O setor automobilístico poderá comemorar a inovação nas pistas. Novos investimentos estão previstos para serem injetados na construção de novas rodovias até o final do ano de 2027. Deste modo, pretendem gerar milhares de vagas de emprego em todo o Brasil.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Marco Aurélio de Barcelos Silva, é estimado que, no prazo de cinco anos, o Brasil poderá duplicar as suas concessões de infraestrutura e rodovias. Ao todo, o Brasil tem ao menos 24 mil km de estradas já construídas e o número poderá chegar a cerca de 48 mil km até o final do ano de 2027. Uma grande parcela da construção de estradas é advinda de leilões, mas isso não é uma regra, visto que o governo federal tem, sobre a sua responsabilidade, mais de 19 mil km em construção.
Silva declarou que participou da Paving Expo 2022 e destacou quais são as iniciativas tomadas pelo ministério da Infraestrutura como forma de atrair investidores internacionais, vindos de Nova York e outros locais do mundo. O Brasil vem recebendo diversos investimentos do exterior, principalmente quando se fala de inovação – o Ceará, por exemplo, terá retornos financeiros de empresas da Holanda para construção de redes de energia renovável para as empresas. A possível entrada de novas marcas para o setor vem se mostrando bastante promissora. De acordo com ele, a manutenção das estradas deverá ser, em grande parte, realizada pelo governo federal. É graças a iniciativas tomadas pelo governo federal que se consegue ter acesso a contratos menos complexos, inclusive para a construção de estradas de porte menor que gastariam um valor mais baixo.
Empresas de infraestrutura serão privilegiadas com a criação de vagas de emprego na construção de novas rodovias
A construção de novas rodovias não é uma vantagem fornecida apenas para a área automobilística, como também para a criação de vagas de emprego. Durante este trimestre, o Brasil teve uma das maiores quedas de desemprego do G20. Mas, apesar disso, novos investimentos para criação de oportunidades, tanto para profissionais formados quanto para aqueles sem formação superior, é uma forma de melhorar os dados revelados pelo IBGE durante esta semana.
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Riumar dos Santos, presidente da Associação Brasileira dos Departamentos Estaduais de Estradas e Rodagem (Abder), afirma que os investimentos conseguem gerar empregos ao mesmo tempo em que o Brasil aumentará a sua capacidade de desenvolver projetos relacionados a área de infraestrutura.
De acordo com Riumar, o Brasil tem mais de 1, 7 milhões de rodovias espalhadas em todos os estados, que servem para facilitar o transporte de cargas, turismo e dispersão populacional. No entanto, apesar de ser um valor bastante expressivo de ferrovias, apenas 270 mil delas estão pavimentadas e em boas condições de uso. Para se ter uma ideia, a França, que tem o mesmo tamanho e o estado de Minas Gerais (MG), já estaria contando com ao menos 800 mil estradas pavimentadas. Os dados pertencentes aos franceses são bem menores que aqueles dispostos pelos Estados Unidos, que mostram mais do que três vezes o valor aplicado em infraestrutura, ou seja, 3,8 milhões de ruas já têm pavimentação, mesmo tendo a carga tributária menor que o Brasil.
O titular da Diretoria de Obras e Cooperação (DOC), general de Brigada Rogério Cetrim de Siqueira, afirmou que o DOC é uma alternativa criada pelo governo federal para conseguir atrair investidores. Entretanto, as vantagens fornecidas para as empresas não têm sido tão atraentes para as incentivar em investir em obras públicas, fazendo com que a quantidade de marcas interessadas em aplicar em infraestrutura seja menor.