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Governo atrai investimento de R$ 200 MILHÕES e promessa de gerar 300 novas vagas de emprego até 2030 em Minas Gerais

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 14/09/2024 às 21:44
Governo de Minas anuncia investimento de R$ 200 milhões em planta de grafite no Vale do Jequitinhonha, com 300 vagas de emprego até 2030.
Foto: Canva

Governo de Minas anuncia investimento de R$ 200 milhões em planta de grafite no Vale do Jequitinhonha, com 300 vagas de emprego até 2030.

Na noite da segunda-feira, (09/09), durante a abertura da Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram) 2024, o Governo de Minas anunciou um investimento privado significativo. A feira, considerada a maior do setor na América Latina, serviu como palco para divulgar o aporte de mais de R$ 200 milhões que será realizado até 2028 pela empresa Graph+, subsidiária da New Mining. O investimento no Vale do Jequitinhonha deve gerar 300 vagas de emprego.

O investimento do governo

A nova planta será construída no município de Santa Maria do Salto, localizado no Vale do Jequitinhonha, e será voltada para a extração de grafite.

O projeto promete gerar cerca de 300 empregos diretos até 2030, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região, uma das mais carentes do estado de Minas Gerais.

O anúncio reforça o compromisso do governo estadual com a atração de investimentos privados, um esforço que tem como principal objetivo impulsionar a economia e a geração de empregos para os mineiros.

Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, essa iniciativa faz parte de uma estratégia maior de transição energética e mineração sustentável.

“Como nas grandes economias, temos a iniciativa privada como nossa grande aliada”, afirmou Passalio.

Etapas do investimento no Vale do Jequitinhonha

O projeto da New Mining já está em andamento desde 2020, com a realização de estudos geológicos, metalúrgicos, sociais e ambientais, que consumiram um investimento inicial de R$ 4 milhões.

Essas pesquisas prepararam o terreno para as próximas fases de desenvolvimento e licenciamento, que devem ocorrer entre 2025 e 2026, com mais R$ 16 milhões de aporte.

A construção da planta, prevista para começar entre 2027 e meados de 2028, será a etapa mais custosa do processo, com investimento estimado em R$ 200 milhões.

A expectativa é de que a planta esteja operando até julho de 2028, impulsionando a extração de grafite em uma região que, historicamente, apresenta altos índices de desemprego e falta de oportunidades econômicas.

A geração de vagas de emprego será um dos principais impactos positivos do projeto. Estima-se que até 2028 sejam criadas 200 vagas temporárias e que, até 2030, 300 empregos permanentes estejam disponíveis para a população local.

Essa iniciativa é vista como um passo importante para fortalecer a economia do Vale do Jequitinhonha, com impacto direto na qualidade de vida da população mineira.

João Paulo Braga, diretor-presidente da Invest Minas, comemorou a instalação da empresa na região, afirmando que o desenvolvimento do povo mineiro é uma prioridade do governo.

“Serão cerca de R$ 200 milhões investidos no Vale do Jequitinhonha. A instalação de mais esta empresa, com certeza, vai ser importante para o desenvolvimento do povo mineiro. É nosso trabalho dando resultados”, celebrou Braga.

Mineração em foco

A extração de grafite, matéria-prima essencial para uma série de indústrias, como a de baterias e eletrônicos, está alinhada com os esforços do Governo de Minas para promover uma mineração responsável e sustentável.

A transição energética, que envolve a substituição de fontes de energia não renováveis por renováveis, também está no centro das políticas estaduais.

O secretário Fernando Passalio destacou a importância de alinhar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade, apontando que Minas Gerais tem sido pioneira nesse campo.

“Não é novidade para ninguém o trabalho árduo que vem sendo feito pelo Governo de Minas para incentivar a atração de investimentos privados e, consequentemente, impulsionar a geração de vagas de empregos e melhoria na qualidade de vida da população”, declarou Passalio.

Ele acrescentou que o setor de mineração, se conduzido de forma responsável, pode ser uma peça fundamental na transição energética do estado.

Além do impacto econômico, o projeto da New Mining visa respeitar os padrões ambientais exigidos, garantindo que a exploração do grafite não comprometa os recursos naturais da região.

A Graph+ já tem experiência com esse tipo de operação e visa estabelecer uma cadeia produtiva sustentável, o que é visto com bons olhos pelas autoridades locais e pelos investidores estrangeiros.

Parcerias internacionais e perspectivas futuras do governo

O envolvimento da comunidade internacional nesse processo também é significativo. No dia seguinte ao anúncio, terça-feira (10/9), João Paulo Braga, diretor-presidente da Invest Minas, realizou uma palestra para representantes de empresas da Coreia do Sul.

O evento, que ocorreu das 12h às 14h, apresentou as oportunidades de investimento que Minas Gerais oferece, com foco no setor de mineração e transição energética.

Na mesma data, às 15h, o especialista em Energia de Transição da Invest Minas, Miller Gazolla, participou de um painel organizado pela embaixada da Coreia do Sul no Brasil.

Ele abordou as políticas de investimento do estado e as parcerias que podem ser estabelecidas com empresas coreanas.

A Coreia do Sul tem sido uma das parceiras estratégicas de Minas Gerais, especialmente em projetos voltados para a inovação tecnológica e o desenvolvimento sustentável.

Esse tipo de cooperação internacional é fundamental para o avanço de projetos como o da Graph+, que dependem de tecnologias avançadas e de boas práticas de mineração.

A entrada de novos investidores também pode acelerar o desenvolvimento de outras regiões de Minas Gerais, levando a geração de novas vagas de emprego e renda para além do Vale do Jequitinhonha.

Com o investimento de R$ 200 milhões já garantido, o Governo de Minas segue trabalhando para atrair mais empresas, diversificar a economia local e consolidar o estado como um dos líderes em transição energética no Brasil.

A expectativa é de que, com a conclusão do projeto em 2030, outras iniciativas possam ser desenvolvidas, impulsionando ainda mais o crescimento econômico do estado.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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