Caminhoneiros armam greve contra o novo aumento do diesel e disparada constante do preço da gasolina nos postos de combustíveis, praticado pela Petrobras
Após mais um aumento no preço do diesel, que sofreu ontem (29/09) alta média de R$ 0,25 por litro, os caminhoneiros vêm considerando uma nova greve. O objetivo da possível paralisação da categoria é de induzir o governo a baratear o combustível. O presidente do Sindtanque de Minas Gerais, sindicato que representa os transportadores de combustíveis declarou em entrevista a VEJA que poderiam ocorrer manifestações a qualquer momento. As lideranças, no entanto, consideram esse movimento ainda pontual.
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Caminhoneiros não querem divulgar o dia da greve para evitar “impedimento do governo”
Irani Gomes informou a VEJA que as entidades não querem divulgar o dia da paralisação para evitar “impedimento do governo”, mas que os caminhoneiros já estão “se movimentando para parar”. A mobilização ocorre por meio de um grupo de WhatsApp que reúne os líderes dos sindicatos, inclusive o Zé Trovão, que ficou famoso por articular as manifestações de Sete de Setembro e cuja prisão preventiva se mantém decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Trovão ainda não se manifestou no grupo, mas Gomes acredita que os apoiará em breve, por ser uma pauta de seu interesse.
Ailton Gomes, presidente da Associtanque do Rio de Janeiro, afirmou que “desta vez vai haver uma paralisação nacional promovida pelo transporte de combustíveis”. Ele confirmou que já foram realizadas assembleias entre os caminhoneiros com apoio dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo em apoio às manifestações, que devem ocorrer nas próximas semanas.
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Em uma entrevista ao UOL, o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plinio Dias, afirma que a cogitação de greve dos caminhoneiros será tratada na próxima reunião das lideranças das categorias. O encontro está previsto para acontecer no dia 16 de outubro, no Rio de Janeiro.
Em 2018, os caminhoneiros promoveram uma greve histórica contra o valor do diesel
A demanda dos caminhoneiros, que chegaram a promover uma greve histórica contra os preços do diesel, em 2018, segue-se ainda a constantes reclamações do próprio presidente Bolsonaro sobre o custo dos combustíveis.
Na carta enviada ao presidente Bolsonaro, a CNTRC pede que o Governo adote a taxação de exportações de petróleo bruto “como medida imediata”, enquanto outros pleitos devem ser analisados, como o fim da busca pela paridade de importação.
“Os recursos advindos da taxação na exportação de petróleo bruto poderão ser utilizados para compensar Estados e União na redução de impostos sobre combustíveis”, sugeriu o grupo de caminhoneiros.
Desde que Luna tomou posse, em 19 de abril, a Petrobras realizou apenas um reajuste de preços (um recuo para gasolina e diesel), anunciado em 30 de abril. O cenário internacional contribuiu, uma vez que os preços tiveram uma certa estabilidade.
Disparada no preço da gasolina, etanol, diesel e GNV faz motoristas recorrerem ao combustível biometano; o combustível veio para ´salvar` e aliviar o bolso do consumidor
A cada dia que passa, aumentam os preços da gasolina, etanol e diesel, e, com isso, os brasileiros que trabalham com transporte de passageiros, como taxistas e motoristas de aplicativos, que recorriam ao Gás Natural Veicular (GNV), estão migrando para o biometano, uma vez que o GNV também está começando a pesar no bolso. O biogás pode ser usado sem problemas nos veículos que têm kit-gás.
Atualmente, apenas dez postos de combustível no Rio de Janeiro oferecem o GNCbiometano (biogás), mas, de acordo com Jorge Mathuiy, diretor comercial da indústria de cilindros MAT, até o fim do ano, esse número deve aumentar bastante, já que o biometano tem um custo de aquisição mais barato e é completamente seguro.
A grande vantagem do uso do biometano é que, além da maior autonomia, o combustível oferece maior segurança, por ser mais leve do que o ar, e, em caso de vazamento, o gás se dissipa rapidamente, o que reduz o risco de explosões e incêndios. Enquanto o álcool se inflama a 200ºC, e a gasolina a 300ºC, para que o biogás se inflame, é preciso que seja submetido a uma temperatura superior a 620ºC.
Os motoristas ainda encontram dificuldade para identificar, nos postos, o biometano. A dica é perguntar ao frentista se a opção está disponível ou observar na bomba se fornecedor é uma das empresas que distribuem o combustível, por exemplo, a Neogás.