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O colecionador britânico Nick Mead comprou um tanque russo usado por US$ 37 mil e, ao inspecionar o veículo, descobriu cinco barras de ouro avaliadas em mais de US$ 2 milhões, possivelmente saqueadas durante a Guerra do Golfo
A história de cinco barras de ouro encontradas dentro de um tanque de guerra parece um roteiro de cinema, mas aconteceu de fato. O protagonista foi Nick Mead, um colecionador britânico apaixonado por veículos militares, que adquiriu um tanque russo T-54/69 por cerca de US$ 37 mil em 2017. O que parecia apenas uma compra curiosa se transformou em um dos achados mais inusitados já registrados no Reino Unido.
Durante a inspeção do veículo com o mecânico Todd Chamberlain, Mead acreditava que encontraria munições antigas ou peças de reposição escondidas nos compartimentos do tanque. Em vez disso, os dois descobriram cinco barras de ouro cuidadosamente guardadas dentro do tanque de combustível, totalizando um valor estimado em mais de US$ 2 milhões.
A compra do tanque e a descoberta inesperada
Nick Mead é proprietário da empresa Tanks-A-Lot, especializada na compra e restauração de veículos militares desativados.
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Ele adquiriu o tanque russo T-54/69 por meio do site de leilões eBay, pagando cerca de 35 mil libras esterlinas, o equivalente a US$ 37 mil na época.
O veículo havia sido usado em combate e foi vendido sem armamentos, como é comum nesse tipo de transação.
Durante a revisão, os mecânicos abriram o tanque de combustível em busca de munições esquecidas — uma prática de segurança padrão.
Ao removerem as tampas, encontraram algo muito mais valioso: cinco barras de ouro, cada uma com aproximadamente 5 a 6 kg, envoltas em tecido e cuidadosamente escondidas.
O achado foi registrado em vídeo pela equipe de Mead, que ficou surpresa com o conteúdo inesperado.
A origem das barras de ouro e o elo com a Guerra do Golfo
As investigações indicaram que o tanque russo havia pertencido a forças iraquianas durante a Guerra do Golfo (1990–1991).
O modelo foi capturado pelo Exército Britânico e posteriormente transportado ao Reino Unido como item de coleção militar.
A principal hipótese das autoridades é que o ouro tenha sido saqueado de bancos ou palácios do Kuwait por soldados iraquianos durante o conflito e escondido dentro do tanque antes de sua captura.
As barras pesavam, ao todo, entre 25 e 30 quilos, o equivalente a cerca de 60 libras.
Em 2017, a cotação do ouro colocava o valor total do achado em aproximadamente £2 milhões (US$ 2,5 milhões), tornando o episódio um dos maiores achados acidentais de ouro em veículos militares já documentados.
A entrega à polícia e o desfecho do caso
Apesar da tentação, Nick Mead decidiu agir de forma totalmente legal e entregou as barras de ouro à polícia local, recebendo apenas um recibo em troca.
Em entrevistas posteriores, ele explicou que não queria correr o risco de ser acusado de ocultação de bens ou envolvimento em tráfico internacional.
O ouro ficou sob custódia das autoridades britânicas, que investigaram sua origem e possível ligação com o saque de guerra.
Mead não recebeu recompensa ou compensação financeira, embora sua honestidade tenha sido amplamente elogiada pela imprensa e pelo público.
Ele afirmou, com bom humor, que “descobrir o ouro foi empolgante, mas ficar sem ele foi frustrante”.
O impacto e o legado da descoberta
O caso ganhou grande repercussão internacional, viralizando nas redes sociais e em veículos de imprensa.
O episódio destacou o fascínio popular por achados acidentais e tesouros de guerra, além de levantar discussões sobre os direitos de propriedade em situações assim.
Especialistas em história militar destacaram que veículos usados em zonas de conflito frequentemente escondem segredos ou bens valiosos, já que soldados os utilizavam como meio seguro para transporte de materiais saqueados.
O episódio de Nick Mead acabou servindo de exemplo sobre ética e legalidade em descobertas arqueológicas e militares.
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