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Grande parte da JBS será vendida por R$ 10 BILHÕES

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 23/09/2024 às 12:41
BNDES pode vender ações da JBS por até R$ 10 bilhões em momento de alta valorização. Operação segue sem confirmação oficial.
BNDES pode vender ações da JBS por até R$ 10 bilhões em momento de alta valorização. Operação segue sem confirmação oficial.

BNDES planeja vender ações da JBS e pode arrecadar até R$ 10 bilhões. Operação ocorre em meio à valorização recorde das ações da empresa. Apesar dos rumores, o banco ainda não confirmou a venda oficialmente. Analistas veem o momento como ideal para o desinvestimento.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está prestes a causar um verdadeiro alvoroço no mercado financeiro, mas os detalhes dessa movimentação ainda são um mistério.

Investidores estão ansiosos para saber como o banco estatal, famoso por seus aportes vultuosos em grandes empresas brasileiras, vai proceder.

A expectativa é que uma operação bilionária envolvendo ações da JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, esteja prestes a acontecer. Mas por que tanto sigilo e suspense em torno dessa operação?

Segundo apurou o portal NeoFeed, o BNDES pretende vender uma fatia significativa de sua participação na JBS, podendo arrecadar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.

A decisão de se desfazer de parte das ações ocorre em um momento de alta na cotação da companhia, que registrou uma valorização impressionante de 78,58% nos últimos doze meses.

Isso fez com que o valor de mercado da JBS atingisse R$ 71,73 bilhões na B3, consolidando-a ainda mais como um gigante do setor.

Redução gradual e lucros expressivos

Desde 2021, o BNDES vem reduzindo progressivamente sua participação na JBS. Em dezembro daquele ano, a instituição vendeu R$ 2,66 bilhões em ações da empresa.

Pouco depois, em fevereiro de 2022, mais R$ 1,9 bilhão foi vendido. Agora, o banco parece decidido a encerrar um ciclo de investimentos que começou em 2003, com aportes que totalizaram R$ 8,1 bilhões até 2011.

O lucro obtido ao longo desse período foi substancial: entre vendas de ações e recebimento de dividendos, o banco embolsou R$ 14,7 bilhões de 2007 a 2023.

Ainda de acordo com a reportagem do NeoFeed, o BNDES já teria contratado o Citi e o Santander para liderar a operação.

No entanto, a instituição ainda estaria em negociação com outras instituições financeiras para formar o sindicato que conduzirá a venda das ações.

Apesar do interesse e da movimentação nos bastidores, o banco não confirmou oficialmente a realização do “follow on”.

Especulações e incertezas

A participação do BNDES na JBS, que já foi de 22,17% em 2020, atualmente é de 20,81%. Esse número pode sofrer uma redução significativa se a nova oferta de ações for confirmada.

Fontes ligadas ao banco afirmaram ao NeoFeed que “ações podem ser vendidas a qualquer momento, mas o martelo ainda não foi batido”.

Isso significa que a operação ainda não está 100% garantida, embora tudo indique que deve ocorrer em breve.

Após a publicação da matéria, o BNDES emitiu uma nota oficial negando qualquer movimento imediato de venda.

“O BNDES desconhece qualquer iniciativa relacionada a vendas de suas participações na JBS por meio de oferta pública e desautoriza quaisquer supostas instituições financeiras mandatadas a falarem em seu nome,” afirmou a assessoria de imprensa.

A declaração, no entanto, não foi suficiente para acalmar o mercado, que continua atento aos próximos passos da instituição.

Alta nas ações e oportunidades

A valorização das ações da JBS, que chegaram a R$ 32,34 na última sexta-feira, 20 de setembro, coloca o BNDES em uma posição estratégica para realizar a venda com lucro.

O momento é visto como ideal por muitos analistas, já que a empresa continua expandindo suas operações globalmente e apresenta resultados financeiros robustos.

O banco, que enfrentou duras críticas no passado por seus investimentos em grandes companhias, parece decidido a capitalizar ao máximo essa fase positiva.

O histórico de lucros do BNDES com a JBS também é impressionante. Mesmo com as controvérsias e desconfianças que envolveram a relação entre o banco e a companhia, os ganhos superlativos são inegáveis.

Ao longo dos anos, o banco não apenas recuperou o valor investido, mas também garantiu uma rentabilidade que poucos apostariam no início da parceria.

Desafios e futuros desinvestimentos JBS

Apesar da expectativa em torno da venda das ações, o BNDES tem sido cauteloso em anunciar seus próximos passos.

A instituição, que ainda possui participação relevante em outras grandes empresas, como Petrobras e Eletrobras, deve adotar uma postura similar com esses ativos no futuro.

A estratégia de desinvestimento, iniciada nos últimos anos, parece visar a uma maior liquidez e diversificação do portfólio do banco.

O mercado continua especulando sobre quais serão os próximos desinvestimentos do BNDES. No entanto, independentemente das críticas e polêmicas, o fato é que a instituição desempenha um papel crucial no financiamento e na alavancagem de grandes empresas brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.

E você, acredita que o BNDES deve continuar reduzindo sua participação em grandes empresas como a JBS, ou seria mais prudente manter esses investimentos estratégicos? Deixe sua opinião nos comentários!

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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