Especialista explica o impacto do IOF no bolso dos brasileiros e revela quem pode pagar mais se o Supremo Tribunal Federal mantiver o decreto do governo Lula
Você já se perguntou se o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) atinge mais os ricos ou os pobres? Essa dúvida voltou com força depois que o Congresso Nacional derrubou o decreto do governo Lula que aumentava a alíquota do imposto em diversas operações financeiras. Agora, com a possibilidade do STF restaurar o decreto, muitos se perguntam: quem vai realmente pagar essa conta?
Para esclarecer o assunto, o economista Tsai Chiu, CEO da empresa de investimentos STI, explicou à CNN que o impacto do IOF vai muito além do que parece. Segundo ele, apesar de muitos enxergarem o imposto como uma medida que atinge apenas a elite financeira, as camadas mais pobres da população também são afetadas diretamente, especialmente nas operações de crédito.
O IOF incide sobre operações como câmbio, empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e previdência privada. Em cada uma dessas modalidades, os efeitos são sentidos por diferentes grupos. Quem faz remessas ao exterior, investe em dólar ou viaja com frequência, por exemplo, realmente sente o IOF no bolso — e esse é um grupo mais rico. Porém, quem parcela compras, pega empréstimos bancários ou recorre a financiamentos também arca com o imposto, e esse é o perfil do brasileiro de classe média e baixa.
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A diferença entre o IOF cambial e o IOF sobre crédito
Tsai Chiu deixa claro que o IOF sobre o câmbio atinge principalmente os mais ricos, já que envolve transações com moedas estrangeiras e viagens internacionais. No entanto, o impacto mais amplo e mais pesado acontece no IOF sobre o crédito, porque é nesse tipo de operação que a maioria da população está envolvida. Milhões de brasileiros utilizam crédito rotativo, parcelam faturas ou buscam empréstimos para pagar contas — e é aí que o imposto pesa de verdade.
No caso da previdência privada, o IOF teve menor repercussão, mas ainda causou incertezas no mercado. Tsai lembra que houve dificuldade até para definir quem seria responsável por recolher o imposto, o que só aumentou o desconforto entre instituições e investidores.
Se o STF aceitar o recurso do governo, o que muda?
Com a derrubada do decreto no Congresso, o cenário atual voltou ao que era antes, ou seja, sem a ampliação do IOF proposta pelo Executivo. Porém, como explicou Tsai à CNN, o governo deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar restabelecer as medidas. Se o STF der razão a Lula, o decreto volta a valer, e a arrecadação sobre essas operações financeiras volta a subir — com impacto direto no bolso da população.
Tsai também alerta que o debate em torno do IOF é mais político do que econômico. O governo precisa de receita para fechar o orçamento e, se não conseguir arrecadar por meio desse imposto, precisará cortar gastos ou encontrar outra fonte de arrecadação. A questão é que, ao chegar no Congresso, qualquer tentativa de reduzir benefícios fiscais ou cortar subsídios acaba esbarrando em interesses políticos.
A conta final: quem sai perdendo?
No fim das contas, o rico sente no câmbio, mas o pobre sofre no crédito. E isso muda tudo. Quando o governo aumenta o IOF, a arrecadação cresce, mas o custo recai sobre quem mais precisa. O imposto se torna, assim, uma ferramenta de arrecadação silenciosa, que passa despercebida por muitos, mas que pesa mais no bolso de quem tem menos margem para negociar com o sistema financeiro.
E você, o que acha disso tudo? O IOF é mais injusto para os pobres ou necessário para equilibrar as contas públicas? Concorda com a tentativa do governo de manter o decreto ou acredita que o STF deve priorizar o alívio ao contribuinte? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate.
Classe média pagará mais imposto sim, mas prefiro a ter que ver programas sociais serem cortados. A miséria neste país é desonrosa. Estou com o presidente como milhares de brasileiros.
Total falta de conhecimento sua , se informe direito , estude e aprenda a interpretar textos.
Vale manter o decreto do lula
Sustentar as mordomias governamentais, classe media e o pobres sofrerão mais pelo aumento para sobreviver miseravelmente