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Ibama confirma 54 propostas de projetos para construção de complexos eólicos offshore para a produção de energia em alto-mar

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 31/07/2022 às 08:50
O ramo de energia offshore no Brasil é a grande aposta do setor energético no futuro e um total de 54 propostas para projetos de complexos eólicos em alto-mar já circulam os arquivos do Ibama, aguardando novas procedências do órgão.
Foto: Pixabay
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O ramo de energia offshore no Brasil é a grande aposta do setor energético no futuro e um total de 54 propostas para projetos de complexos eólicos em alto-mar já circulam os arquivos do Ibama, aguardando novas procedências do órgão.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está com um total de 54 projetos de construção de complexos eólicos no mar brasileiro, que totalizam capacidade de 133,3 gigawatts (GW) de potência. O setor de energia eólica offshore é a grande aposta do mercado energético nacional e grandes empresas do segmento aguardam a regulamentação necessária para o início dos empreendimentos.

Empresas já garantem um total de 54 propostas de projetos de complexos eólicos em alto-mar no território nacional ao Ibama e buscam energia eólica offshore no país

Até o fim do mês de abril, o órgão estatal Ibama já havia recebido um total de 54 propostas para a instalação de complexos eólicos em alto-mar no território da costa brasileira, que circulam agora o órgão para mais detalhes. Além disso, o órgão destacou que os projetos totalizam 133,3 gigawatts (GW) de potência, o correspondente a quase 70% da capacidade atual de geração de todo o sistema elétrico nacional, que é de 200 GW atualmente. 

A produção de energia renovável no Brasil já está bastante elevada e, segundo Eduardo Raffaini, sócio-líder dos setores de óleo e gás, químico e industrial da Deloitte, dos 200 GW de potência instalada atualmente, cerca de 83% são provenientes de empreendimentos renováveis.

Assim, a produção de energia eólica offshore com os projetos em circulação no Ibama poderá expandir ainda mais esses números, visto que geração offshore tem potencial para chegar a 967 GW em locais onde a profundidade da água é de até 50 metros, de acordo com estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

E, entre as propostas dos projetos de complexos eólicos em alto-mar que estão sendo analisadas pelo Ibama atualmente, as principais são da empresa Ocean Winds, joint venture formada entre a Engie Brasil e a EDP Renováveis.

A companhia possui propostas para construir um total de cinco complexos eólicos offshore que terão 15 GW de capacidade no Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, mas ainda estão em fases iniciais. Dessa forma, não é possível dar mais detalhes sobre os investimentos ou tempo previsto para a finalização dos projetos. 

Possibilidade de construção de complexos eólicos em alto-mar para produção de energia offshore atraiu companhias do ramo de óleo e gás

Entre os 54 projetos que circulam o Ibama atualmente, as empresas do ramo de óleo e gás estão marcando presença e possuem uma forte relevância no cenário, uma vez que elas já possuem experiência com atuação offshore no mercado internacional. Um dos principais destaques nos projetos é a companhia Equinor, que tem sua matriz na Noruega e operação local há aproximadamente 20 anos.

A companhia pretende construir complexos eólicos em alto-mar que somam 14,5 GW de potência instalada. Além disso, estão sendo previstos projetos no Rio de Janeiro e Espírito Santo (4 GW), e a Equinor está “avaliando outros cinco projetos no Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, que teriam capacidade instalada de 10,5 GW”, segundo as informações sobre o futuro da empresa no ramo da energia eólica offshore no Brasil. 

Agora, o Ibama aguarda a criação de uma regulamentação sobre os projetos eólicos offshore no Brasil por parte do Governo Federal, para poder levar adiante as análises das propostas das empresas e dar continuidade à atração de investimentos no setor brasileiro.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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