1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / Hoje: NASA registra cometa 3I/ATLAS passando pelo Sol a 58 km/s antes de sumir pra fora do Sistema Solar
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 0 comentários

Hoje: NASA registra cometa 3I/ATLAS passando pelo Sol a 58 km/s antes de sumir pra fora do Sistema Solar

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 28/10/2025 às 13:54
A NASA registrou o cometa alienígena 3I/ATLAS cruzando o Sistema Solar a 58 km/s, um raro objeto interestelar que intriga astrônomos pelo mistério de sua origem.
A NASA registra o cometa 3I/ATLAS cruzando o Sistema Solar a 58 km/s, um raro objeto interestelar que intriga astrônomos pelo mistério de sua origem.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Objeto interestelar 3I/ATLAS, o terceiro já confirmado pela ciência, revela composição inédita e reforça o mistério sobre a origem de cometas

A NASA confirmou nesta semana a passagem do cometa 3I/ATLAS pelo ponto mais próximo do Sol, a uma velocidade de 58 km por segundo, que ocorre entre hoje 28/10 e amanhã 29/10. O corpo celeste, detectado em julho pelo telescópio ATLAS no Chile, é apenas o terceiro objeto conhecido vindo de fora do Sistema Solar e agora parte rumo ao espaço interestelar após um breve encontro com o Sol.

Com uma trajetória hiperbólica e composição química diferente de qualquer cometa local, o 3I/ATLAS oferece novas pistas sobre a formação de sistemas planetários distantes. Sua análise espectroscópica revelou altos níveis de dióxido de carbono, poeira fina e ausência de compostos orgânicos comuns, levantando hipóteses sobre uma origem em regiões extremamente frias e antigas do cosmos.

Origem e trajetória do cometa

Hoje: NASA registra cometa alienígena 3I/ATLAS passando pelo Sol a 58 km/s antes de sumir pra fora do Sistema Solar

Detectado em 1º de julho de 2025 no observatório de Río Hurtado, o cometa 3I/ATLAS percorreu o Sistema Solar em uma órbita aberta, sem retorno.

A passagem pelo periélio, em 29 de outubro, vai ocorrer a 1,36 unidade astronômica do Sol, entre as órbitas da Terra e de Marte.

Sua velocidade e ângulo de aproximação indicam uma rota de passagem única.

Com excentricidade superior a 5, o objeto não está gravitacionalmente preso ao Sol, o que confirma sua natureza interestelar.

O núcleo, com dezenas de bilhões de toneladas, mostrou-se estável e resistente ao calor intenso, sem sinais de fragmentação durante o periélio.

Composição revela sinais de origem interestelar

Os dados captados por sondas e telescópios, como o James Webb e o Observatório Keck, apontam para uma composição dominada por CO₂ e minerais metálicos raros.

A ausência de moléculas orgânicas típicas de cometas solares sugere formação em ambientes com temperaturas inferiores a –250 °C.

A cor avermelhada da poeira e a polarização extrema da luz refletida indicam exposição prolongada à radiação cósmica fora da heliosfera.

Esse tipo de alteração superficial é típico de objetos que vagaram por bilhões de anos no espaço interestelar antes de cruzar o caminho do Sol.

Missões espaciais e observações científicas

Durante a aproximação, sondas como a Mars Express e a ExoMars Trace Gas Orbiter registram o brilho do cometa a milhões de quilômetros de Marte.

O rover Perseverance chegou a captar o objeto como um ponto luminoso no céu marciano, enquanto a sonda Europa Clipper se alinhou com sua cauda iônica para coletar partículas carregadas.

Mesmo com o brilho solar intenso, telescópios terrestres identificaram variações sutis na coma do 3I/ATLAS, sem formação de cauda visível.

As medições serão usadas para ajustar modelos de comportamento térmico de cometas interestelares, fundamentais para futuras missões de interceptação.

Risco de fragmentação e protocolos da NASA

O intenso aquecimento solar gerou preocupações sobre uma possível ruptura do núcleo.

A superfície do 3I/ATLAS recebe cerca de 33 gigawatts de radiação durante o periélio, mas sem indícios de colapso.

A NASA ativou protocolos de monitoramento em parceria com a ESA e a International Asteroid Warning Network para rastrear eventuais fragmentos e atualizar os bancos de dados de defesa planetária.

Simulações orbitais confirmam que o cometa não representa risco à Terra, mantendo distância mínima de cerca de 270 milhões de quilômetros em dezembro.

A partir de novembro, o objeto torna-se visível novamente para telescópios amadores, cruzando as constelações de Virgem e Leão antes de desaparecer definitivamente rumo ao espaço profundo.

A breve visita do 3I/ATLAS reforça o papel dos observatórios automatizados e das missões interplanetárias na detecção de corpos interestelares.

Cada passagem oferece dados inéditos sobre a química, densidade e estrutura de materiais formados fora do Sistema Solar, ampliando a compreensão sobre como planetas e cometas surgem em outros sistemas estelares.

Assim como ʻOumuamua e Borisov, o 3I/ATLAS deixa perguntas em aberto sobre a diversidade cósmica.

Seu comportamento estável e composição incomum alimentam o interesse em futuras missões que possam capturar amostras diretas desses visitantes de outros mundos.

E você, acha que um dia conseguiremos interceptar um cometa e trazer fragmentos para estudo na Terra?

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x