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Governo Federal analisa a possibilidade de criar um programa de acesso à energia solar para que população carente tenha contato com as fontes renováveis

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 04/02/2023 às 00:46
Como forma de garantir mais qualidade de vida à população carente, o Governo tem estudado a possibilidade de criar um programa que ceda acesso à energia solar a um baixo custo, tornando o seu uso mais democrático aos cidadãos, incluindo os que possuem baixa renda.
Foto: iStock

Como forma de garantir mais qualidade de vida à população carente, o Governo tem estudado a possibilidade de criar um programa que ceda acesso à energia solar a um baixo custo, tornando o seu uso mais democrático aos cidadãos, incluindo os que possuem baixa renda.

Com a popularização da energia solar fotovoltaica, o atual governo federal brasileiro está estudando a possibilidade de garantir acesso à fonte para a população carente do país. A proposta aconteceria através de um programa que seria o responsável por facilitar a conexão entre ambas as partes, democratizando o acesso à energia solar para todos.

Proposta ainda não está definida ou oficializada, mas primeira versão elaborada visa criar diferentes categorias para viabilizar o acesso

É válido destacar que, de acordo com a proposta, o modelo a ser usado seria o de geração distribuída. No segmento da energia solar fotovoltaica, representa a situação em que o consumidor gera a sua própria energia, sendo ela proporcional às suas necessidades.

Diante da ideia do projeto, o Ministério de Minas e Energia, recentemente eleito, elaborou as diretrizes para o plano e fez uma apresentação no começo de 2023, na primeira semana de janeiro, demonstrando que há certa urgência em lapidar a ideia.

De acordo com a primeira ideia apresentada, o cronograma aponta para uma execução que vai durar em torno de 100 até a implementação completa.

Em relação ao formato, estima-se que sejam criadas diferentes categorias para contemplar os cidadãos de acordo com a sua renda, apresentando modelos de aquisição compatíveis com cada um.

A separação seria necessária para analisar, por exemplo, as fontes de financiamento e o cálculo dos juros que, no caso da população de baixa renda, seria reduzido para facilitar o acordo.

Para isso, beneficiários de projetos sociais também são tratados como prioridades no texto da proposta, incluindo aqueles que são assistidos por iniciativas como Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família, por exemplo.

Iniciativa segue previsão do mercado em relação ao aumento do uso de energias de fontes renováveis ao redor do mundo, principalmente a energia solar fotovoltaica

Energias renováveis contribuem com um país limpo e preocupado com o meio ambiente, além de amenizarem a conta de luz que chega a cada mês.

A popularização da proposta tem um impacto no país inteiro, beneficiando, de forma indireta, até mesmo aqueles que não possuem energia solar.

A categoria tem aumentado gradativamente e a tendência é que continue.

Em 2022, o crescimento da potência instalada de energia solar foi de mais de 60%, de acordo com os dados liberados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a Absolar.

Em termos numéricos, isso significa que a potência instalada foi de 14,2 gigawatts para 23 gigawatts entre os meses de janeiro e dezembro.

O salto é considerável e mostra como a energia solar tem se tornado mais viável para a população, já que é usada por usinas de grande porte, assim como sistemas de geração distribuída.

Ao todo, atualmente, a energia solar fotovoltaica já assume o posto de segunda fonte energética mais usada no Brasil, correspondendo a 11,2% do total, com 23,9 gigawatts de potência instalada.

O dado foi fornecido pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Com a possível ação do governo que deve ser oficializada e iniciada em 2023, a popularização da energia solar vai atingir números ainda maiores em uma velocidade rápida, considerando que a população carente no país representa grande parte do todo. O programa, ao conceder acesso a mais pessoas, incentivaria a geração distribuída e o contato com fontes renováveis de energia, resultando em uma série de benefícios.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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