Suzano Papel e Celulose amplia investimentos no Projeto Cerrado, nova fábrica que promete gerar 13 mil empregos diretos e indiretos

Gigante da celulose Suzano, aumenta investimentos em projeto no Cerrado que promete gerar grande ‘boom’ de empregos 

A Suzano Papel e Celulose, maior produtora de celulose de mercado do mundo, ampliou a previsão de investimentos no Projeto Cerrado em 15%, considerando a correção de contratos pela inflação e a opção da empresa de realizar ou ter determinados produtos e serviços dentro de casa, ao invés de comprar de empresas terceiras. Agora, a gigante planeja investir R$ 22,2 bilhões na construção da nova fábrica de celulose, gerando milhares de novos empregos.

Projeto Cerrado já atinge 57% de progresso físico

A nova fábrica da Suzano Papel e Celulose, que será instalada em Ribas do Rio Pardo (MS), antes receberia investimentos de R$ 19,3 bilhões, com elevação dos desembolsos previstos para 2024. A revisão da empresa nos investimentos também conta com ganho de R$ 300 milhões relativo à variação cambial, com destaque para o euro.

Essas opções de fazer ou comprar responderam por R$ 1,3 bilhão do acréscimo no orçamento do Projeto Cerrado, segundo Marcelo Bacci, diretor de Finanças, Jurídico e de Relações com Investidores da Suzano.

Bacci explica que isso vale para a planta química, casas para moradia dos trabalhadores. Chegamos à conclusão de que é mais vantajoso construir esses ativos do que comprá-los, o que gera uma competitividade a mais.

O projeto da empresa já alcançou 57% de progresso físico e 43%, de financeiro. A empresa finalizou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 5,2 bilhões, uma queda de 49%, em meio a ganhos menores com variação cambial na linha financeira.

O resultado das atividades se saiu melhor em comparação por ano, mas foi mais fraco do que o que foi visto no quarto trimestre, devido à queda dos preços celulose e do volume de vendas de papel e fibra, além da desvalorização do dólar médio.

Projeto Cerrado promete gerar 13 mil empregos à comunidade

A nova fábrica da Suzano Papel e Celulose terá capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano. A empresa planeja dar início a produção da nova unidade, que promete gerar milhares de empregos já no primeiro trimestre de 2024.

Além da geração de oportunidades, o Projeto Cerrado ampliará a capacidade de produção de celulose atual da empresa, que atualmente é de 10,9 milhões, em 20%.

Walter Schalka, presidente da companhia, ressalta a importância da nova unidade para a estratégia a longo prazo da empresa, dando destaque à relevância na geração de empregos e na capacidade de captura de carbono gerada pela expansão da base florestal.

Segundo a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina Dias, este é o maior investimento que o estado recebe neste período. Certamente este trará desenvolvimento, renda e empregos. Quando concluída, a nova unidade deve gerar 3 mil empregos entre colaboradores próprios e terceirizados, movimentando assim toda a cadeia econômica regional.

Suzano Papel e Celulose em números

O resultado Ebitda da empresa ajustado subiu 20%, a R$ 6,16 bilhões, com margem de 55%, puxado principalmente pelo preço médio líquido 13% maior da celulose em dólares, parcialmente compensado pelo CPV. Ante o quarto trimestre, houve uma queda de 25%, na esteira do recuo de 13% no preço médio líquido em dólar da celulose.

Segundo Walter, para diversos players, os valores já estão abaixo do custo de produção. A pergunta é quanto tempo levará para que os mesmos comecem a parar fábricas. Por outro lado, os estoques de celulose estão em níveis muito menores ao longo da cadeia de valor e, em algum momento, os consumidores terão de voltar às compras.