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Governo permite reajuste no preço dos remédios, com alta de quase 11%

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 30/03/2022 às 22:10
Atualizado em 04/04/2022 às 00:16
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Foto: Reprodução Google Imagens (via Money Times)

Mês de abril iniciará com os novos preços dos remédios definidos pelo aumento do governo Bolsonaro. Alta no setor pode prejudicar população

No dia 29 de março, última terça-feira do mês, o governo de Jair Bolsonaro, que recentemente demitiu o presidente da Petrobras, aprovou um aumento de 10,89% no preço dos remédios. A medida do governo entrará em vigor a partir de sexta-feira, 1º de abril. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), na noite do mesmo dia em que houve a autorização (29).

De acordo com o Sindicato, o reajuste aprovado pelo governo – medida que está sendo adotada em diversos setores, principalmente de combustíveis – deve afetar, no mínimo, 13 mil variedades de remédios presentes no mercado farmacêutico varejista do Brasil. Através da publicação de uma nota, a entidade avisa: “Mas o reajuste não é automático nem imediato, pois a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços: medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda”.

Nesse sentido, segundo o veículo de notícias Diário do Nordeste, o cálculo realizado para chegar ao reajuste dos remédios autorizado pelo governo leva em consideração a inflação obtida por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, (que é igual a 10,54%), junto da produtividade alcançada pelo setor (equivalente a zero), do fator de ajuste de valores relativos entre setores (0,35%), e do fator de ajuste de preços relativos intrassetor Z (zero).

No ano passado, o governo Bolsonaro já havia permitido um crescimento de até 10,08% para os remédios, diante de uma inflação de 4,52% no ano anterior. Agora, com essa nova alta nos preços dos remédios, o custo de vida da população irá encarecer ainda mais, principalmente dos idosos, cujos salários e aposentadorias estão sendo muito afetados pela inflação.

Desse modo, a partir de atitudes como essa do governo, a vida da população fica ainda mais comprometida, levando em conta a disparada não só dos remédios, como também nos preços dos alimentos, combustíveis, da energia elétrica e da alta nos aluguéis. Nos últimos três anos, o IPCA, que mede a inflação oficial, disparou: fechou 2019 em alta de 4,31%, em 2020, passou para 4,52%, e em 2021, acumulou alta de 10,06%, o pior resultado desde 2015.

Entretanto, Nelson Mussolini, o presidente executivo do Sindusfarma, discorre que “dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preços podem demorar meses ou nem acontecer”.

Venda de carros: com diminuição de quase 23% nas entregas no mês passado, conforme a KBB Brasil, os preços do setor seguem um caminho oposto

De acordo com dados da análise feita pela  Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o mês de fevereiro terminou com uma queda no mercado de carros, produto que poderá ser comprado com bitcoin. Assim, em fevereiro foram licenciados somente 129 mil veículos, o que corresponde a um declínio de 22,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Entretanto, os preços dos carros – assim como o preço dos combustíveis – permanecem em constante subida mostra o Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil, companhia especializada em preço de carros novos e usados. 
Conforme aponta o levantamento da KBB Brasil divulgado no portal Istoé Dinheiro, os grandes responsáveis pelo aumento nos preços foram os carros seminovos (de 0 a 3 anos), com alteração média de 2,96%, e os carros usados (de 4 a 10 anos), que subiram 1,87% em média. Os carros 0 km, por sua vez, sofreram acréscimo de apenas 0,25% em seu preço. Para conferir o aumento nos preços neste outro setor do mercado brasileiro, basta clicar aqui e ler a matéria completa.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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