Descarbonização, tecnologia e transição energética foram os temas mais discutidos durante o evento de óleo e gás
A Rio Oil & Gas foi um evento que aconteceu nessa semana, entre os dias 26 e 29 de setembro, no Rio de Janeiro, no Boulevard Olímpico. Esse evento teve mais de 400 expositores e 40 patrocinadores, reunindo grandes nomes do óleo e gás do mundo todo. Nesse sentido, houve diversos debates em relação à tecnologia, transição energética e descarbonização, além do abastecimento sustentável da indústria.
Durante os debates, especialistas do setor de óleo e gás fizeram seus apontamentos em relação a atual situação do mercado no uso de tecnologia e estudos e projetos futuros. Isso tudo estimulado por um cenário que exige mudanças emergenciais e transição energética para evitar agravamento do quadro climático. Para saber mais, continue a leitura.
Necessidade de investimento no setor de óleo e gás foi um dos principais pontos levantados para estimular a tecnologia do mercado
O investimento é um dos principais aspectos discutido nesses debates. Afinal, para que se possa ter avanço da tecnologia é fundamental o investimento de dinheiro. Nesse sentindo, Fernanda Delgado, diretora-executiva corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, apontou que existe a necessidade de uma média de US$ 90 bilhões até 2026 em inovações.
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Esse montante seria destinado para promoção do netzero e novos processos e tecnologias estando em andamento em parceria com a Agência Internacional de Energia. Todavia, ela destaca ainda que os combustíveis fósseis e renováveis não são inimigos. Afinal, eles podem ser complementares em busca da transição energética.
Investimento em tecnologia na indústria de óleo e gás deve ser pautado em sustentabilidade
Outro aspecto importante levantado foi o de que o investimento em tecnologia na indústria de óleo e gás deve estar pautado na sustentabilidade. O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor Millad Shadman, aponta que a eletrificação e a transição energética são os melhores caminhos para que o setor alcance uma neutralidade em carbono até o ano de 2050.
Além disso, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoun relata que o esforço para alcançar a sustentabilidade deve ser conjunto. Nesse sentido, vale a pena associar energia eólica onshore e offshore e solar para reduzir o percentual de carbono. Todavia, o Brasil é um dos países mais interessantes para investir nesses segmentos de energia renovável.
Fernanda Delgado, também relembrou que o Brasil se destaca na transição energética e no uso do biodiesel. Segundo ela, nós já temos 85% da nossa matriz de energia elétrica totalmente renovável. Ela ainda aponta que isso tem exigido das refinarias uma adaptação às novas demandas.
A busca por viabilidade econômica e parcerias também foi levantada nos debates da Rio Oil & Gas
É claro que o estabelecimento de parcerias e a viabilização econômica não poderia ser deixado de lado. Nesse sentido, o CEO da Forsea Engenharia, José Formigli, afirmou que o uso de tecnologia deve ser voltado à sustentabilidade. Contudo, também deve colocar em prática projetos com alta eficiência e maior viabilidade econômica.
Não obstante, Maiza Pimentel Goulart, gerente executiva do Centro de Pesquisa da Petrobras, aponta que a tecnologia já contribuiu muito com o avanço do pré-sal no Brasil. Além disso, as parcerias com empresas e centros de pesquisa, fez com que encontrássemos e conseguíssemos desenvolver uma tecnologia para explorar esse novo reservatório de petróleo.
Todavia, a infraestrutura também exerce um papel fundamental para o desenvolvimento do setor de óleo e gás no Brasil e poderia oferecer maior viabilidade econômica. Afinal, as ferrovias desativadas, por exemplo, poderiam transportar grande quantidade de insumos com pouca produção de gases do efeito estufa, contribuindo para descarbonização.
A diversidade da matriz energética também foi colocada em pauta nos debates de grandes nomes do óleo e gás durante a Rio Oil & Gas
Por fim, mas não menos importante, os debates entre os grandes nomes do óleo e gás mundial trouxeram à tona a importância da diversidade da matriz energética para os próximos anos. Alguns estudos apontam para um aumento de 25% a 30% da demanda de combustíveis até 2035. Sendo assim, ter formas diversas de combustíveis para geração de energia, vai reduzir a emissão de carbono.
As empresas da indústria de Óleo e Gás já começaram a diversificar a matriz energética, em busca de maior sustentabilidade. Isso traz maior competitividade ao setor e estimula o desenvolvimento e uso crescente de fontes de energia renováveis. Essas foram apenas algumas das discussões importantes que aconteceram durante a edição 2022 da Rio Oil & Gas.