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Hackers desviam R$ 8,6 bilhões em roubo recorde de criptomoedas

Publicado em 27/02/2025 às 14:15
Criptomoedas
Foto: IA Criptomoedas
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Entenda os detalhes do maior roubo de criptomoedas da história, com informações sobre o montante roubado, estratégias de ataque e consequências

Em fevereiro de 2025, o universo das criptomoedas foi abalado por um ataque cibernético de proporções inéditas. A Bybit, corretora de destaque mundial, teve US$ 1,5 bilhão desviado em uma única ação criminosa.

O valor, equivalente a R$ 8,6 bilhões, ultrapassou o antigo recorde do roubo da Poly Network em 2021, que somou US$ 610 milhões.

O impacto não veio somente dos montantes envolvidos. A sofisticação do ataque chamou a atenção de especialistas e investidores, levantando dúvidas sobre a real eficácia dos sistemas de proteção no setor.

A Bybit, com sede em Dubai, viu defesas robustas serem superadas, evidenciando a necessidade de revisão urgente nas práticas de segurança digital.

Como o roubo aconteceu

O ataque foi detectado quando a Bybit notou uma “atividade não autorizada” em uma de suas carteiras frias de criptomoedas.

Essa carteira, utilizada para armazenar Ethereum e Staked Ether (stETH), é considerada mais segura para operar desconectada da internet. Ela ainda contava com um sistema multisig, que exige múltiplas assinaturas para autorizar transações.

Apesar dessas camadas de proteção, os cibercriminosos conseguiram burlar o sistema. O roubo ocorreu durante uma transferência rotineira entre a carteira fria e carteiras quentes — essas últimas conectadas à rede e usadas para movimentações diárias.

Os hackers manipularam o protocolo de contrato inteligente, alterando a interface de assinatura da transação.

Essa mudança fez com que os responsáveis ​​pelas chaves privadas acreditassem estarem validando uma operação legítima. Na realidade, a transação autorizou o envio de cerca de 400 mil unidades de ETH e stETH para uma única carteira controlada pelos criminosos.

Os suspeitos por trás do ataque

As investigações apontam as suspeitas para o Grupo Lazarus, um grupo de cibercriminosos da Coreia do Norte. Reconhecido pela habilidade em realizar ataques sofisticados, o Lazarus Group possui histórico no setor, incluindo o roubo de US$ 550 milhões da rede Axie Infinity.

Especialistas indicam que as táticas usadas no ataque à Bybit — como manipulação de interfaces e engenharia social — são características do grupo.

A associação do Lazarus Group com o governo norte-coreano e sua experiência em invasões complexas fortalecem as hipóteses de que eles estejam envolvidos neste novo caso.

Implicações para o mercado de criptomoedas

Este episódio evidencia uma questão crítica: mesmo sistemas com múltiplas camadas de segurança não são imunes a falhas. O ataque à Bybit demonstra que o fator humano ainda é o ponto mais vulnerável. A engenharia empregada pelos infratores explorou justamente essa fragilidade.

O caso acendeu um alerta importante para o mercado. A necessidade de reforçar medidas de proteção e ampliar o treinamento dos profissionais do setor se torna urgente. A conscientização sobre a técnica de manipulação pode ser decisiva para evitar novos ataques.

Apesar do golpe, a Bybit declarou resiliência. A corretora conseguiu levantar recursos rapidamente para manter suas operações. Agora, concentre esforços em rastrear e congelar os fundos desviados, tentando evitar que sejam lavados por meio de transferências anônimas para bitcoin.

Este roubo, o maior da história das criptomoedas, revela a crescente sofisticação do crime cibernético e expõe desafios cruciais para o futuro da segurança digital no setor.

Com informações de Terra.

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Romário Pereira de Carvalho

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