BNDES planeja vender ações da JBS e pode arrecadar até R$ 10 bilhões. Operação ocorre em meio à valorização recorde das ações da empresa. Apesar dos rumores, o banco ainda não confirmou a venda oficialmente. Analistas veem o momento como ideal para o desinvestimento.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está prestes a causar um verdadeiro alvoroço no mercado financeiro, mas os detalhes dessa movimentação ainda são um mistério.
Investidores estão ansiosos para saber como o banco estatal, famoso por seus aportes vultuosos em grandes empresas brasileiras, vai proceder.
A expectativa é que uma operação bilionária envolvendo ações da JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, esteja prestes a acontecer. Mas por que tanto sigilo e suspense em torno dessa operação?
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Segundo apurou o portal NeoFeed, o BNDES pretende vender uma fatia significativa de sua participação na JBS, podendo arrecadar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.
A decisão de se desfazer de parte das ações ocorre em um momento de alta na cotação da companhia, que registrou uma valorização impressionante de 78,58% nos últimos doze meses.
Isso fez com que o valor de mercado da JBS atingisse R$ 71,73 bilhões na B3, consolidando-a ainda mais como um gigante do setor.
Redução gradual e lucros expressivos
Desde 2021, o BNDES vem reduzindo progressivamente sua participação na JBS. Em dezembro daquele ano, a instituição vendeu R$ 2,66 bilhões em ações da empresa.
Pouco depois, em fevereiro de 2022, mais R$ 1,9 bilhão foi vendido. Agora, o banco parece decidido a encerrar um ciclo de investimentos que começou em 2003, com aportes que totalizaram R$ 8,1 bilhões até 2011.
O lucro obtido ao longo desse período foi substancial: entre vendas de ações e recebimento de dividendos, o banco embolsou R$ 14,7 bilhões de 2007 a 2023.
Ainda de acordo com a reportagem do NeoFeed, o BNDES já teria contratado o Citi e o Santander para liderar a operação.
No entanto, a instituição ainda estaria em negociação com outras instituições financeiras para formar o sindicato que conduzirá a venda das ações.
Apesar do interesse e da movimentação nos bastidores, o banco não confirmou oficialmente a realização do “follow on”.
Especulações e incertezas
A participação do BNDES na JBS, que já foi de 22,17% em 2020, atualmente é de 20,81%. Esse número pode sofrer uma redução significativa se a nova oferta de ações for confirmada.
Fontes ligadas ao banco afirmaram ao NeoFeed que “ações podem ser vendidas a qualquer momento, mas o martelo ainda não foi batido”.
Isso significa que a operação ainda não está 100% garantida, embora tudo indique que deve ocorrer em breve.
Após a publicação da matéria, o BNDES emitiu uma nota oficial negando qualquer movimento imediato de venda.
“O BNDES desconhece qualquer iniciativa relacionada a vendas de suas participações na JBS por meio de oferta pública e desautoriza quaisquer supostas instituições financeiras mandatadas a falarem em seu nome,” afirmou a assessoria de imprensa.
A declaração, no entanto, não foi suficiente para acalmar o mercado, que continua atento aos próximos passos da instituição.
Alta nas ações e oportunidades
A valorização das ações da JBS, que chegaram a R$ 32,34 na última sexta-feira, 20 de setembro, coloca o BNDES em uma posição estratégica para realizar a venda com lucro.
O momento é visto como ideal por muitos analistas, já que a empresa continua expandindo suas operações globalmente e apresenta resultados financeiros robustos.
O banco, que enfrentou duras críticas no passado por seus investimentos em grandes companhias, parece decidido a capitalizar ao máximo essa fase positiva.
O histórico de lucros do BNDES com a JBS também é impressionante. Mesmo com as controvérsias e desconfianças que envolveram a relação entre o banco e a companhia, os ganhos superlativos são inegáveis.
Ao longo dos anos, o banco não apenas recuperou o valor investido, mas também garantiu uma rentabilidade que poucos apostariam no início da parceria.
Desafios e futuros desinvestimentos JBS
Apesar da expectativa em torno da venda das ações, o BNDES tem sido cauteloso em anunciar seus próximos passos.
A instituição, que ainda possui participação relevante em outras grandes empresas, como Petrobras e Eletrobras, deve adotar uma postura similar com esses ativos no futuro.
A estratégia de desinvestimento, iniciada nos últimos anos, parece visar a uma maior liquidez e diversificação do portfólio do banco.
O mercado continua especulando sobre quais serão os próximos desinvestimentos do BNDES. No entanto, independentemente das críticas e polêmicas, o fato é que a instituição desempenha um papel crucial no financiamento e na alavancagem de grandes empresas brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.
E você, acredita que o BNDES deve continuar reduzindo sua participação em grandes empresas como a JBS, ou seria mais prudente manter esses investimentos estratégicos? Deixe sua opinião nos comentários!