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Hyundai prepara produção de carro INOVADOR alimentado por esterco de gado

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 26/01/2024 às 17:30
Hyundai prepara produção de carro INOVADOR alimentado por esterco de gado
Foto: Divulgação/Hyundai

A Hyundai está pensando em lançar um carro inovador movido a esterco, prometendo eficiência econômica e sustentabilidade no mercado automotivo.

Em uma abordagem recente sobre mobilidade sustentável, a Hyundai revelou seu plano visionário para os próximos anos, focando em soluções inovadoras baseadas no hidrogênio. Alinhada ao tema ‘Ease Every Way‘ (Facilitar Todos os Caminhos), a montadora sul-coreana reforçou seu compromisso com o desenvolvimento de alternativas inovadoras para a mobilidade. Entre essas iniciativas, destaca-se a proposta de um carro movido a esterco, um conceito inovador que combina sustentabilidade com avanço tecnológico.

Hyundai planeja consumir 3 milhões de toneladas de hidrogênio por ano até 2035

O projeto do novo carro da Hyundai, chamado de Waste-to-Hydrogen, utiliza um processo de conversão de resíduos orgânicos em hidrogênio, que é então usado para alimentar um motor a hidrogênio. A Hyundai afirma que o carro movido a esterco possui a capacidade de ser uma solução sustentável para o transporte, visto que pode ajudar na redução das emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis.

O projeto do novo carro da Hyundai está em fase de implementação na Indonésia. A tecnologia Waste-to-Hydrogen utiliza resíduos de comunidades locais, com o desenvolvimento de minicentros de produção de hidrogênio, eliminando a dependência do transporte e armazenamento do produto.

De acordo com a montadora, já há compradores para o carro movido a esterco, o que fará da região um polo industrial de hidrogênio em volta do centro de produção do insumo, promovendo assim o crescimento de uma Sociedade baseada no Hidrogênio. A expectativa é de consumir 3 milhões de toneladas de hidrogênio por ano até 2035. Desta forma, a Hyundai pretende produzir aço sustentável e gerar energia limpa como parte de sua iniciativa sustentável.

Entenda como o carro movido a esterco da Hyundai funciona

O processo de transformação de resíduos orgânicos em hidrogênio é feito através de uma reação química que envolve a fermentação de resíduos orgânicos, como alimentos, Iodo e esterco de gado para gerar biogás. O biogás, por sua vez, é tratado para capturar CO2 e gerar hidrogênio.

Outra alternativa desenvolvida para o novo carro da Hyundai é a tecnologia Plastic-to-Hydrogen (P2H), que usa polímeros (plásticos) que seriam descartados. É realizado o derretimento desses resíduos plásticos que não podem ser  reciclados. O plástico, em seguida, é gaseificado, as impurezas são retiradas e depois é produzido o hidrogênio.

É importante mencionar que, em 2021, a marca realizou testes com seu carro movido a hidrogênio Nexo, mostrando que possui potencial para se tornar referência no segmento. Segundo os números do teste, o novo carro da Hyundai foi capaz de rodar 900 km com apenas um tanque e purificou 449.100 litros de ar durante a viagem. Para se ter uma ideia, um carro convencional movido a combustão, emitiria 125 kg de gases poluentes em uma viagem de 900 km.

Outras empresas também já estão trabalhando em carro movido a esterco

Além do novo carro da Hyundai, outra empresa, a ARM Engineering, também está desenvolvendo projetos parecidos de carros movidos a H2 proveniente de biomassa.

O carro movido a esterco apresentado foi um Renault Zoe, que recebeu uma série de melhorias, como uma bateria reforçada e um tanque com 200 litros de G-H3, um biocombustível produzido a partir de esterco e hidrogênio. O GH-3 alimenta uma célula de combustível para gerar energia e fazer o veículo se mover.

A autonomia do modelo pode superar os 2 mil km. Em geral, um carro movido a esterco tem o potencial de ser uma solução viável para o transporte sustentável, mas ainda há desafios a serem superados antes que eles possam se tornar uma realidade comercial.

Um dos principais desafios é o custo da conversão de resíduos orgânicos em hidrogênio. Entretanto, à medida que a tecnologia se desenvolve e os custos diminuem, os modelos deste tipo podem se tornar uma opção mais atraente para o mercado.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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