O Governo Federal anunciou R$ 38 milhões para combater a vassoura de bruxa na mandioca na região Norte. A medida vai beneficiar agricultores familiares, comunidades indígenas e quilombolas no Amapá e Pará, ampliando ações de assistência técnica, práticas agroecológicas e segurança alimentar. O investimento contempla 3,7 mil famílias
A vassoura de bruxa na mandioca virou um dos maiores desafios da agricultura no Norte do Brasil.
Para enfrentar essa ameaça que atinge diretamente o alimento presente todos os dias na mesa das famílias brasileiras, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) destinou R$ 37 milhões e 998 mil em recursos extraordinários.
O crédito foi publicado no dia 24, por meio da Medida Provisória nº 1.320, assinada pelo vice-presidente em exercício, Geraldo Alckmin, segundo uma matéria publicada.
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O recurso chega em um momento em que milhares de famílias indígenas, quilombolas e agricultores familiares precisam de apoio para proteger sua produção. Só no Amapá e Pará, serão cerca de 3,7 mil famílias atendidas.
Além de conter a vassoura de bruxa na mandioca, a iniciativa fortalece a segurança alimentar, gera renda e abre espaço para práticas de agricultura mais sustentáveis.
O MDA já atua no enfrentamento dessa praga quarentenária desde que ela foi identificada no município de Oiapoque, no Amapá.
A chegada dos novos recursos vai permitir ampliar o trabalho em outros sete municípios da região, dando mais fôlego às ações de assistência técnica e extensão rural.
Agricultura familiar ganha reforço com nova etapa de investimentos
O apoio à agricultura familiar é um dos pontos centrais dessa iniciativa. Ao destinar R$ 38 milhões, o MDA não está apenas garantindo a continuidade das ações contra a vassoura de bruxa na mandioca, mas também fortalecendo os sistemas produtivos locais.
O objetivo é assegurar que famílias agricultoras mantenham suas lavouras produtivas e seguras, sem depender de práticas que comprometam a saúde ou o meio ambiente.
A medida também prevê a ampliação das estratégias de diversificação da produção. Isso significa estimular alternativas que reduzam riscos e fortaleçam a autonomia das comunidades.
A agricultura familiar no Norte, especialmente em áreas de comunidades indígenas e quilombolas, se torna protagonista desse processo, mostrando que a luta contra a vassoura de bruxa na mandioca está diretamente ligada à proteção do modo de vida tradicional.
Comunidades indígenas e quilombolas no centro das ações
O enfrentamento à vassoura de bruxa na mandioca é também uma questão de respeito às comunidades tradicionais. No Oiapoque, onde a praga foi identificada, as ações começaram com foco nos povos indígenas.
Agora, com o crédito extraordinário, o alcance se expande para incluir comunidades quilombolas e agricultores familiares de mais municípios no Amapá e no Pará.
Além de apoio técnico, o investimento traz soluções práticas. Um exemplo é a aquisição de uma câmara térmica, ferramenta essencial para a limpeza do material genético da mandioca.
Essa tecnologia ajuda a conter a disseminação da praga e garante que novas plantações cresçam livres do problema.
Ao todo, mais de 3,7 mil famílias terão acesso a assistência técnica e extensão rural. O trabalho valoriza os conhecimentos tradicionais e promove diálogo com práticas modernas, criando um ambiente de cooperação.
Assim, a vassoura de bruxa na mandioca deixa de ser apenas um problema agrícola e passa a ser tratada como um desafio social e cultural, que exige participação coletiva.
Agroecologia como caminho sustentável para conter a praga
O enfrentamento à vassoura de bruxa na mandioca vai muito além de medidas emergenciais. O crédito destinado pelo MDA também abre espaço para práticas agroecológicas que respeitam a natureza e os saberes das comunidades.
A substituição de agrotóxicos por produtos naturais é um dos pontos previstos na estratégia. Essa transição fortalece a agroecologia como ferramenta para garantir segurança alimentar e preservar o meio ambiente.
As práticas incentivadas pelo programa envolvem diversificação de cultivos, uso consciente do solo e técnicas que reduzem impactos negativos.
Com isso, a luta contra a vassoura de bruxa na mandioca se conecta ao desenvolvimento sustentável dos territórios.
Cada família beneficiada tem a chance de construir um sistema produtivo mais seguro e saudável, sem abrir mão da cultura e da tradição que acompanham a mandioca há séculos na alimentação brasileira.