O reconhecimento da Indicação Geográfica INPI valoriza o café arábica do interior de São Paulo, impulsionando o desenvolvimento sustentável, a economia local e a preservação da tradição cafeeira paulista
O recente reconhecimento da Indicação Geográfica INPI (IG) para a região de Nova Alta Paulista (SP) marca um passo importante para o fortalecimento da produção de café arábica no Brasil, segundo uma matéria publicada.
A certificação, publicada na Revista da Propriedade Industrial no último dia 7 de outubro, consolida o vínculo histórico entre o território e a cultura cafeeira, valorizando a origem e a qualidade do produto.
O registro insere a Nova Alta Paulista entre as 154 regiões brasileiras já reconhecidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), sendo 113 Indicações de Procedência (IPs) e 41 Denominações de Origem (DOs).
-
Com avanço descontrolado, prejuízos estimados em R$ 1 bilhão e ataques cada vez mais frequentes, javalis já devastam lavouras inteiras, transmitem doenças e se tornam a maior ameaça ao campo brasileiro em décadas
-
China suspende embargo após quase seis meses e Brasil projeta enviar 600 mil toneladas de carne de frango em 2026, ampliando em 10% as exportações que já somaram 561 mil toneladas e US$ 1,288 bilhão em 2024
-
Agropalma retoma produção de biodiesel no Pará com tecnologia inédita e foco no mercado local
-
Petrobras assina acordo de R$ 113 milhões com UFBA para projeto-piloto de captura e estocagem de carbono (CCS) em ambiente marinho raso no Brasil
Com isso, produtores locais passam a contar com uma chancela que amplia sua competitividade, assegura autenticidade e estimula o crescimento econômico regional, reforçando a relevância do café paulista no cenário nacional e internacional.
Tradição e qualidade do café arábica impulsionam reconhecimento da Indicação Geográfica INPI
A Indicação Geográfica INPI para Nova Alta Paulista comprova a tradição de uma região que construiu sua identidade sobre o cultivo de café arábica. Localizada no extremo oeste de São Paulo, a área possui raízes cafeeiras desde o início do século passado.
Na década de 1960, a produção local alcançou aproximadamente 95 mil toneladas, consolidando o café como o principal vetor de desenvolvimento econômico e social.
Essa trajetória histórica foi determinante para o reconhecimento, que se baseou em registros acadêmicos, institucionais e midiáticos apresentados ao órgão federal.
Desde então, a região mantém sua vocação agrícola, com destaque para municípios cuja economia depende fortemente da cafeicultura, símbolo de tradição e fonte de renda para milhares de famílias.
Desenvolvimento regional e sustentabilidade fortalecem o café da Nova Alta Paulista
A certificação concedida pela Indicação Geográfica INPI vai além da valorização do produto: representa também um marco para o desenvolvimento regional sustentável.
A proteção conferida pela Indicação de Procedência assegura que o nome “Nova Alta Paulista” seja usado exclusivamente por produtores da área reconhecida, evitando uso indevido e estimulando práticas agrícolas responsáveis.
Esse reconhecimento fortalece cadeias produtivas locais, promove o turismo rural e fomenta investimentos em tecnologias limpas voltadas à cafeicultura.
A partir de 1969, com a estadualização da ferrovia e a adoção oficial do termo “Nova Alta Paulista” no Censo de 1970 pelo IBGE, a identidade territorial da região se consolidou, refletindo o papel essencial do café em sua história econômica e social.
Economia, tradição e identidade cultural ligadas à Indicação Geográfica INPI
Com a Indicação Geográfica INPI, a Nova Alta Paulista reafirma seu protagonismo no agronegócio paulista e nacional.
A certificação chancela décadas de dedicação dos produtores e reconhece o café como patrimônio cultural e econômico da região.
O título contribui diretamente para o fortalecimento da economia local, ampliando oportunidades de exportação e geração de emprego.
A notoriedade conquistada garante ao consumidor um produto com procedência assegurada e identidade geográfica comprovada.
A iniciativa reforça a importância da cooperação entre produtores, instituições e órgãos públicos, demonstrando como a valorização de origens regionais pode impulsionar setores tradicionais de forma inovadora e sustentável.



-
Uma pessoa reagiu a isso.