Mais de 5 mil colaboradores aderem ao plano de demissão voluntária anunciado pela General Motors (GM). Corte de empregos deve prosseguir para gerar economia de US$ 1 bilhão.
Nesta terça-feira (4), a General Motors (GM) anunciou que aproximadamente 5 mil funcionários haviam aderido ao plano de demissão voluntária, como parte de uma iniciativa de corte de gastos que, segundo Paul Jacobson, diretor financeiro, permitirá que a montadora economize US$ 1 bilhão anualmente.
General Motors visa cortar US$ 2 bilhões em custos
O corte de empregos corresponde a 6% dos 81 mil profissionais que não atuam na linha de produção da GM, e deve permitir que a montadora estadunidense evite demissões sem justa causa, segundo o diretor financeiro. O plano de demissão voluntária também deve representar cerca de metade da meta mais extensa da companhia, de economizar US$ 2 bilhões anualmente.
A General Motors estabeleceu uma meta de cortar US$ 2 bilhões em custos operacionais até o final de 2024, sendo que 30% a 50% do total deve ser atingido este ano. A resposta ao plano de demissão voluntária permitirá que a GM atinja o topo dessa meta em 2023, segundo Jacobson durante uma conferência do Bank of America.
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Mary Barra, CEO da GM, declarou em um memorando interno circulado na segunda-feira (3) que o corte de empregos gerado pela demissão de centenas de trabalhadores pelo programa permitirá que a empresa atinja cerca de US$ 1 bilhão da meta de US$ 2 bilhões em cortes de despesas. A executiva destaca também que a montadora não estava avaliando qualquer iniciativa de demissão sem justa causa neste momento.
GM reduzirá complexidade dos veículos
Jacobson destacou que a General Motors alocaria 75% de suas despesas de capital por ano em projetos de carros elétricos e que a mesma deve lucrar com os subsídios do governo dos Estados Unidos para o setor, nos termos da Lei de Redução da Inflação, graças aos seus investimentos em baterias, montagem de veículos elétricos e matérias primas na América do Norte.
A GM cortará ainda mais os gastos por meio da redução da complexidade dos veículos, ampliando o uso de subsistemas compartilhados entre os modelos movidos a gasolina e elétricos, concentrando seus investimentos em iniciativas de expansão, com vantagens de curto prazo, além de reduzir os gastos em toda a empresa, inclusive marketing e viagens. As ações da General Motors se desvalorizavam 2,64% por volta das 13h em Nova York, no pregão durante a quarta-feira.
GM e Volkswagen concedem férias coletivas
As montadoras GM e Volkswagen deram, em março deste ano, períodos de férias coletivas para cerca de 5 mil funcionários em suas unidades de Taubaté e São José dos Campos, no interior de São Paulo. Devido à crise global de semicondutores, o mercado está em desaceleração, e montadoras do Brasil anunciaram afastamento e redução na produção entre os meses de março e abril.
As paralisações também aconteceram em fábricas da Hyundai, em Piracicaba(SP), da Stellantis, em Goiana (PE), além de unidades da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo. Na General Motors, a medida impactou 3 mil colaboradores da unidade da empresa em São José dos Campos (SP), cerca de 80% da área de produção. O retorno das férias coletivas está previsto para o dia 12 de abril.
A empresa não respondeu a perguntas da mídia, mas o Sindicato dos Metalúrgicos do município se pronunciou afirmando que o objetivo é também de um ajuste de estoque devido à aceleração do mercado e à queda das vendas. A indústria automotiva brasileira passa por um novo momento de dificuldades e voltou a anunciar paradas de produção de suas unidades no Brasil.