Com a demanda global por minerais críticos crescendo, a mineradora brasileira aposta na extração sustentável de terras raras para impulsionar a transição energética
No ritmo acelerado da transição energética, a busca por terras raras e outros minerais críticos está em alta, e o Brasil surge como um grande protagonista nesse cenário. A Mineração Serra Verde, instalada em Goiás, deu o pontapé inicial em 2024 na produção comercial de elementos de terras raras (ETRs), uma conquista que coloca o país no centro das atenções do mercado global, sobretudo diante da meta ambiciosa de dobrar sua capacidade de produção antes de 2030.
A procura por minerais críticos, como os necessários para baterias de veículos elétricos, turbinas eólicas e sistemas de energia renovável, dispara em ritmo exponencial. De acordo com dados da Agência Internacional de Energia, esse mercado movimentou US$ 230 bilhões em 2023 e pode atingir US$ 1 trilhão até o fim da década.
Nesse jogo, as terras raras representam uma parcela estratégica, já que são essenciais para a fabricação de componentes de alta tecnologia, refletindo diretamente na competitividade das cadeias produtivas.
- Governo tem data para lançar projeto ambicioso que recupera trecho de rodovia fundamental para o agro e indústria
- Dinheiro fácil? Só que não! Golpe do Petróleo faz mais de 5 MIL vítimas e rombo de R$ 15 MILHÕES
- Donald Trump aciona Elon Musk e pede que bilionário resolva um dos maiores desafios da Nasa nos últimos tempo: trazer de volta astronautas presos no espaço
- Após criar maior drone do mundo, empresa brasileira agora lança ‘ChatGPT do agro’
Brasil tem terceira maior reserva global de terras raras
O Brasil, dono da terceira maior reserva global de terras raras, com 21 milhões de toneladas mapeadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM), consolida-se como um forte candidato a figurar entre os cinco maiores produtores mundiais.
As argilas iônicas, encontradas em diversas regiões do país, reforçam o potencial nacional. A Serra Verde, única produtora fora da Ásia a atuar em escala comercial com os quatro principais ETRs, não só iniciou suas operações, como também já integra a lista da Minerals Security Partnership (MSP) desde outubro de 2024, ressaltando sua relevância no fornecimento de minerais críticos.
Investimento de US$ 150 milhões
Para impulsionar seu crescimento, a mineradora recebeu um investimento de US$ 150 milhões liderado pelo Energy and Minerals Group e Vision Blue Resources. Esses aportes, somados às iniciativas de extração sustentável, sem detonação ou britagem, fazem da Serra Verde um exemplo de mineração responsável.
Programas de reflorestamento, preservação da biodiversidade e uso de energia solar complementam a estratégia, reduzindo o impacto ambiental e garantindo uma produção alinhada com os novos parâmetros globais.
Terras raras e minerais críticos
A presença de terras raras e outros minerais críticos em diversos pontos do mapa brasileiro, de Minas Gerais à Bahia, passando por Goiás, Amazonas, São Paulo, Tocantins e outros estados, reforça a imagem do país como um destino atraente para investidores.
Além das ETRs, o Brasil dispõe de nióbio, lítio, níquel e cobre. Projetos promissores, muitos deles ainda em fase de pesquisa, espalham-se pelo território, desenhando um cenário de ampla diversidade e potencial.
Geração de empregos qualificados
Nesse contexto, a ANM destaca um desafio importante: ampliar a cadeia de produção internamente. Em vez de se limitar à exportação de minerais brutos, o Brasil pode adotar uma postura mais verticalizada, desenvolvendo soluções de alto valor agregado. Essa mudança de estratégia fortaleceria a indústria local, geraria empregos qualificados e impulsionaria a economia verde, colocando o país na linha de frente do mercado global de minerais críticos.
Ao mirar um futuro em que a demanda por terras raras e recursos associados continua crescendo, a Serra Verde desponta como símbolo dessa nova fase da mineração brasileira. Enquanto a transição energética se expande, o Brasil consolida sua posição como um importante polo na produção de ETRs, contribuindo para um mundo mais sustentável, tecnológico e alinhado às metas ambientais globais.
Estão repassando tudo aos zoins da china, daqui uns dias não vamos poder plantar nem mandioca, imaginem pequi.