A nova Honda CB 650R 2026 chega equipada com embreagem eletrônica E-Clutch, painel TFT de 5 polegadas e motor de quatro cilindros. O modelo promete mudar a forma de pilotar e inaugurar uma nova fase para o segmento naked.
A Honda apresentou a CB 650R 2026 com novidades que prometem transformar a experiência de pilotagem.
O modelo chega ao mercado equipado com o sistema E-Clutch, embreagem eletrônica que dispensa o uso da manete em trocas de marcha, além de um novo painel TFT de 5 polegadas.
O motor de quatro cilindros em linha mantém a potência de 86,7 cv.
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A reportagem de Alexandre Nogueira, publicada neste sábado (13) no site Motociclismo Online, descreve a moto como “um divisor de águas” no segmento das nakeds de média cilindrada.
Embreagem E-Clutch e experiência de pilotagem

Segundo Nogueira, o primeiro contato com a CB 650R E-Clutch causa estranhamento pela ausência da tradicional manete de embreagem.
“Ligo a moto e, sem apertar nada, engato a primeira marcha. Não há trancos nem engasgos. É só acelerar e ela se move suavemente”, relatou.
De acordo com o jornalista, o desempenho do sistema foi especialmente notável em trechos urbanos.
No trânsito intenso, a embreagem eletrônica eliminou a necessidade de repetidos acionamentos da manete, tornando as paradas e partidas muito mais práticas.
“Ao parar em semáforos, basta reduzir até a primeira marcha. Não é preciso segurar a embreagem”, explicou.
A tecnologia, segundo a fabricante, foi projetada para atender tanto iniciantes quanto motociclistas experientes.
Para quem está começando, reduz a curva de aprendizado.
Já para os veteranos, oferece praticidade sem abrir mão da sensação de controle.
Estradas sinuosas e modos de operação
Na estrada, a tecnologia mostrou outra vantagem: agilidade nas trocas de marcha.
Conforme o relato, o E-Clutch funciona como um quick-shifter de fábrica, mas também atua nas reduções.
Isso permitiu que o piloto se concentrasse apenas na trajetória e na inclinação da moto.
A Honda oferece ainda três modos de operação – Hard, Medium e Soft – que ajustam a sensibilidade das trocas de marcha.
Como destacou o jornalista, a versatilidade do sistema permite inclusive que o motociclista opte por utilizar a manete tradicional quando desejar.
“É possível alternar entre a experiência clássica e a inovação eletrônica, algo que amplia o leque de opções para cada situação”, comentou.
Motor de quatro cilindros e ciclística
Apesar da inovação eletrônica, a base mecânica permanece inalterada.
O motor de quatro cilindros em linha mantém entrega progressiva, com torque desde baixas rotações até o pico de potência aos 12.000 giros.
“O clássico ronco do escape 4-em-1 continua sendo uma das melhores trilhas sonoras para quem pilota”, escreveu Nogueira.
A ficha técnica confirma: são 86,7 cv a 12.000 rpm e 5,80 kgf.m de torque a 9.500 rpm.
A moto roda em sexta marcha a 2.000 rpm com suavidade, favorecendo conforto no uso diário.
Sobre a ciclística, o jornalista apontou que o chassi tipo Diamond, em conjunto com a suspensão Showa, transmite segurança tanto em curvas rápidas quanto em mudanças bruscas de direção.
Os freios com pinças radiais, segundo ele, garantem potência em altas velocidades e precisão nas freadas curtas, como em descidas sinuosas.
Além disso, a distribuição de peso e o assento em posição intermediária reforçam a proposta da CB 650R: ser uma naked versátil, capaz de atender tanto ao uso urbano quanto às viagens em estrada.
Painel TFT e design atualizado
Outro destaque da versão 2026 é o novo painel TFT de 5 polegadas.
Nogueira afirmou que a leitura é fácil mesmo sob forte incidência solar, e os comandos retroiluminados no guidão adicionam sofisticação ao conjunto.
O painel também é compatível com conectividade de smartphone, permitindo espelhamento de navegação, gerenciamento de chamadas e acesso a playlists.
Para o jornalista, a interface moderna torna a experiência mais completa e aproxima a moto de recursos presentes em automóveis.
A Honda também renovou o visual com alterações no farol e na rabeta, mantendo a identidade da linha Neo Sports Café, mas agora com um ar mais moderno.
As linhas musculosas reforçam a esportividade, enquanto os detalhes minimalistas dão um toque de sofisticação.
Histórico do modelo e impacto no mercado
A CB 650R foi lançada originalmente em 2019 como parte da estratégia global da Honda para modernizar a família das nakeds.
Desde então, conquistou espaço pelo equilíbrio entre potência, design e custo de manutenção relativamente acessível para uma quatro-cilindros.
Com a estreia do E-Clutch, a versão 2026 insere a motocicleta em um novo patamar.
Conforme destacou Nogueira, a Honda não apenas aprimorou o modelo, mas criou uma categoria inédita, unindo o prazer da pilotagem manual à conveniência de uma moto quase automática.
No cenário competitivo, a inovação coloca pressão sobre rivais de peso, como a Yamaha MT-07 e a Kawasaki Z650, que seguem com propostas mais tradicionais de transmissão.
Para especialistas do setor, a tendência é que outras fabricantes passem a investir em soluções semelhantes.
Um marco para o segmento
Na análise do jornalista, a CB 650R E-Clutch vai além de um simples lançamento.
“Enquanto as concorrentes oferecem melhorias pontuais, a Honda criou uma nova categoria de motocicleta”, avaliou.
De acordo com ele, o modelo une desempenho, conforto e esportividade de forma equilibrada, tornando-se uma opção inovadora para o motociclista que busca tecnologia sem abrir mão da emoção ao pilotar.
A chegada da CB 650R E-Clutch levanta uma questão: até que ponto as inovações eletrônicas vão redefinir a relação entre piloto e máquina nas próximas gerações de motocicletas?



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