Novos materiais na indústria de petróleo e gás prometem revolução
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Petrobras deram início a um ambicioso projeto de pesquisa focado no uso de novos materiais para a produção de petróleo e gás. Anunciado em uma cerimônia no dia 19 de março, esse projeto representa um marco na parceria entre a unidade Embrapii-UFSCar-Materiais e a gigante do petróleo, com um aporte financeiro conjunto de R$ 5 milhões. Esse investimento não apenas fomenta a pesquisa em materiais avançados mas também fortalece a formação acadêmica de estudantes envolvidos.
Intitulado “Fragilização Hidrogênio Titânio”, o projeto tem seu foco no estudo e aplicação de ligas de titânio em ambientes extremos, como plataformas marítimas de petróleo. Sob a coordenação de Claudemiro Bolfarini, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da UFSCar, a pesquisa visa explorar as propriedades dessas ligas em condições de alta corrosão e pressão, comuns em plataformas FPSO (Floating Production Offloading and Storage).
A busca por soluções inovadoras
O desafio é entender como essas ligas de titânio podem substituir os tradicionais tubos de aço, proporcionando maior segurança e eficiência na produção de petróleo e gás. O projeto envolve extensos testes e análises para garantir que o material atenda às exigentes condições de uso, marcando um passo significativo na busca por soluções mais sustentáveis e eficientes na indústria offshore.
- Vitória do petróleo e gás? Empresas petrolíferas estão se afastando da energia verde e faturando BILHÕES com combustíveis fósseis
- Petrobras choca o mundo ao prometer TRANSFORMAR o Brasil com investimento de US$ 111 BILHÕES e geração de milhares de empregos! Será a virada do país?
- Petrobras tem plano audacioso de investimentos: a área de exploração e produção contará com um orçamento de US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), enquanto US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) serão destinados ao refino
- Brasil e Argentina fecham mega-acordo para importar gás natural barato e revolucionar a integração energética na América do Sul!
Marcelo Torres Piza Paes, consultor sênior da Petrobras, enfatiza a importância dessa investigação para o futuro da produção offshore, onde a corrosão e a fragilização por hidrogênio são preocupações constantes. As ligas de titânio, com sua alta resistência à corrosão, podem se tornar um componente crucial nas infraestruturas de extração de petróleo e gás, representando uma potencial inovação tecnológica para a Petrobras.
Formando a próxima geração de profissionais
Além do impacto direto na indústria, o projeto tem um papel importante na formação de estudantes da UFSCar, integrando-os em pesquisas aplicadas que preparam melhor os futuros profissionais para os desafios do mercado. Ernesto Chaves Pereira, coordenador de projetos da Embrapii-UFSCar, destaca o valor dessa experiência prática, que coloca os alunos na fronteira do conhecimento e da inovação tecnológica.
Ana Beatriz de Oliveira, reitora da UFSCar, ressaltou a relevância da colaboração para a missão educacional e social da universidade, demonstrando o compromisso da instituição com o avanço do conhecimento e a aplicação prática da pesquisa.
Previsto para durar 36 meses, o projeto também envolve a colaboração do Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais (CCDM), o Laboratório de Caracterização Estrutural (LCE) e o Laboratório de Hidrogênio em Metais (LHM), evidenciando o esforço colaborativo em diversas frentes de pesquisa.
A unidade Embrapii UFSCar-Materiais, criada em 2020, é um exemplo do compromisso da universidade com a pesquisa, inovação e formação de talentos na área de materiais, tendo já contabilizado mais de 15 projetos em andamento ou finalizados. Este projeto com a Petrobras é um testemunho do potencial de parcerias entre universidades e a indústria para impulsionar a inovação e preparar o caminho para avanços significativos na produção de petróleo e gás, marcando um importante passo para o futuro da energia e da educação em engenharia no Brasil.
Fonte:
UFSCar |