a nova faixa de isenção do IR deve proporcionar:
| Renda Mensal (R$) | Ganho Mensal (R$) | Ganho Anual (R$) |
|---|---|---|
| 3.400 | 27,30 | 354,89 |
| 4.000 | 114,76 | 1.491,89 |
| 4.600 | 222,89 | 2.897,57 |
| 5.000 | 312,89 | 4.067,57 |
| 6.000 | 179,75 | 2.336,75 |
| 7.000 | 46,60 | 605,86 |
Uma mudança esperada há anos
A ampliação da isenção do IR era, portanto, uma das promessas mais aguardadas pelos trabalhadores. Além disso, ela representa um importante alívio financeiro e sinaliza, ao mesmo tempo, uma tentativa do Governo de corrigir desigualdades históricas no sistema tributário nacional.
Dessa forma, com a nova tabela, o Brasil dá um passo importante rumo a uma política fiscal mais justa e equilibrada. Ao mesmo tempo, a medida fortalece o consumo interno, já que movimenta a economia com o aumento do poder de compra da população e gera reflexos positivos no mercado e na arrecadação a longo prazo.



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