Rodada inicial mantém impasse e confirma novo calendário de reuniões
Na noite de 26.out.2025 (horário de Brasília) e na manhã de 27.out.2025 (horário da Malásia), Brasil e Estados Unidos encerraram o primeiro dia de negociações sem suspender as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Mesmo assim, as delegações definiram um novo calendário de reuniões para as próximas semanas, o que mostra continuidade no diálogo e disposição política para avançar.
Além disso, o chanceler Mauro Vieira destacou o foco nos setores mais prejudicados pelas tarifas, reforçando a necessidade de soluções rápidas e equilibradas.
Principais pontos acordados
Vieira confirmou que as equipes definiram um calendário de encontros estratégicos, o que demonstra o compromisso com a construção de um entendimento sólido e bilateral.
Segundo ele, as conversas priorizarão os setores mais afetados, como o agronegócio, a mineração e a indústria de base.
Além disso, um grupo de representantes brasileiros viajará a Washington nos próximos dias para continuar as tratativas, fortalecendo a presença técnica e diplomática do país.
O Itamaraty informou que a Presidência da República acompanhará as próximas etapas de perto, o que reforça o peso político das discussões.
Quem participou da reunião
A delegação brasileira contou com Mauro Vieira, Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), e Audo Faleiro, assessor especial da Presidência.
Do lado norte-americano, participaram Scott Bessent, secretário do Tesouro, e Jamieson Greer, representante comercial dos EUA.
O secretário de Estado Marco Rubio não compareceu, mas foi informado sobre o andamento das negociações.
O encontro ocorreu em Kuala Lumpur, na Malásia, e foi avaliado como cordial e produtivo por ambas as partes.
Esse ambiente mantém o canal diplomático aberto e reforça a intenção de diálogo contínuo.
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Posicionamentos oficiais
Mauro Vieira declarou que as delegações concordaram em buscar um acordo justo e vantajoso nas próximas semanas, demonstrando disposição e pragmatismo.
Ele acrescentou que o novo cronograma de reuniões permitirá resolver as divergências tarifárias com mais agilidade e transparência.
Márcio Elias Rosa afirmou que as tarifas são injustas e baseadas em argumentos frágeis, destacando que o Brasil atua de forma firme e técnica.
De acordo com ele, as negociações já avançaram de maneira significativa, e o cenário político se mostra mais positivo após o diálogo direto entre Lula e Trump.
Assim, as equipes acreditam em um desfecho equilibrado nas próximas semanas.
Contexto político e diplomático
Na manhã de 26.out.2025, Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Donald Trump por 45 minutos, também em Kuala Lumpur.
O encontro, considerado cordial, não resultou na revogação imediata das tarifas, mas abriu caminho para uma revisão futura.
Durante a conversa, Trump autorizou sua equipe a trabalhar em conjunto com os negociadores brasileiros, o que sinaliza abertura para a cooperação econômica.
Logo depois, Lula explicou que as pautas comerciais serão tratadas por ministros e secretários, enquanto os assuntos políticos permanecerão sob responsabilidade direta dos presidentes.
Essa separação, segundo ele, garante foco, clareza e previsibilidade nas tratativas bilaterais.
Relevância do impasse
Mesmo sem a suspensão imediata das tarifas, o novo calendário e o compromisso político de avanço reforçam a confiança no diálogo diplomático.
Essas medidas aumentam as chances de um acordo equilibrado e reduzem os impactos sobre a economia brasileira.
Além disso, a condução técnica das conversas e o tom cooperativo mostram maturidade nas relações comerciais entre os países.
Por isso, as tratativas seguem com foco em resultados concretos e estabilidade entre Brasil e Estados Unidos.
Com a retomada das reuniões e o clima político favorável, será que as próximas rodadas conseguirão destravar o impasse tarifário e abrir um novo ciclo comercial entre as duas potências?


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