Greve do IBAMA impacta diretamente na importação de carros de grandes marcas como BYD, Mercedes, VW e mais! Paralisação do IBAMA já dura três meses.
A greve dos trabalhadores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) começou no mês de janeiro e, de lá para cá, vem deixando parte da indústria de mãos atadas, principalmente, em relação à importação de carros. Segundo informações da mídia, em pouco mais de dois meses, mais de 30 mil veículos estão parados nos pátios devido à paralisação do IBAMA. Os veículos estão aguardando as liberações ambientais emitidas pelo órgão.
Lotes de carros importados só podem entrar oficialmente no país e serem vendidos após o órgão aprovar as licenças ambientais, garantindo que os veículos estejam de acordo com as regras de emissões do país.
Os veículos que chegam ao Brasil em navios estão parados nos portos devido à paralisação do IBAMA, enquanto os que entram pela fronteira terrestre, como os fabricados na Argentina e no Uruguai, dependem da aprovação do Ibama para prosseguir.
- Projeto de Trem-bala de 50 BILHÕES no Brasil tem data para sair do papel e gerar 10 MIL empregos
- Importante rodovia brasileira recebe investimento de R$ 2,92 BILHÕES após leilão para duplicar 67 km e criar contorno de 7,3 km
- Luciano Hang, dono da Havan, critica discussão sobre escala 6×1 e dispara que ‘brasileiro não quer trabalhar menos’
- SBT promove DEMISSÃO em massa e dá flores como presente de consolação para os ex-funcionários
Greve já afeta BYD, Toyota, KIA e Mercedes
A greve do IBAMA afeta principalmente a importação de carros de marcas que não produzem no Brasil, como BYD, Volvo, GWM, Kia e Mercedes.
Algumas concessionárias já estão com estoques baixos. Um revendedor da Peugeot relatou a falta do 208 argentino. Segundo o lojista, normalmente possui cerca de 100 carros no estoque da concessionária. Atualmente possui apenas 10.
Outra marca que está passando por problemas de abastecimento devido à paralisação é a Volkswagen. O Taos, produzido na Argentina, está em risco de escassez em algumas lojas. A Toyota, que produz a Hilux no país vizinho, depende da liberação para enviar a picape a Guaíba (RS), onde a montagem é finalizada. Agora, a mídia, reportou que a retenção das picapes está impactando os fornecedores locais.
Paralisação do IBAMA também afeta importação de carros elétricos
A greve já dura três meses, com funcionários do IBAMA reivindicando novos planos de carreira, aumentos salariais nas condições de trabalho.
Na última semana, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou uma nova proposta aos trabalhadores. Pelos cálculos do órgão, há cerca de 18 mil carros elétricos parados em vários pátios e portos mundo afora, à espera de documentação para embarque rumo ao Brasil.
A importação de carros de seus países de origem depende da anuência do instituto, que deve emitir uma licença de importação. Essa licença de importação comprova que o IBAMA está ciente da entrada desses novos produtos no país.
As empresas podem até mesmo assumir o risco e embarcados modelos, contudo, caso sejam submetidos à inspeção na chegada ao Brasil, ocorre o risco de receber multas elevadas e de impossibilidade de distribuição.
Brasil sofre queda na importação de carros em janeiro
Segundo Cleberson Zavaski, presidente da Associação Nacional de Servidores Ambientais (Ascema), na prática, o modo de operação atual impacta na logística do setor automotivo.
O que era liberado em 5 dias, agora pode ser liberado em 30 dias com a paralisação do IBAMA. Os 18 mil carros elétricos e híbridos correspondem aos que, até então, encontram-se parados, sem autorização para ser importados.
Esse número tende a aumentar com o passar do tempo. Segundo Guilherme Rosenthal, sócio e cofundador da fintech Extra, que tem como foco em importação, o Ibama tem até 60 dias para realizar seus trâmites legais, o que impossibilita quaisquer tipos de ações por parte dos importadores até que este prazo seja atingido.
Segundo Rosenthal, o tempo de liberação pelo Ibama tem dobrado, passou de 10 para 20 dias, e é necessário levar em conta o período de deslocamento de navio até o Brasil, principalmente do que vem da China.