A expectativa é de aceleração dos investimentos em projetos de energia renovável após aprovação de novo marco regulatório
Os projetos de geração de energia dentro de área urbana é um retrato do crescimento do mercado de energias renováveis no país, que passou quase sem sentir os efeitos da pandemia e prevê aceleração após a aprovação de marco regulatório em discussão no Congresso. Em relatório sobre o impacto dos investimentos públicos do mercado de trabalho, lançado em maio, o FMI (Fundo Monetário Internacional) diz que os investimentos “verdes” tendem a criar mais empregos do que os tradicionais. Leia ainda: A multinacional de óleo e gás Wood Group está com muitas vagas de empregos offshore
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Aprovação do marco legal
O texto do marco legal estabelece regras para o funcionamento da chamada geração distribuída, negócio que permite a compra de participação em usinas renováveis por indústrias, comércio e até residências. O presidente-executivo da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Rodrigo Sauaia diz que é importante porque vai estabelecer em lei, pela primeira vez no Brasil, o direito do consumidor gerar sua energia renovável.
Em 2020, o setor de energia solar recebeu investimentos de R$ 12,1 bilhões, alta de 50% em relação ao ano anterior. Recentemente, a Absolar comemorou a marca de 10 GW (gigawatts) instalados, o que põe o Brasil na décima-quarta posição do ranking global. O ano de 2021 começou acelerado. “Nosso faturamento cresceu 67% de janeiro a junho”, diz Artur Cantador Bernardo, presidente da Dinâmica Energia Solar, empresa que atua na construção e montagem de fazendas solares, com braços em outras etapas da cadeia, como importação de equipamentos. A Dinâmica começou com uma empresa de projeto de aquecimento de água e diversificou as operações quando o barateamento da tecnologia de geração de energia solar começou a viabilizar os primeiros projetos no país.
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Investimentos em energia eólica
Mais antigas e difundidas no país, as eólicas viveram um período de retração no final da década passada por causa da falta de leilões do governo, mas já se beneficiam também da migração de consumidores em busca de preços baixos e energia limpa. Em 2020, o Brasil recebeu R$ 20,6 bilhões em investimentos na fonte, que segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), será o principal motor do crescimento da oferta de energia no país nos próximos anos.
Essa perspectiva levou a fabricante de pás para torres de geração de energia eólica Aeris a lançar ações em Bolsa em novembro de 2020, captando R$ 1,1 bilhão para investimento em ampliação de suas instalações no porto de Pecém, no Ceará. O dinheiro está sendo usado em um novo edifício industrial e em máquinas para ampliar a produção da empresa, que em 2020 teve um terço de suas vendas no exterior. Desde o início de 2020, a empresa abriu cerca de 2.000 novos empregos, elevando o quadro de pessoal para cerca de 5.200 empregos.
Confira ainda: Empresa alemã investirá R$ 5,2 bilhões em projetos de energia renovável, em Minas Gerais
A Sowitec, empresa alemã, irá realizar um investimento de R$ 5,2 bilhões no estado de Minas Gerais em três grandes projetos de energia renovável. Dois exclusivamente de fonte solar fotovoltaica e um de fonte híbrida, sendo que o segundo converge tanto para a geração solar fotovoltaica quanto para a eólica.
Segundo o site Agência Minas Gerais, o projeto híbrido (eólica e solar), batizado de Complexo de Geração de Energias Gameleiras, será instalado nos municípios de Monte Azul, Espinosa, Santo Antônio do Retiro, Rio Pardo de Minas e Mato Verde, em Minas Gerais. A capacidade estimada de potência das primeiras fases desse empreendimento em Minas Gerais é de 600 MW, no eólico, e 400 MWac (520 MWp), no solar.
Os projetos solares Minas do Sol, em Pirapora, e Presidente JK, no município de mesmo nome, estão em estágio avançado de desenvolvimento, com todas as propriedades regularizadas, medição solarimétrica de acordo com os parâmetros dos órgãos competentes e licença ambiental de implantação emitida. O primeiro terá potencial para atender, em média, 250 residências por ano e o segundo, 350. A implantação total dos projetos em Minas Gerais é estimada em dois a quatro anos, com início previsto a partir de 2023.