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Greve dos caminhoneiros segue nesta quinta-feira (09/09), em pelo menos 15 estados, gerando desabastecimento e fila em postos de combustíveis de quase 1km

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 09/09/2021 às 09:17
Atualizado em 10/09/2021 às 06:55
caminhoneiros greve setembro 2021

Caminhoneiros armam greve e consumidores correm para abastecer gerando desabastecimento e fila de quase 1km em postos de combustíveis. O medo é que a nova paralisação gere racionamento

A greve de caminhoneiros que teve início na quarta-feira, dia 8, segue indeterminada nesta manhã (09/09), em pelo menos 15 estados brasileiros. Os bloqueios nas rodovias por caminhoneiros, já começa a ter reflexos. Na região Norte de Santa Catarina, por exemplo, postos de combustíveis de Joinville e São Bento do Sul ficaram sem gasolina e com filas de até 1km. O movimento continua mesmo após apelo do presidente Jair Bolsonaro para que a categoria liberasse as estradas bloqueadas.

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De acordo com os repórteres Israel Goldenstein e Rauston Naves, da Band, muitos motoristas das cidades do Vale do Paraíba fizeram filas nos postos de combustíveis na noite de quarta-feira (8) devido ao medo de que a nova paralisação dos caminhoneiros gere racionamento, assim como houve em 2018.

“Pontos de retenção na região norte de Santa Catarina, onde a mobilização ameaçou condições de abastecimento, já estão liberados”, informou o Ministério da Infraestrutura, com informações da Polícia Rodoviária Federal.

De acordo com alguns líderes da categoria, as pautas defendidas nas manifestações tem em comum a baixa do preço dos combustíveis, porém há outras distintas das propostas pelas associações de caminhoneiros, como o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Em comum, a briga pela redução no preço dos combustíveis, mas com acusações políticas diferentes.

Os estados com pontos de concentração são: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará.

Segundo líderes ouvidos pela Band FM, não há previsão de quanto tempo seguirão com a paralisação. Veículos de passeio, da área da saúde e com cargas perecíveis estariam liberados para passar pelo bloqueio rodoviário.

Um vídeo que circula no WhatsApp mostra o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como “Zé Trovão”, pedindo pelo fechamento de todas as rodovias brasileiras a partir das seis da manhã desta quinta-feira, 9 de de setembro. “Fechem tudo, não passa mais nada. Somente ambulância, oxigênio e remédio. Acabou, não passa mais nada”, afirmou.

https://youtu.be/7mehddhr8a4

Em 2018, os caminhoneiros promoveram uma greve histórica contra o valor do diesel

A demanda dos caminhoneiros, que chegaram a promover uma greve histórica contra os preços do diesel, em 2018, segue-se ainda a constantes reclamações do próprio presidente Bolsonaro sobre o custo dos combustíveis.

Na carta enviada ao presidente Bolsonaro, a CNTRC pede que o Governo adote a taxação de exportações de petróleo bruto “como medida imediata”, enquanto outros pleitos devem ser analisados, como o fim da busca pela paridade de importação.

“Os recursos advindos da taxação na exportação de petróleo bruto poderão ser utilizados para compensar Estados e União na redução de impostos sobre combustíveis”, sugeriu o grupo de caminhoneiros.

Disparada no preço da gasolina, etanol, diesel e GNV faz motoristas recorrerem ao combustível biometano; o combustível veio para ´salvar` e aliviar o bolso do consumidor

A cada dia que passa, aumentam os preços da gasolina, etanol e diesel, e, com isso, os brasileiros que trabalham com transporte de passageiros, como taxistas e motoristas de aplicativos, que recorriam ao Gás Natural Veicular (GNV), estão migrando para o biometano, uma vez que o GNV também está começando a pesar no bolso. O biogás pode ser usado sem problemas nos veículos que têm kit-gás.

A Petrobras fez um novo reajuste no preço do GNV, aumentando 39% para as distribuidoras. Segundo o levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na última semana de maio, o preço do gás veicular ao consumidor final, já chegava a R$ 4,199 em alguns pontos da cidade do Rio de Janeiro. Diante disso, apesar de não ser uma solução nova, o biogás tem se popularizado por render mais e ser mais barato.

Atualmente, apenas dez postos de combustível no Rio de Janeiro oferecem o GNC biometano (biogás), mas, de acordo com Jorge Mathuiy, diretor comercial da indústria de cilindros MAT, até o fim do ano, esse número deve aumentar bastante, já que o biometano tem um custo de aquisição mais barato e é completamente seguro.

A grande vantagem do uso do biometano é que, além da maior autonomia, o combustível oferece maior segurança, por ser mais leve do que o ar, e, em caso de vazamento, o gás se dissipa rapidamente, o que reduz o risco de explosões e incêndios. Enquanto o álcool se inflama a 200ºC, e a gasolina a 300ºC, para que o biogás se inflame é preciso que seja submetido a uma temperatura superior a 620ºC.

Os motoristas ainda encontram dificuldade para identificar, nos postos, o biometano. A dica é perguntar ao frentista se a opção está disponível ou observar na bomba se fornecedor é uma das empresas que distribuem o combustível, por exemplo, a Neogás.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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