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Nova marca sino-brasileira será apresentada no Salão do Automóvel 2025 e chegará com três SUVs, incluindo um modelo elétrico de luxo, prometendo alta potência e autonomia estendida.
A Caoa prepara uma nova marca sino-brasileira para o mercado nacional: Caoa Changan. A informação foi revelada pelo site Autoesporte, que apurou detalhes da operação.
A apresentação está prevista para o Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro de 2025, e o início das vendas foi programado para o segundo trimestre de 2026, com três SUVs na largada — dois a combustão e um elétrico de alto padrão.
A operação será independente da Caoa Chery, que segue ativa no país. As informações também foram confirmadas por veículos do setor; o evento ocorre entre 22 e 30 de novembro de 2025.
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Estreia no Salão e cronograma de lançamento
O anúncio oficial deve ocorrer no Salão do Automóvel 2025, no Distrito Anhembi. A organização do evento já definiu o período de 22 a 30 de novembro.
A estratégia de produto e de rede será detalhada ao longo de 2025, mas a comercialização começará somente a partir de abril de 2026, segundo a apuração publicada pelo Autoesporte e repercutida por outros portais como o Terra.
Ainda que dividam estrutura corporativa, Caoa Chery e Caoa Changan terão posicionamentos distintos no Brasil.
A primeira mantém seu portfólio e produção; a segunda nasce com foco em SUVs importados no início da operação.
A coexistência das marcas, inclusive em áreas de exposição no Salão, é tratada como parte do plano de comunicação de estreia.
Trio inicial de SUVs: Uni-T, CS75 Plus e Avatr 11
O Changan Uni-T deve abrir caminho como carro de volume. Trata-se de um SUV médio com desenho esportivo, 4,515 m de comprimento, 1,870 m de largura e entre-eixos de 2,710 m.
O modelo utiliza motor 1.5 turbo acoplado a câmbio de dupla embreagem de 7 marchas; no catálogo global, o conjunto entrega 132 kW (≈188 cv) e 300 Nm.
Unidades de testes já rodam no Brasil. Acima dele, a marca prepara o CS75 Plus, SUV de porte semelhante ao Jeep Commander, com 4,77 m de comprimento e 2,80 m de entre-eixos.
O interior chama atenção pelo painel com três telas que somam 37 polegadas, formato já visto nas unidades flagradas em testes no país.
No mercado chinês, há versões 1.5 turbo e 2.0 turbo, ambas com câmbio automático Aisin.
Cabe observar que a geração mais recente prioriza o 1.5T, enquanto o 2.0T segue presente em catálogos e mercados selecionados.
O terceiro pilar será o Avatr 11, SUV elétrico de luxo ligado ao ecossistema Changan/CATL e com tecnologia da Huawei.
A versão BEV de tração integral acelera de 0 a 100 km/h em 3,9 s e, a depender da bateria, alcança até 815 km no ciclo chinês CLTC.
Já a variante EREV (híbrido com extensor a gasolina) declara autonomia combinada de até 1.065 km no CLTC.
No Brasil, o posicionamento de preço deverá ficar na faixa dos R$ 600 mil, concorrendo com SUVs elétricos de marcas premium. Protótipos do Avatr 11 também foram vistos em testes locais.
Em termos de desempenho, diferentes fontes internacionais registram potências de 402 kW (≈547 cv) para as configurações AWD, com torque combinado de até 687 Nm e baterias de 90 a 116,8 kWh, valores coerentes com as medições locais e com o material técnico disponível.
Rede e pós-venda sem mistura com a Caoa Chery
A rede de concessionárias da nova marca será separada da Caoa Chery. De acordo com o Autoesporte, os pontos poderão ser vizinhos, mas com operação e pós-venda apartados, já que Changan e Chery são concorrentes e não compartilham componentes.
A estrutura inicial deverá privilegiar lojas próprias, coordenadas pela Caoa, em um modelo semelhante ao de grupos que administram mais de uma bandeira no mesmo conglomerado.
Estratégia de portfólio e o contexto industrial
A opção por uma nova parceira chinesa vem na esteira do fim da produção da Hyundai pela Caoa em Anápolis (GO) e da reorganização do acordo comercial entre as empresas, noticiados em junho.
Com o encerramento do ciclo do New Tucson e do HR no complexo goiano, o grupo brasileiro abriu espaço para novas marcas asiáticas e novos projetos industriais, cenário que favorece a chegada da Changan e, no futuro, a avaliação de montagem local.
Nos últimos anos, executivos da Caoa sondaram diferentes grupos chineses.
A Changan ganhou tração pela viabilidade de acordo em produção e comercialização, além do potencial de complementar o portfólio atual sem sobreposição direta.
A escolha reforça a estratégia de diversificação e amplia as possibilidades de atuação em segmentos de maior valor agregado, especialmente com o Avatr 11 no topo.
O que diz a Caoa
Procurada pelo Autoesporte, a empresa afirmou “desconhecer esta informação” e reiterou o posicionamento de não antecipar estratégias, lançamentos e negociações em andamento.
A declaração oficial mantém o tom de reserva sobre a nova marca até a apresentação no Salão.
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