A Petrobras estava visando perfurar um poço de petróleo na bacia da Foz do Amazonas. Após análises dos técnicos, o Ibama negou a concessão da licença de exploração necessária para a campanha.
O atual presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), Rodrigo Agostinho, anunciou na última quarta-feira, (17/05), o indeferimento do pedido da Petrobras para uma licença de exploração na Foz do Amazonas. A região localizada no Amapá é considerada de risco por diversos especialistas, assim como os técnicos do órgão ambiental, que sugeriram a negação do licenciamento à estatal. Segundo o Ibama, o plano da petroleira não garantia um compromisso ambiental contra possíveis derramamentos do petróleo.
Após inconsistências no plano de exploração da Petrobras, Ibama nega licenciamento ambiental para Foz do Amazonas
O Ibama negou licença à estatal Petrobras para explorar petróleo no estuário do Amazonas.
A decisão foi tomada após análise da área técnica do Ibama, que constatou que o plano da empresa não oferece garantias para a proteção da fauna em caso de derramamento de óleo.
- É oficial: a Novonor decidiu mexer suas peças no tabuleiro petroquímico e traz ninguém menos que o ex-Ocyan para assumir o comando da Braskem
- PetroReconcavo surpreende o mercado com mega investimento de R$ 340 milhões em nova planta de gás natural na Bahia — Capacidade promete revolucionar o setor energético do Nordeste!
- Washington em alerta! Exportações de petróleo da Rússia para o Brasil explodem para o surpreendente valor de R$ 40,3 bilhões em 2024,
- Petrobras suspende operações do FPSO Cidade de Santos: milhões perdidos e impacto na produção de petróleo e gás no Brasil!
As discussões relacionadas à presença da empresa na região da Margem Equatorial já estavam à flor da pele nos últimos dias.
Recentemente, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva concordou com o parecer dos técnicos do Ibama, reforçando a necessidade de novas análises ambientais para a campanha de exploração da empresa.
O Ibama também constatou que a Petrobras não explicou adequadamente os impactos de suas atividades em três terras indígenas na região do Oiapoque.
A decisão de negar a licença é uma vitória para grupos ambientalistas, que há meses realizam campanha contra o projeto.
Eles argumentam que a exploração de petróleo no estuário do Amazonas representaria uma séria ameaça à biodiversidade única da região e às comunidades indígenas.
Presidente do Ibama reforça que Petrobras teve oportunidades para reverter a negação da licença de exploração
A negação da licença é um problema significativo para os planos da Petrobras de expandir sua exploração de petróleo na região amazônica.
A empresa tem buscado desenvolver novos campos de petróleo na região para atender à crescente demanda por petróleo no Brasil.
No entanto, a empresa enfrentou forte oposição de grupos ambientalistas e comunidades indígenas.
Quanto à licença de exploração do Ibama para a petroleira, o presidente do órgão destacou que não faltaram oportunidades para as dúvidas serem sanadas.
“Não restam dúvidas de que foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental”, afirmou.
A decisão do Ibama é um lembrete da importância de proteger a floresta amazônica. A floresta tropical abriga uma vasta gama de biodiversidade e desempenha um papel importante na regulação do clima global.
Agora, a Petrobras continuará discutindo com o Ibama possíveis alternativas para manter em andamento o seu plano de exploração de petróleo na Foz do Amazonas nos próximos anos.
Sobre a Foz do Amazonas
A foz do Amazonas é o local onde o rio Amazonas, o maior rio em volume de água do mundo, encontra o Oceano Atlântico, formando um estuário de grande importância ecológica.
A região da foz do Amazonas também tem despertado interesse econômico, especialmente no que diz respeito aos recursos energéticos presentes na área. A Petrobras, a maior empresa de petróleo do Brasil, é uma das organizações que têm demonstrado interesse na exploração de petróleo e gás natural na região.
No entanto, a companhia segue enfrentando problemas para garantir as licenças ambientais necessárias para a exploração.