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Ibama denuncia irregularidade cometida pela Petrobras na exploração da foz do Rio Amazonas

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 15/09/2022 às 18:06
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Foto: reprodução agenciabrasil.ebc.com.br
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O Ministério Público Federal (MPF), na última semana, pediu a suspensão de perfuração da foz do Rio Amazonas e a Petrobras contestou

O Ibama divulgou um novo parecer técnico sobre a exploração da Foz do rio Amazonas, apontando inconsistências nos documentos entregues pela Petrobrás, a qual deseja explorar a área.

Entenda a irregularidade cometida pela Petrobras

O Ministério Público Federal (MPF), na semana passada, havia pedido a suspensão da perfuração da foz do Rio Amazonas e a Petrobras a denegou. Agora, o Ibama informa que a atualização de documentos e de procedimentos para a continuidade do processo de licenciamento ambiental é necessária. O Ibama reconheceu que a modelagem de 2013 está defasada e a sua manutenção traz insegurança para o andamento do processo.

O projeto inicialmente era assumido pela BP Energy do Brasil Ltda. e depois passou a ser tocado pela Petrobras. O Ibama também não está de acordo com o Plano de Emergência Individual (PEI), apontando a necessidade de ajustes para lidar com os danos transfronteiriços.

O que a Petrobras deve fazer

Segundo o Ibama, a Petrobrás precisa “formalizar o contato com os responsáveis levantados e informar o risco potencial da perfuração marítima do poço Morpho, já que a previsão do óleo atingir a Guiana Francesa é inferior a seis horas”.

A localização do poço no rio Amazonas levanta  probabilidade do óleo avançar sobre o território internacional, como no mar territorial da Guiana Francesa e na costa de países caribenhos.

O Ibama indicou ainda a necessidade de ampliar o escopo e abrangência do programa de comunicação social, além da realização de novas reuniões presenciais nos municípios de Oiapoque e Belém.

Denúncia da irregularidade ambiental

No final de 2021, uma manifestação foi enviada ao Ministério Público Federal por um grupo de organizações da sociedade civil, como WWF, Observatório do Clima e Greenpace, denunciando potencial irregularidade no licenciamento ambiental de perfuração marítima de poços na bacia da Foz do Amazonas.

A denúncia presente no documento inclui riscos relacionados ao bloco FZA-M-59 e questiona o pedido de licença ambiental formulado pela Petrobras para obtenção de Licença Prévia (LP). O documento diz que o processo de licenciamento já dura sete anos e os empreendedores não demonstraram serem capazes de gerenciar as ameaças para o meio ambiente. Em 2018, outro empreendimento na mesma região, da empresa Total E&P do Brasil Ltda., foi negado pelo Ibama.

Leia mais sobre as ameaças ambientais enfrentadas no Amazonas:

Amazônia em chamas

O ano de 2022 é marcado por altas taxas de desmatamento e queimadas, mas, mesmo assim, o governo federal está investindo abaixo da média em ações para evitar a devastação florestal na Amazônia.

O Ibama, principal órgão federal de fiscalização ambiental, executou 37% do orçamento reservado para ações de monitoramento, prevenção e controle de incêndios florestais até o dia 6 de setembro, desembolsando apenas R$ 20 milhões de um montante de R$ 52,75 milhões. Esses dados foram retirados do Painel do Orçamento Federal (Siop), do Ministério da Economia, e divulgados pelo Observatório do Clima.

A contenção dos gastos ocorre logo no período da seca em que normalmente aumenta a incidência de queimadas nos biomas brasileiros, inclusive na Amazônia. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) computou 18.374 focos de incêndio na Amazônia entre 1º e 7 de setembro de 2022. O número supera as ocorrências de incêndio registradas em todo o mês de setembro em 2021, de 16.742 focos.

A utilização do orçamento previsto para a prevenção de incêndios florestais ficou, em 2021 e 2020, em torno de 70 a 75%.

De acordo com os especialistas, o trabalho preventivo do Ibama deve ocorrer nos meses de abril e maio, antes da chegada da seca. A diretora de Ciência do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar disse que a situação em 2022 só não está pior porque a Amazônia está sob efeito do fenômeno La Niña, o qual mantém a umidade no bioma, apesar da escassez de chuvas.

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Roberta Souza

Autora no portal Click Petróleo e Gás desde 2019, responsável pela publicação de mais de 8.000 matérias que somam milhões de acessos, unindo técnica, clareza e engajamento para informar e conectar leitores. Engenheira de Petróleo e pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, também trago experiência prática e vivência no setor do agronegócio, o que amplia minha visão e versatilidade na produção de conteúdo especializado. Desenvolvo pautas, divulgo oportunidades de emprego e crio materiais publicitários direcionados para o público do setor. Para sugestões de pauta, divulgação de vagas ou propostas de publicidade, entre em contato pelo e-mail: santizatagpc@gmail.com. Não recebemos currículos

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