Grafeno: o melhor condutor do mundo. O revolucionário material vai se tornar a próxima revolução tecnológica mundial, com o Brasil à frente
Grafeno, o revolucionário material abundante no Brasil, vai se tornar a próxima revolução tecnológica mundial e um novo e promissor cenário começa a se descortinar no Rio Grande do Sul, a partir da pesquisa e produção de uma substância que vem sendo chamada pelos cientistas de “material do futuro”. O poderoso material é o elemento químico mais fino, leve e forte já descoberto e tem potencial para superar o impacto do silício e do plástico na indústria, revolucionando o mercado em praticamente todas as áreas — da telefonia celular à medicina regenerativa.
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A visita do presidente Jair Bolsonaro para conferir a pesquisa e a planta de produção comercial do grafeno no UCSGraphene, na UCS, já tem data confirmada: será no dia 1º de julho. A informação foi repassada pela Zextec, empresa parceira do UCSGraphene, à colunista do Caixa-Forte, Babiana Mugnol.
Identificando-se como presidente da Amesne (a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste), Feltrin destacou a Bolsonaro o apelo turístico da Serra e buscou confirmar a visita do presidente em julho.
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“Vamos ter uma reunião com o senhor em julho lá na Universidade de Caxias do Sul sobre o grafeno”, disse Feltrin. — “O Onyx (Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral do Governo) está preparando (a visita)”, confirmou Bolsonaro.
Grafeno: o futuro da tecnologia
Confira abaixo um vídeo onde o Prof. Dr. Diego Piazza, coordenador da UCSGraphene responde e discorre sobre o grafeno, as pesquisas da UCS e a possibilidade de esse composto vir a se tornar a próxima revolução tecnológica mundial, com o Brasil à frente.
O grafeno é um material que, por ser simplesmente o mais fino e melhor condutor do mundo, é tido como o futuro da tecnologia. Como o diamante e o carvão, o material é uma das formas do carbono e é derivado do grafite, cujas reservas abundam no Brasil, país que tem mais da metade de suas reservas mundiais. Foi isolado pela primeira vez em 2004, na Universidade de Manchester, na Inglaterra, e, desde então, tornou-se cobiçado mundo afora.
Essas camadas de grafite são muito resistentes, se levarmos em consideração sua espessura, sendo 200 vezes mais forte que o aço, mais fino que um fio de cabelo, flexível e praticamente transparente.
Quando isolado e usado da forma correta, o grafeno ganha possibilidades incríveis de utilização e, por isso, é visto como a solução de vários problemas na área de tecnologia: desde substituição de materiais raros e escassos até o barateamento de custos para o consumidor.
O revolucionário composto pode ser usado em quase tudo, de aparelhos eletrônicos com telas resilientes e flexíveis a baterias energizadas em segundos, peças automotivas, artigos esportivos e até pele e órgãos artificiais. Existem diversas e já avançadas pesquisas em quase todos os setores, como: aeroespacial, naval, militar, medicina, baterias, veículos elétricos, placas solares, pás e turbinas eólicas, nanochips, substituição da fibra ótica, blindagens, coletes e roupas à prova de bala e muitos outros, especialmente aqueles que utilizam tecnologia de ponta.
Brasil poderá se posicionar como líder nesse mercado
Desde março de 2020, o parque tecnológico da Universidade de Caxias do Sul (TecnoUCS) abriga a UCSGraphene, considerada a maior planta de geração de grafeno da América Latina, com capacidade para produzir cinco toneladas anuais do produto. A título de comparação, o projeto MGGrafeno, um dos pioneiros no país, em Minas Gerais, cuja planta opera desde 2018, atinge o volume de cerca de 300 quilos da substância por ano.
As aplicações do grafeno podem também revolucionar o Setor de Defesa. O vídeo abaixo, embora mais antigo e anterior à produção comercial do grafeno no RS, explana algumas das utilizações do composto nesse setor:
Nióbio e Grafeno: Brasil e Japão assinam acordo de cooperação para explorar produção e uso dos minerais
Brasi e Japão assinaram um Memorando de Cooperação no Campo de Tecnologias Relacionadas à Produção e ao Uso dos minerais e propiciar uma cooperação mais estruturada no futuro, incluindo potenciais projetos conjuntos.
“O objetivo do documento bilateral é aprofundar o entendimento mútuo para explorar a cooperação na cadeia de valor de produtos que usam nióbio ou grafeno e propiciar uma cooperação mais estruturada no futuro, incluindo potenciais projetos conjuntos”, destaca o Ministério das Relações Exteriores em nota.
O nióbio, um mineral estratégico para o Brasil, no qual o país é o maior produtor mundial e responsável por aproximadamente 86% da produção, atualmente conta com o Japão como um dos principais importadores da liga ferronióbio (9,6% do exportado pelo Brasil).
Entenda o que são Nióbio e Grafeno, a “solução econômica” para o Brasil
O material tão falado por Bolsonaro foi descoberto em 1801 pelo inglês Charles Hatchett, o Nióbio é o mais leve dos metais refratários, é utilizado principalmente em ligas ferrosas, tão poderoso que é utilizado na escala de 100 gramas para cada tonelada de ferro.
A utilização do material varia em tubos de gasodutos, motores de aeroplanos, propulsão de foguetes até lentes ópticas. Ele é altamente resistente às altas temperaturas e à corrosão. O Nióbio, número 41 na tabela periódica, é abundante no solo brasileiro.
O grafeno, que também é outro ponto de apoio a Bolsonaro, é uma das formas cristalinas do carbono, assim como o diamante e o grafite, podendo ser substituta do plástico e também do sílicio, ou seja, o grafeno é um material constituído por uma camada extremamente fina de grafite. Na prática, o grafeno é o material mais forte (200 vezes mais resistente do que o aço), mais leve e mais fino (espessura de um átomo) que existe, segundo estudos da Universidade da Califórnia.