Homem descobre pepita de ouro de 2,6 kg na Austrália com detector de metais; avaliada em US$ 160 mil, virou símbolo da nova corrida do ouro.
Em 2023, um homem anônimo da região de Victoria, no sudeste da Austrália, protagonizou um feito que surpreendeu mineradores e geólogos de todo o mundo. Durante uma varredura rotineira com seu detector de metais em uma área conhecida por antigas escavações do século XIX, o aventureiro encontrou uma pepita de ouro de 4,6 kg avaliada em cerca de US$ 160 mil (aproximadamente R$ 800 mil).
A descoberta foi confirmada pela empresa Lucky Strike Gold, especializada em compra e avaliação de metais preciosos na cidade de Geelong. Segundo os especialistas, trata-se de uma das maiores pepitas encontradas no país nos últimos anos e um lembrete de que a mítica “corrida do ouro australiana” ainda pulsa sob o solo vermelho da Oceania.
O achado: debaixo da terra, um tesouro milionário
O homem, que pediu para não ser identificado por motivos de segurança, fazia buscas em um campo aberto nas proximidades de Ballarat, uma das cidades mais icônicas da corrida do ouro de 1850.
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Usando um detector de metais Minelab, equipamento popular entre garimpeiros e exploradores amadores, ele começou a receber sinais intensos do solo a poucos centímetros de profundidade.
Ao cavar, percebeu um brilho amarelado e pesado: era uma pepita parcialmente coberta de argila, que mais tarde revelaria conter 2,6 kg de ouro puro, após descontar impurezas e minerais agregados.
“Achei que era só uma pedra enferrujada, mas o detector não parava de apitar. Quando limpei, quase não acreditei”, contou o descobridor à Lucky Strike Gold, segundo o canal ABC News.
Avaliação e impacto: o renascimento de Victoria
A peça foi levada para avaliação na loja Lucky Strike Gold, onde os especialistas confirmaram seu valor estimado de A$ 240.000, equivalente a US$ 160.000.
O achado rapidamente se espalhou pelas redes sociais e veículos de imprensa australianos, gerando uma onda de curiosidade e entusiasmo entre caçadores de tesouros.
De acordo com Mark Day, especialista da empresa, “é raro encontrar algo tão grande e bem preservado fora das minas industriais. A descoberta reacende o interesse por uma prática que faz parte da história nacional.”
A cidade de Ballarat, que no século XIX chegou a abrigar mais de 60 mil garimpeiros, viveu um novo pico de visitantes após a notícia. Amadores com detectores e turistas curiosos passaram a explorar as antigas terras auríferas da região, gerando um aquecimento inusitado na economia local.
O peso da história: onde o ouro nunca deixou de existir
A região de Victoria é considerada o coração da corrida do ouro australiana. Foi ali que, entre 1851 e 1860, o país viveu uma explosão populacional e econômica, atraindo imigrantes de todo o mundo em busca de fortuna.
Estima-se que, naquele período, mais de 2.500 toneladas de ouro foram extraídas da região, tornando a Austrália uma das maiores produtoras do planeta.
O achado de 2023 reforçou a vocação mineral do território. “É uma prova de que o subsolo australiano ainda guarda surpresas”, afirmou o geólogo Andrew Drummond, da Universidade de Melbourne.
Segundo ele, a combinação de solo argiloso, veios de quartzo e processos geológicos antigos torna Victoria um dos pontos mais promissores para prospecção natural. “Mesmo com o avanço da tecnologia, as descobertas mais fascinantes continuam sendo as acidentais”, completou.
Tecnologia que ressuscita o garimpo moderno
Embora as grandes mineradoras dominem o setor, o uso de detectores de metais sofisticados abriu caminho para uma nova geração de exploradores independentes.
Os modelos mais modernos, como os da marca Minelab GPX, são capazes de detectar partículas de ouro a até 1,5 metro de profundidade, com sensibilidade calibrada para rejeitar ferro e alumínio, elementos comuns no solo australiano.
Essas ferramentas vêm democratizando o acesso à mineração amadora, permitindo que pessoas comuns possam realizar descobertas que antes só eram possíveis com grandes escavações. Desde 2018, dezenas de pepitas acima de 1 kg já foram registradas na Austrália, embora poucas cheguem perto dos 4,6 kg encontrados em 2023.
O destino da pepita e o mistério sobre o garimpeiro
A identidade do homem permanece mantida em sigilo. Fontes locais afirmam que ele já recebeu propostas de colecionadores e investidores interessados na compra, mas não há confirmação pública de venda.
De acordo com a ABC News, a pepita foi avaliada e catalogada, mas o dono optou por guardá-la — seja como investimento, seja como relíquia familiar.
Curiosamente, casos assim não são raros na Austrália: há quem prefira manter pepitas intactas como símbolo de sorte e prosperidade, em vez de vendê-las imediatamente ao mercado.
Descobertas que inspiram novas histórias
O caso reacendeu o fascínio popular por descobertas individuais em um mundo dominado por máquinas e mineração industrial.
A história do homem que caminhava sozinho com um detector de metais e encontrou uma fortuna sob seus pés ecoou em todo o planeta como um lembrete de que ainda há espaço para o acaso e a sorte.
Hoje, as autoridades locais e empresas turísticas já aproveitam o “efeito pepita” para promover a região como destino histórico e de aventura, oferecendo passeios de garimpo recreativo supervisionados por especialistas.
A descoberta da pepita de ouro de 4,6 kg em Victoria não é apenas um achado milionário é o reencontro da Austrália com sua própria história de prosperidade e resiliência.
Em um mundo cada vez mais digital, o episódio lembra que ainda há riquezas escondidas sob a terra, esperando ser reveladas pela curiosidade humana.
Assim como nas antigas corridas do ouro, o brilho do metal precioso segue alimentando sonhos — e, para alguns, transformando vidas.