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Grupo indiano compra em leilão carregamento de petróleo do campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos (RJ)

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 26/03/2021 às 14:17
shell - petróleo - pré-sal - MRPL - bacia de santos -
Mangalore Refinery and Petrochemicals (MRPL) / Fonte: Reprodução – Via Google

O carregamento com 1 milhão de barris de petróleo ao Grupo indiano Mangalore Refinery and Petrochemicals (MRPL), foi vendido pela petroleira Shell

Pela primeira vez o grupo indiano Mangalore Refinery and Petrochemicals (MRPL) comprou um carregamento de petróleo do campo brasileiro de Tupi em um leilão, disseram duas fontes do setor na última segunda-feira (22/03). Estaleiro Samsung, um dos maiores fabricantes de navios do mundo, ressarce a Petrobras em 59 milhões de dólares por subornos referentes a Operação Lava Jato

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O carregamento com 1 milhão de barris de petróleo foi vendido pela petroleira Royal Dutch Shell para entrega em maio, acrescentaram as fontes da Reuters. O preço do negócio não foi revelado.

A compra vem após planos de refinarias estatais da Índia para redução de importações de petróleo da Arábia Saudita em cerca de um quarto em maio, em meio a desentendimentos com os sauditas após uma decisão da Opep que ignorou pedidos da Índia para que o grupo ajudasse a economia global com uma maior oferta.

De acordo com as fontes, o Grupo indiano MRPL buscava petróleo tipo “sour” na licitação, mas recebeu ofertas de petróleo “sweet” por preços mais competitivos,

O petróleo do campo de Tupi é de um tipo popular entre refinarias independentes chinesas, mas as aquisições destas têm desacelerado nas últimas semanas, em parte devido a um aumento no fluxo de petróleo iraniano barato.

Sobre o campo de Tupi no pré-sal da Bacia de Santos (RJ)

O campo de Tupi cujo nome foi alterado, em setembro de 2020, de campo de Lula (por questões judiciais), é um campo petrolífero localizado na Bacia de Santos, no litoral do estado do Rio de Janeiro.

Descoberto em 2006, é o primeiro campo supergigante do Brasil, denominação dada a campos com mais de cinco bilhões de barris equivalente de volume recuperável (“boe” – unidade de volume, soma de petróleo e gás equivalente em petróleo). O campo pertence ao consórcio formado pelas empresas Petrobras, que é a operadora do campo, com 65% de participação, a britânica BG Group, adquirida pela holandesa-britânica Royal Dutch Shell, com 25%, e a Petrogal Brasil, “joint-venture” entre a portuguesa Galp Energia e a chinesa Sinopec, com 10%.

A declaração de comercialidade foi realizada em 29 de dezembro de 2010, quando as então descobertas de Tupi e Iracema foram denominadas respectivamente de campos de Lula e Cernambi.

Os volumes recuperáveis, informados pela Petrobras à Agência Nacional do Petróleo – ANP eram, respectivamente de 6,5 e 1,8 bilhões de boe de volume recuperável total. No entanto, a ANP considerou que as acumulações de Tupi e Iracema pertencem a um único campo e definiu que ambos fazem parte do Campo de Lula.

As reservas anunciadas representam mais do dobro das reservas de Roncador, que contém aproximadamente 3 bilhões de barris recuperáveis de petróleo pesado, de menor valor comercial e era, até então, a maior descoberta de petróleo brasileira segundo disse o consultor Caio Carvalhão, do Cambridge Energy Research Association, no Rio de Janeiro.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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