Após Volkswagen decretar seu fim em 2018, montadora chinesa tenta ressuscitar o besouro e fabrica descaradamente uma cópia elétrica do icônico Fusca
Um dos clássicos mais cobiçado do planeta automotivo, o Volkswagen Fusca, coleciona admiradores por onde passa. E não é para menos, o velho besouro foi fabricado por 65 anos e vendeu mais de 21 milhões de unidades em todo o mundo! O Brasil, sozinho, tornou-se o terceiro país onde se fabricaram mais unidades – 3 milhões – só atrás da Alemanha e dos Estados Unidos.
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Os fuscas mais cobiçados e por conseguinte de maior valor são aqueles feitos até o fim da década de 1950, devido à janela traseira oval que foi retirada de produção a partir de 1958 em favor de uma janela retangular para uma melhor visibilidade.
Fusca é achado após 52 anos esquecido em ferro-velho e vale fortuna
Um comprador nos EUA, deu uma baita sorte, e adquiriu recentemente o clássico besouro fabricado em 1955. O Fusca Volkswagen passou mais de 52 anos jogado em um ferro-velho.
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Conforme pode ser visto na imagem (da capa), suas rodas estavam enterradas no solo, seu corpo estava coberto com vegetação e por muita sorte neste tempo ele não foi enviado para uma trituradora.
Para sorte dos seus admiradores, o Fusca pode ser reformado. O besouro estava com deus documentos originais no porta-luvas e seu motor boxer ainda era original. Ou seja, tem potencial em uma eventual reforma. Um Fusca Volkswagen 1955, bem conservado pode passar dos US$ 70 mil (cerca de R$ 391 mil) de valor de mercado!
A história do icônico besouro da Volkswagen
Embora o Fusca tenha preservado a sua forma icônica ao longo dos anos, soube sempre reagir de maneira sensata aos desenvolvimentos sociais e técnicos.
Usando apenas pequenas modificações no design, adaptou-se, por dentro e por fora, ao espírito dos tempos e às descobertas da moderna tecnologia automóvel.
Fusca nasceu da ambição do ditador Adolf Hitler e do talento de Ferdinand Porsche
Para quem não sabe o modelo original nasceu da ambição do ditador Adolf Hitler e do talento de Ferdinand Porsche, que no início dos anos 30 definiram as bases do projeto. Embora ainda não houvesse freios hidráulicos, os montantes de borracha do motor constituíam um avanço considerável para a época.
o Volkswagen (Volk significa povo e wagen carro em alemão), deveria ser “um automóvel funcional e fiável, embora com uma construção relativamente leve.
Deveria oferecer espaço para quatro pessoas, atingir velocidades de até 100 km/h com motor de cilindros contrapostos (boxer) refrigerado a ar e conseguir superar subidas com 30% de inclinação”.
Após numerosas tentativas e testes, foi utilizado um motor boxer de quatro cilindros (985 c.c. e 22,5 cv) com refrigeração a ar que se manteve como a base do propulsor até ao final de vida do modelo, em 2003.
A motorização continuou a ser modernizada ao longo dos anos, com: enriquecimento de mistura automático (1965); motor 1.6 de 50 cv (1970); ignição eletrônica (1988); catalisador (1990); injeção eletrônico, e elevadores hidráulicos de válvulas e sonda Lambda (1993).
O início das exportações, em outubro de 1947, foi o primeiro passo para a expansão internacional do modelo. As primeiras 56 unidades exportadas do compacto foram enviadas à Holanda.
Em janeiro de 1949, o primeiro Fusca atravessou o oceano rumo aos EUA, sendo pioneiro da entrada da marca alemã no continente americano. O país de tio Sam seria responsável por comprar quase 11 milhões dos 21 milhões de Fuscas produzidos.
Não foi preciso esperar muito até a chegada da versão conversível, em julho de 1949. E a demanda não parava de crescer: se foram produzidas 100.000 unidades em 1950, três anos mais tarde o número saltava para meio milhão, e para 1 milhão em 1955.
Em 17 de fevereiro de 1972 foi alcançado um marco especial: o Fusca 15.007.034 saiu da linha de montagem para destronar o Ford T como automóvel mais produzido do planeta.
No Brasil, jamais deixou de ser um carro de nicho.
No Brasil, jamais deixou de ser um carro de nicho, apesar da produção ter sido encerrada duas vezes, com um ciclo entre 1956 e 86, e uma sobrevida provocada pelo Fusca Itamar entre 1993 e 96, já no México o sedãzinho seguiu em linha ininterruptamente até 2003.
A versão final mexicana, batizada “Última Edición”, representou o fim de um dos mais brilhantes capítulos da história do automóvel. Foram 21.529.464 de exemplares colocados nas ruas em 20 diferentes países. Mas a história ainda não havia acabado.
Cinco anos antes da morte do Fusquinha original, em 1998, já nascera o New Beetle, projeto liderado pelos EUA pelo designer J. Mays e produzido também em Puebla, México).
Apesar dos traços retrô, agora mais acertadamente conhecido como cupê, trazia plataforma (compartilhada com o Golf IV) e motores muito mais modernos, ao ponto de incluir uma versão RSi (limitada a 250 unidades) equipada com um V6 3.2 de 224 cv. O motor passou a ser dianteiro e transversal, bem como a tração foi tornada dianteira. De entrada, estavam disponíveis propulsores 2.0 a gasolina e 1.9 turbodiesel com injeção direta.
Volkswagen anunciou no salão de Los Angeles de 2018 o fim da produção do modelo
Para a tristeza dos amantes do Fusca, a Volkswagen anunciou no salão de Los Angeles de 2018, que encerraria a produção do modelo. Sua edição de despedida, cupê ou conversível, traz elementos alusivos ao Fusca “Última Edición” mexicano, e apenas um motor: 2.0 turbo de 176 cv a gasolina, com caixa automática de seis marchas.
Será que o fim ainda não chegou? A não ser que se confirmem os rumores de que o Fusca voltará à vida como um modelo elétrico, possibilidade admitida pela própria Volkswagen. Como já vimos em outros momentos, sempre tem um Itamar para ressuscitar o bom e velho Fusca.
Volkswagen quer processar montadora chinesa por fabricar descaradamente uma cópia elétrica do icônico Fusca
A indústria chinesa ainda não abandonou alguns velhos hábitos, e a multinacional Volkswagen não ficou nem um pouco lisongeada com a fabricante de carros elétricos ORA, que faz parte do grupo Great Wall Motors. A marca apresentou um clone do Fusca no Salão do Automóvel de Xangai. Nomeado de ORA Punk Cat, o veículo tem os mesmos traços do icônico carro da montadora VW.
É possível perceber que a ORA se inspirou – para não dizer que copiou descaradamente – os traços do Volkswagen Fusca em seu novo Punk Cat. O capô com design curvo, os faróis arredondados e o desenho da parte traseira, com direito a lanternas ovaladas, remetem ao velho besouro.