O Brazil Windpower destacou a Sustentabilidade e lançou o Índice de Impulso ao Desenvolvimento Sustentável, focando em impactos sociais e ambientais.
O encerramento do Brazil Windpower destacou plenamente a importância da Sustentabilidade em todos os seus aspectos. No último dia do evento, a programação foi inteiramente voltada para o debate sobre impactos sociais e ambientais causados por projetos de energia eólica. O evento celebrou a Sustentabilidade ao promover um espaço onde os participantes puderam compartilhar ideias e soluções que visam melhorar a relação entre tecnologia e meio ambiente.
Durante esse dia, foi anunciado o novo Índice de Impulso ao Desenvolvimento Sustentável, que tem como objetivo mensurar os avanços das práticas ambientais responsáveis. A iniciativa busca avaliar como as atividades relacionadas à energia eólica podem contribuir para um futuro mais verde. Enfatizou-se a transição energética necessária para garantir um fornecimento de energia mais limpo e eficiente, reforçando o papel da Sustentabilidade na transformação da matriz energética global.
Imersão em Sustentabilidade e Práticas Ambientais Responsáveis
Os participantes mergulharam profundamente em métodos para conduzir projetos de grande impacto social e ambiental, com foco em obter aceitação e apoio das comunidades. Logo na abertura, um dos principais momentos de destaque foi protagonizado pela ABBEólica, que, em parceria com a We Sustentabilidade, lançou o pioneiro Índice de Impulso ao Desenvolvimento Sustentável. Esse estudo inovador busca identificar os eixos prioritários de investimento socioambiental das associadas da ABBEólica. Com essa iniciativa, não só se promove a Sustentabilidade como a base para um desenvolvimento equilibrado, mas também se incorporam práticas ambientais responsáveis no cerne das operações dos parques eólicos.
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Mapeamento do Impacto e Monitoramento Socioambiental
O estudo envolve a análise de projetos em 27 municípios dos estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, áreas com a maior concentração de parques eólicos no Brasil. ‘A nossa intenção é mapear os dados socioambientais disponíveis nessas localidades desde a implementação dos parques, aliando esses dados à execução eficaz de políticas públicas a longo prazo’, explicou Débora Horn, diretora-executiva da We Sustentabilidade. Ao estabelecer um monitoramento atento, busca-se oferecer clareza sobre os limites do impulso dado pelos projetos através de dois grupos de indicadores: econômico e socioambiental. No primeiro, a influência dos parques eólicos na economia local será avaliada, incluindo análises detalhadas do PIB, percentual de ISS, ISP com enfoque na comunidade, e fornecedores locais. A sustentabilidade é essencial para a análise desse bloco.
Construindo um Legado Sustentável
Paralelamente, no segundo bloco, a atenção se voltará para a contribuição das empresas na melhoria das condições de vida dos territórios, com mapeamento da porcentagem da população beneficiada por projetos socioambientais, bem como investimentos em desenvolvimento humano, abrangendo renda, educação, saúde e, também, infraestrutura e meio ambiente. Débora destaca que este monitoramento sistemático permitirá consolidar lições aprendidas e criar referências de boas práticas, promovendo previsibilidade e gestão de riscos adequadas para empreendedores e investidores. Com foco em mitigação dos impactos operacionais, financeiros e reputacionais, a Sustentabilidade é vista como um elemento essencial para qualquer iniciativa futura.
Diálogo e Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável
Em paralelo a esse esforço contínuo, cabe ao setor eólico seguir aprimorando seus modelos e práticas de relacionamento e estratégias socioambientais nas áreas de atuação, visando a construção de um legado duradouro e próspero. Para Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica, um dos desafios é promover ações que fomentem um diálogo transparente e a cooperação entre diferentes agentes locais. A identificação de demandas que estejam em sintonia com a vocação e a cultura de cada território é essencial para a sustentabilidade, potencializando a execução de programas estruturados e de longo prazo.
Desafios da Transição Energética e Energia Sustentável
Elbia enfatiza a importância de entender os efeitos sociais e ambientais ao redor dos parques eólicos, área de interesse desde que entrou para a associação. ‘Se tornou uma causa vital para nós! Desde a visita ao primeiro parque, percebi todos os benefícios que o setor pode gerar. Precisamos destacar o impacto positivo que causamos nas comunidades’, afirmou. Apesar de algumas críticas sociais surgirem, especialmente nos últimos quatro anos, o setor reconhece a necessidade de melhorias e busca proativamente soluções para as questões levantadas. Essa busca é crucial para alavancar uma transição energética justa e energia sustentável.
Impactos Causados pela Mudança Climática: Um Olhar Focado
Durante o painel ‘Transição Energética Justa – Integração Econômica e Social’, Sofia Maia, da BloombergNEF, discutiu que a transição deve ser equitativa, destacando que o conceito de justiça pode variar dependendo das perspectivas. Essa discussão se alinha com a visão de Guilherme Arantes, do BNDES, que mencionou a necessidade de minimizar os impactos negativos sofridos pelas comunidades, que experimentam de forma mais direta os impactos causados pela mudança climática. Arantes defende que tanto empresas quanto financiadores precisam amadurecer em conjunto, catalisando impactos positivos e mobilizando setores para ações mais sustentáveis.
Sustentabilidade no Nordeste: Uma Vantagem Local
José Aldemir, do BNB, enfatiza o papel crucial do Nordeste no contexto de transição energética brasileira. Aproveitar a vantagem local é fundamental para o desenvolvimento territorial e de infraestrutura. Enriquecendo essa abordagem, a certificação por selos independentes é vista como um passo importante para projetos, garantidos por avaliações anuais. O incentivo oferecido, em forma de bônus e juros reduzidos para parques que demonstrem certificações, reforça o compromisso do evento com o desenvolvimento sustentável. A meta é transformar a vida das comunidades locais por meio de parcerias estratégicas, apoiando práticas ambientais responsáveis.
Planejamento Espacial Marinho e Sustentabilidade OffShore
Eduardo Wagner, do Ibama, reforçou a importância do planejamento cuidadoso para o licenciamento de eólicas offshore, ressaltando erros passados em países europeus. O Planejamento Espacial Marinho, uma ferramenta vital para identificar impactos antes do processo de licenciamento, é agora uma prática necessária. Roberta Cox, do GWEC, relembrou que o Brasil, com sua experiência em licenciamento de petróleo e gás, pode aplicar esse conhecimento para mitigar impactos eólicos offshore. Segundo Marinez Scherer, do Ministério do Meio Ambiente, a sustentabilidade dessa energia no setor eólico marinho se mostra promissora, especialmente em mares tropicais.
Próxima Edição e o Compromisso com a Sustentabilidade
O anúncio da Informa Markets sobre a próxima edição do Brazil Windpower, a ser realizada de 28 a 30 de outubro de 2025 no São Paulo Expo, reafirma o compromisso do setor com a Sustentabilidade. O evento evidencia a força do setor eólico no Brasil, atualmente ocupado a sexta posição no ranking global de produção de energia eólica. A reafirmação do compromisso envolve encorajar práticas ambientais responsáveis e aprimorar a transição energética em favor de uma energia verdadeiramente sustentável. A construção de um legado alinhado com práticas social e ambientalmente conscientes continua a ser essencial.
Fonte: Impresa BRASIL WINDPOWER