Google planeja milhares de demissões no setor de anúncios e atendimento para redirecionar o foco à inteligência artificial.
À medida que o novo ano se inicia, o Google intensifica seu foco no avanço das tecnologias de inteligência artificial (IA), abrangendo não apenas o desenvolvimento de aplicações externas, mas também promovendo uma reestruturação significativa em sua operação interna. Conforme reportado pela CNBC, isso inclui a realização de milhares de demissões como parte de uma mudança estratégica na empresa.
Mais de 30 mil demissões darão lugar à inteligência artificial
Para sustentar seus planos, o Google, gigante da tecnologia, planeja reorganizar grande parte do seu departamento de vendas de anúncios, levando à mais de 30 mil demissões de funcionários. Ainda não foi divulgado quais países realizarão os cortes.
De acordo com dados do The Information, as demissões do Google fazem parte de um movimento estratégico para aumentar os investimentos em técnicas de Inteligência Artificial e machine learning para ajudar os clientes a comprar ainda mais anúncios em seu mecanismo de busca, no Youtube e outros serviços. A tecnologia é capaz de sugerir e criar automaticamente anúncios com ótimo desempenho, sem a necessidade de trabalhadores humanos para realizar essas tarefas.
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Uma pessoa sem familiaridade com o assunto revelou que esses anúncios devem gerar dezenas de bilhões de dólares anualmente em receitas para a empresa. Conforme destacou a mídia, as apostas do Google em inteligência artificial vão além das vendas de anúncios, abrangendo também os serviços de suporte ao cliente.
Segundo dados, a expectativa é que a integração da IA no suporte ao cliente influencie diretamente os aspectos humanos das operações da empresa. Esta mudança estratégica está alinhada com os casos anteriores de demissões de pessoal do Google no começo do último ano, que atraíram atenção e estudos.
Google realiza investimento bilionário em Inteligência Artificial
O Google realizou 12 mil demissões de funcionários há cerca de um ano, 6,4% da força de trabalho da empresa. Na época, o CEO da empresa, Sundar Pichai, afirmou que a decisão era resultado da drástica mudança de cenário econômico no mundo inteiro.
O executivo afirmou que as demissões marcaram um momento da empresa de afiar o foco, reestruturar a base de custos e direcionar talento e capital para maiores prioridades, acrescentando que a inteligência artificial seria uma área-chave dali para frente.
Há cerca de três meses, a empresa destacou que faria um investimento de até US$ 2 bilhões na Anthropic, startup de inteligência artificial, rival da OpenAI, dona do ChatGPT. De acordo com dados da mídia, o acordo prevê um aporte inicial de US$ 500 milhões e um adicional de US$ 1,5 bilhão a ser investido ao longo do tempo.
O Google já havia injetado quase US$ 400 milhões na empresa meses antes, ampliando seus esforços para competir com a Microsoft, uma das principais apoiadoras da OpenAI, e acirrar a disputa por soluções de inteligência artificial generativa.
Perigos da Inteligência Artificial
Apesar de serem uma grande promessa para o futuro, há alguns riscos que as IAs podem trazer. Entre elas está a violação de privacidade, uma vez que dados de usuários de internet são utilizados para treinar IAs generativas.
Outro risco é que algoritmos usados em sistemas de IA, ao serem treinados por humanos, disseminem preconceitos e aumentem desigualdades. Há um risco social e ético que a sociedade deve estar ciente e educada para o impacto que isso pode causar.
A falta de transparência em sistemas de IA é outro ponto a ser analisado, visto que em modelos de aprendizado profundo, que podem ser complexos e difíceis de interpretar, é uma questão complexa. Essa opacidade obscurece os processos de tomada de decisão e a lógica subjacente dessas tecnologias.