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Setor industrial lidera patrocínios criativos no Brasil em 2023 com 36,6%. Serviços bancários seguem com 27,1% e serviços com 14,2%. Incentivo à cultura.
Em 2023, a indústria criativa se destaca como o maior patrocinador de iniciativas culturais no Brasil. Uma pesquisa da FGV revelou que empresas industriais lideram o setor, aproveitando os benefícios fiscais proporcionados pela lei federal de incentivo à cultura para apoiar diversos projetos. Dentre os segmentos que mais se destacam, a indústria criativa demonstra uma contribuição significativa, reafirmando seu papel essencial no suporte à cultura.
O setor bancário também tem investido consideravelmente em patrocínios criativos, sendo responsável por 27,1% do total. Além disso, os serviços aparecem com uma participação de 14,2%. Essas cifras sublinham a relevância do setor criativo em diversas áreas, não se restringindo apenas ao setor cultural. A ampla participação da indústria criativa, favorecida pela utilização de incentivos fiscais, mostra a importância de continuar fomentando essa conexão entre empresas e cultura.
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Lei Rouanet e a Indústria Criativa no Brasil
Conhecida como Lei Rouanet, essa legislação brasileira tem sido fundamental para promover a indústria criativa no país. Segundo dados de 2023, 36,6% dos patrocínios realizados com base nessa lei provêm do setor industrial. Logo a seguir, temos os serviços bancários ou financeiros, que correspondem a 27,1%, e os serviços em geral, que atingem 14,2%. Esse levantamento foi conduzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido do Serviço Nacional da Indústria (SESI).
Distribuição Setorial dos Patrocínios via Lei Rouanet
De acordo com a pesquisa, a distribuição setorial dos patrocínios de empresas via Lei Rouanet em 2023 é a seguinte:
– Indústria: 36,6%
– Serviços bancários ou financeiros: 27,1%
– Serviços: 14,2%
– Eletricidade e saneamento: 7,1%
– Não classificado: 7%
– Comércio: 6,6%
– Construção: 0,8%
– Agropecuária: 0,6%
Os dados apresentados são de 2024, extraídos da plataforma Ver Salic de 2023.
Importância do Apoio da Indústria Criativa
Esse apoio da indústria criativa é essencial para a manutenção e crescimento das atividades culturais e criativas no Brasil. A liderança industriária como patrocinadora de iniciativas culturais reforça a percepção de que trata-se de um investimento e não apenas um custo, evidenciando que tais ações trazem um impacto social amplamente positivo para a sociedade, como avalia Luiz Gustavo Barbosa, gerente executivo da FGV Projetos. Esse tipo de incentivo à cultura é uma estratégia que contribui significativamente para a coesão social.
Crescimento das Ocupações Criativas
A mesma pesquisa analisou o panorama das ocupações criativas no contexto do mercado de trabalho brasileiro. Verificou-se que, desde 2012, as ocupações criativas cresceram, em média, 3% ao ano, em contraste com o crescimento de 0,8% das demais ocupações no mesmo período. Houve um aumento expressivo nos salários das ocupações criativas. A remuneração por hora registrou um crescimento 6,3 vezes superior ao das demais ocupações entre 2012 e 2023. Outro aspecto relevante é a escolaridade dos trabalhadores criativos. O estudo revelou que 43,6% dos profissionais em ocupações criativas possuem 16 ou mais anos de estudo, enquanto nas demais ocupações, apenas 20,3% dos trabalhadores atingiram esse nível de formação.
Impacto Econômico da Criatividade
O setor criativo não só é vantajoso socialmente, mas também economicamente. Nas indústrias que utilizam a economia criativa de forma intensiva, o crescimento do valor adicionado foi 10% superior em comparação aos setores que dependem menos da criatividade. Cláudia Ramalho, superintendente de Cultura do SESI, aponta que a economia criativa resolve problemas do dia a dia e aprimora produtos e serviços essenciais. Isso a torna uma área primordial para o avanço socioeconômico. Além disso, ela ressalta que a indústria criativa desempenha um papel crucial no desenvolvimento pessoal e na qualidade de vida, sendo uma verdadeira ponte para o futuro.
Economia Criativa: Pilar do Novo Modelo Econômico
A economia criativa caracteriza-se como um modelo onde a criatividade é o motor central de geração de riqueza. Esse modelo baseia-se na produção cultural, nas artes, nas tecnologias, em redes colaborativas, no empreendedorismo, novos modelos de negócios e na sustentabilidade. Trata-se de uma cadeia de trabalho que utiliza a inovação como base para a elaboração de bens, serviços e produtos. A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) destaca a economia criativa como um dos setores de mais rápido crescimento no mundo. Essa relevância crescente se deve à sua capacidade de promover inovação, gerar valor econômico e fortalecer a coesão social no contexto da economia global.
Futuro das Ocupações Criativas
Conforme o Observatório Nacional da Indústria, a projeção é que, nos próximos anos, uma em cada quatro novas vagas de emprego surja nos setores e ocupações da economia criativa. Wisley Pereira, superintendente de Educação do SESI, assinala que a arte e a criatividade já são elementos essenciais na formação de profissionais modernos. Metodologias contemporâneas têm incorporado componentes criativos e artísticos para formar profissionais inovadores. A Rede SESI de Educação se destaca nesse cenário por seu currículo criativo. A previsão é que esta abordagem se expanda continuamente, viabilizando a formação necessária para os empregos do futuro.
A indústria criativa, com seu amplo impacto social e econômico, é hoje mais essencial do que nunca nas estratégias de desenvolvimento, tanto no Brasil quanto na economia global.
Fonte: Imprensa CNI
